Em seu lugar 40-Nunca eu conseguirei mudar um homem que mora nesse país

Maysa
Acordo assustada e me sento na cama rapidamente. Allah! 10:00 hrs. É tarde. Eu perdi a hora.
Bem, agora não adianta correr. Espreguiço-me devagar e me levanto sem pressa nenhuma. Vou até o meu guarda-roupa e pego o caftan que eu comprei. O de seda floral puxado para o amarelo.
Quando me visto, dou um sorriso no espelho. Ele marcava bem a minha cintura e é um palmo acima dos meus joelhos. Deixo meus cabelos soltos.
Graças a Allah, eu não preciso mais prendê-los, não estou mais fazendo nenhum serviço doméstico. Minha condição mudou agora e eu não preciso provar mais nada para ninguém.
Calço sandálias brancas para combinar. Fito minha figura no espelho e, satisfeita com minha aparência, saio do quarto.
Antes de chegar à sala, avisto Said conversando com alguém. Então me aproximo mais. Rashid, o amigo de Said. Meu coração se aperta no peito. Eu não tenho boas lembranças dele.
Said quando me vê fica estático. Petrificado, eu diria. Eu desvio meu rumo e sigo para a cozinha. O cheiro dela estava tomado pelo carneiro no forno, e pelo aroma, muito apetitoso.
Adara quando me vê, sorri.
—Bom dia. Você acorda sempre tarde?
Eu sorrio para ela.
— Bom dia. Não, perdi a hora.
Eu pego uma xícara de café bem forte. E quando vou me sentar na cadeira, Said entra na cozinha intempestivamente. Imediatamente, sinto calor, e ao mesmo tempo, percebo que estou trêmula.
Os olhos negros dele se estreitam, enquanto ele percorre lentamente meus cabelos e o meu corpo, moldado por aquele vestido. “Amarelo”
— Maysa não está linda? — Comenta Adara, percebendo a tensão, sua voz soou um pouco forçada e alta demais.
— Adara, você andaria com roupas assim, chamativas? Seja sincera. — Said pergunta com arrogância. Como se eu não estivesse ali. — Você exporia a sua figura, como se fosse uma odalisca? Uma mulher da vida?
Adara fica muda e alterna seu olhar para nós dois.
Allah! Eu não posso ser derrubada, assim, tão facilmente.
Said desce seus olhos frios pelo meu corpo. Sem decoro. Sinto uma dor enorme invadir o meu peito. Eu me sinto incapaz de me manter mais tempo em pé e me sento.
— Por que sentou? Não era isso que queria? Ser vista?
gosta de me dominar, e, se eu permitir, ele o fará isso de novo. Inspiro profundamente. Eu me levanto nervosa e o olho com desprezo e indignação.
—Allah! Said! Vai para o inferno! Você não liga a mínima para o que sinto, não é?
— Aonde você quer chegar com tudo isso?
seja uma coisa que você ainda não entenda. Mas eu não aguento mais aquelas roupas grossas de enterro. E não vou permitir ser insultada por você. Você no fundo é um tirano
Por favor, saia Adara. —Said diz,
sair, mas eu digo para
—Fica.
sem ação por
muito, Maysa. Mas isso é entre
ali, me olhando, todo onipotente. Os cabelos negros bem penteados para trás, os olhos negros soltando brasas. Está usando uma calça preta que modela as pernas fortes, e uma camisa branca com três botões soltos, revelam pelos negros no peito moreno. Ele está tenso, pois suas mãos estão fechadas, a mandíbula