Em seu lugar 16-Linda e ordinária

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Eu o sigo até o meu quarto, quando entramos ele não fecha a porta, isso me dá um certo alívio.

— Não sei que tipo de educação você teve, mas pelas suas atitudes, creio que não foi uma das melhores. Por incrível que pareça, creio que pode mudar, pode ser uma pessoa melhor.

Allah, ele falava comigo como seu eu fosse uma condenada.

Ele continua:

—Infelizmente, você não parece me ouvir.

—Eu tenho me esforçado.

—Vestir suas roupas importadas, fruto de roubo. Tê-las guardadas no seu guarda-roupa, e usá-las sem arrependimento. Usar maquiagem para sensualizar e a situação de hoje.... Isso é colaborar?

— Está certo! Eu errei, não deveria ter usado maquiagem.

— E quanto as roupas?

Eu fico sem ação, por um momento.

— É as únicas que tenho.

Ele abre meu guarda-roupa e fita minhas roupas, e se vira para mim.

—Quero que as jogue no lixo, elas não servem para você.

Encolho-me diante da fúria que consigo ler nos olhos dele, normalmente frios. Sentindo a boca secar, eu limito-me a encará-lo, sem saber o que fazer. Ele continua:

—Se não fizer isso, eu farei por você.

—Ah! Tudo bem!

—Ótimo. As separe num canto, que eu pedirei para Zafira queimá-las.

Eu o fito com dor no coração. Foram anos trabalhando para fazer meu guarda-roupa. E para viajar, tinha escolhido meus melhores vestidos, saias, blusas, lingerie.

Ele sorri frio.

— Dói tanto assim para você deixar as futilidades de lado?

Eu me sinto massacrada com tudo que ocorreu na sala, minha irmã no hospital, e presa nas mãos desse tirano. Lágrimas surgem nos meus olhos. Ele pragueja:

—Allah! É mais difícil sua redenção do que eu pensava!

Eu fungo.

—Olha, pense o que quiser. Eu estou cansada. Dei duro na cozinha e trabalhei até agora. Gostaria de fazer a ligação.

— Você fará sua ligação, mas antes, quero que me diga de onde conheceu Nurab?

posso sustentar a versão que eu não o conheço.

— Ele é um antigo namorado.

Ele se enche de ira:

—É por isso que se interessou por ele, não foi? Porque ele é herdeiro de uma grande propriedade e de uma vinicultura que exporta sua marca para o mundo inteiro?

— Eu não sabia que ele era rico! E se ele é rico por que trabalha para você?

Ele parece não me ouvir.

—A vida me ensinou que uma farta conta bancária não é o suficiente para comprar a felicidade.

Empalideço. Chocada, eu o olho como se estivesse paralisada dos pés à cabeça. Said está despejando coisas demais, como um juiz sem esperar minha defesa. Uma aura de vibrações violentas eletriza a atmosfera.

Ele me encara sem nenhum sinal de emoção, apenas irritação, isso se torna cada vez mais evidente.

está brigado com o pai e sem dinheiro. Está fazendo um estágio remunerado no meu hotel. Agora que respondi sua pergunta, responda a minha. Foi interesse financeiro que a fez se envolver com Nurab,

mas adianta eu dizer que não? Seus olhos são maus. Você só consegue enxergar maldade. Só aquilo que

me estuda por um

não me deixa outra alternativa, pois tudo é contra você. —Então sorri com frieza. — Certas coisas não mudam. Por exemplo, você não consegue tirar os olhos de mim. Creio que uma parte seja por causa da minha conta bancária, e a outra, que nós nos

perplexa com esse jeito arrogante e cheio de si

— Que absurdo! — Exclamo, indignada.

não acho — Ele sorri, olhando-me como uma pantera faminta. — E por que temos que discutir sobre isso? Você tem o mesmo efeito sobre mim. Não

Recuo, apavorada.

Não sei do que está falando... — Minto, pois só eu sei o quanto ele

e como sabe. Sou um homem experiente, sei ler

Eu...não sou desse tipo.