Na manhã seguinte, Helena acordou cedo, apesar das poucas horas de sono. A noite anterior tinha sido intensa, carregada de tensão, provocações e lembranças que ela preferia manter trancadas no fundo da mente. Mas não mais. Agora, ela estava decidida. Ninguém mais a derrubaria.
Ela se olhou no espelho. Seus olhos, antes marcados pela dor e insegurança, agora refletiam algo que até ela desconhecia em si: força. Uma mulher nova. Uma mulher que aprendeu, na dor, a ser imbatível.
Pegou o telefone e ligou para Júlia.
— Bom dia, poderosa — disse Júlia, divertida. — Já acordei sabendo que seu nome está em todas as rodas de conversa da cidade. O que você fez ontem foi lendário.
— Foi só o começo, Júlia. Eles acham que eu sou a mesma boba de sempre. Mas vão aprender... da pior forma — respondeu Helena, seca.
— E qual é o plano agora?
— Seguir a vida. Trabalhar. Crescer. Mostrar que não preciso deles pra nada. E se no caminho eu puder fazer eles engolirem tudo que me fizeram... ótimo.
Do outro lado da cidade, na mansão da família Ferraz, Isadora andava de um lado para o outro no quarto, descontrolada.
— Aquele olhar dela... — rosnava. — Aquela maldita acha que é quem? Que pode simplesmente aparecer, cheia de si, e se achar superior?
Gabriel, sentado na cama, rolava os olhos, entediado.
— Isadora, supera. Você já venceu. Estamos juntos, é isso que importa.
— Vencer? — Ela riu, amarga. — Você não entendeu nada, Gabriel. Enquanto aquela mulher respirar, eu não venci. Eu a quero no chão. E não é qualquer chão... é no fundo do poço, implorando.
— E como você pretende fazer isso? — perguntou ele, cruzando os braços.
Ela se aproximou, os olhos cheios de veneno.
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