Resumo de 41-Ah! Era muito bom para ser verdade. – Capítulo essencial de Em seu lugar por Sandra Rummer
O capítulo 41-Ah! Era muito bom para ser verdade. é um dos momentos mais intensos da obra Em seu lugar, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.
Said
Allah! Eu não sei o que fazer.
As roupas de Maysa me causam medo do desconhecido. Nunca andei com uma mulher ou quis uma mulher que se vestisse desse jeito.
Será que ela não enxerga o quanto o fato dela chamar atenção me aflige? Sinto como se meio mundo olhasse para ela.
Maysa é minha, só minha!
Quando ela abre os olhos eu vejo as emoções modificando o rosto da mulher que eu amo. Seus olhos cheios de lágrimas e dor, somam-se a minha dor.
Eu não consigo deixar de me emocionar e impedir que uma lágrima desça do meu rosto.
Allah! É a primeira vez na vida que choro diante de uma mulher.
Eu não consigo dizer mais nada. Tenho tanto medo de piorar as coisas. Eu a abraço. Eu só sei abraça-la. É mais fácil. É tão bom sentir seu corpo trêmulo junto ao meu, mas suas lágrimas molhando minha camisa me incomodam. Estremeço com medo de perdê-la. Allah, eu não posso perdê-la. Isso arrebentaria comigo.
Esse abismo que há entre nós, precisa ser transponível. Precisávamos chegar a um acordo. Eu me afasto dela e a beijo delicadamente por todo rosto e depois a abraço forte.
Maysa
Minhas forças se esvaem. Não quero brigar, não quero falar mais nada. Só por um momento quero estar ali, quieta nos braços de Said.
Mas infelizmente não consigo deixar de pensar sobre tudo. Minha mente continua trabalhando.
Said não irá mudar. Esquece!
É claro que essa cultura machista está enraizada nele. Ele não entende que eu deixei minha vida para trás. Na minha ingenuidade, eu acreditei que pudesse ser diferente, percebo agora que perdi o senso crítico, pelo amor que eu sinto por ele.
Sinto-me subjugada. Vejo que não importa meu ponto de vista, pois ele sempre vai querer que prevaleça o dele. Gostaria muito que ele fosse mais compreensivo e não fosse tão insensível aos meus sentimentos.
Ele tem ideia, por acaso, o que significa para mim, se eu me vestir do jeito que ele quer? Não, duvido que ele dedique um único pensamento para entender o que eu sinto. Ele só pensa no que isso provocava nele.
Não é o vestido.
Aqui eu me anularia. Eu não seria mais a mesma pessoa. Eu sereia apenas a pessoa que ele quer que eu seja. Não irei mais brigar, ele não mudará por mim.
O jeito é partir.
Quando eu tiver uma oportunidade, eu partirei. Sem despedidas. Meu íntimo se agita com aquela dor pungente que vem toda vez que penso nisso.
Said me afasta. Enxuga minha lágrima com o polegar.
— A vida me ensinou a nunca desistir. Desistir é para os frascos, os fortes persistem. Por mais difícil que seja, lute, mas lute, tendo a certeza de que você irá vencer. E quando conseguir, diga a si mesmo: " Eu lutei por isso, eu acreditei e hoje tenho o que eu sempre quis. Na vida, tudo depende de nós. "
Fico paralisada no lugar. Fecho os olhos e não protesto quando ele me abraça novamente.
— Eu não irei desistir de você, porque eu te amo.
Quando ele me afasta, eu pergunto:
— O que você ama em mim, Said? O amor não é cabelo, estatura, formato do corpo...
Ele me observa atentamente.
— Amo sua espontaneidade, eu nunca encontrei isso em uma mulher. Amo quando se preocupa comigo. Amo seus de gata selvagem nos meus e amo quando extravasa seus sentimentos.
— Então vai amar ouvir agora que não vou tirar minha roupa. E o que acha disso?
Sinto os olhos de Said o tempo todo em mim. Salma e Zafira entram na cozinha. Zafira aspira o ar dizendo:
—Allah que cheiro bom!
Adara sorri para as duas.
—Espero que apreciem o sabor agridoce, pois coloquei abacaxi.
Zafira sorri para mim.
— É, vocês são iguais só na aparência.
Eu tomo meu café num gole só e me levanto da cadeira.
—Verdade Zafira, minha irmã será uma esposa perfeita. —Digo fitando Said nos olhos.
Sentindo-me claustrofóbica saio da cozinha e caminho até a parte externa. Dou uma volta na mansão. E me sento em uma espreguiçadeira à sombra. A água da piscina brilha convidativa. Fico um tempo ali. Sentindo a paz do lugar, embora o mormaço seja grande.
— Se quiser peço para abrir o biongo e você utiliza a piscina.
Eu me viro e vejo Said caminhando em minha direção. Meu coração dispara com a presença dele. Os cabelos negros brilham muito mais ao sol.
— Verdade?
Said disse, sério:
— Você usaria o Mycozzie.
Ah! Era muito bom para ser verdade. Eu conhecia o Mycozzie. É um traje que cobre o corpo inteiro exceto o rosto, as mãos e os pés.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Em seu lugar
Uma das melhores historias que ja li aqui no site,muito boa mesmo!...
Linda a história!!!!...