Em seu lugar romance Capítulo 11

Resumo de 11-Eu? Ardilosa?: Em seu lugar

Resumo de 11-Eu? Ardilosa? – Capítulo essencial de Em seu lugar por Sandra Rummer

O capítulo 11-Eu? Ardilosa? é um dos momentos mais intensos da obra Em seu lugar, escrita por Sandra Rummer. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Lavo toda a louça com cuidado. Depois começo a fuçar na cozinha, acabo encontrando a frigideira que eu precisava para ter feito a omelete. Em um armário, temperos de todos os tipos. Na dispensa uma porção de laticínios, grãos, farináceos, pimentas, massas...

Allah! Agora é esperar o livro de receitas e segui-lo. Zafira entra na cozinha.

—Já tomou café?

Assenti.

Allah! Preciso tentar me aproximar dela e tê-la como minha aliada.

—Zafirinha, não gostaria de voltar para o meu quarto, eu poderia ficar aqui, quietinha.

Ela fecha a cara.

—Nada disso, são ordens. Said disse que não quer te ver solta na casa. Um dia o profeta riscou no chão: “O homem é o único culpado da sua própria perdição”

Eu conheço esse verso. Só que não se aplica a mim, quem se meteu em confusão e fez a burrada de confiar num jogador foi a minha irmã.

Suspiro, e não discuto.

— Está certo. —Dou um sorriso. — Você poderia ver com Said um rádio ou uma televisão? É horrível ficar confinada sem nada para fazer.

—Você não ficará sem fazer nada por muito tempo! — Ela diz ríspida.

—Zafira! O profeta também disse: “A verdadeira riqueza de um homem é o bem que ele faz neste mundo.” Você poderia ser menos rude comigo!

Zafira pisca sem ação.

—Não sei, você é ardilosa.

—Eu? Ardilosa?

—Você com esse jeitinho, no fim, ta dobrando Said.

Eu a fito séria e mostro minhas mãos.

—Zafira! Olhe! Eu não planejei isso!

Ela as observa, parece surpresa.

—Está vendo! —Eu digo quando vejo a expressão dela. — E quanto a cozinhar, eu na verdade, não sei.

Ela meneou a cabeça.

— Allah!

Eu choramingo:

—Zafira, gostaríamos que fôssemos amigas. Por favor! —Eu me sento na cadeira, e meus olhos se enchem de lágrimas.

Zafira me fita séria.

—Não sei.

Limpo minhas lágrimas, nervosa.

—Zafira, eu não fiz nada. Tudo isso é um mal-entendido.

—Said nos orientou que você tentaria nos enganar. Que enganaria nossos olhos e ouvidos.

—Allah! Zafira... —Digo angustiada. Desisto quando vejo a expressão incrédula dela. — Ah! Deixa para lá! Quero ir para meu quarto!

Ela não diz nada e se vira. Eu a sigo até a minha prisão. Ela abre a porta para mim.

—Vou pedir para Said a TV e o rádio.

Eu entro e a fito com tristeza.

—Obrigada!

Ela me olha por um tempo, antes de fechar a porta. Escuto ela virar a chave.

Allah! Eu estava já me sentindo claustrofóbica, quando horas depois a porta se abre e Zafira entra no quarto. Ela então me entrega o livro de receitas e junto como eles todos os itens que eu tinha pedido ontem à noite.

Pego das mãos dela o condicionador, os absorventes, a tesoura, o livro de receitas e o despertador.

—Menina, você pediu absorventes para Said?

— Pedi.

Ela me olha horrorizada e eu não entendo porque.

Tudo bem. Eu estou no oriente médio, e não na Europa. Lá é tão normal tratar desses assuntos, aqui falar disso com um homem, é proibido.

—Por que não pediu para mim?

Eu na hora nem me lembrei disso, talvez Said tivesse até visto isso como provocação.

Eu me movo atrás do seu corpinho rechonchudo. Zafira com esses cabelos brancos, presos no alto da cabeça, lembra muito minha mãe. Fico emotiva pensando nisso.

Na cozinha, ela me dá umas batatas para descascar e começa a preparar o arroz. Enquanto eu descasco, fico de olho em como ela o faz e tiro algumas dúvidas com ela.

Allah! Preciso aprender! Assimilar tudo. Eu não sou burra. Sempre tive facilidade na faculdade e modéstia parte sou uma enfermeira acima da média. E eu preciso me lembrar disso para ser otimista e não me sentir tão zero à esquerda.

Com as batatas fizemos um purê. Comecei a lavar a louça observando Zafira fazer um cozido de carne de carneiro.

Tudo pronto, ela chama primeiro os seguranças, de dois em dois, para que a mansão não fique exposta. Depois servimos o jardineiro que é um homem baixo e bigodudo. Em seguida Darla, uma jovem franzina, de cabelos curtos. Se aqui não fosse o oriente médio, diria que ela puxa para o outro lado. Ela tem um jeito bem masculino.

Quando todos almoçam, eu e Zafira nos servimos. Eu já estava morrendo de fome. E me delicio com o cozido dela, quase lambo o prato.

Ela deixa a cozinha por minha conta, preciso limpar toda a sujeira, lavar todos os pratos e algumas panelas. Bem... nada mais justo. Afinal, era para eu fazer o almoço.

Eu a agradeço novamente. Ela me dá um sorriso e sai da cozinha. Eu me sento feliz com isso. Finalmente ela está simpatizando comigo!

Eu começo a lavar primeiro os pratos, depois talheres, copos e finalmente as panelas. Essas foram mais difíceis de lavar. Quando acabo, pego o livro de receitas. Eu preciso me preparar. Preciso estudá-lo!

Na página vinte, acho como se faz o Kafta. Quando leio o modo de fazer, vejo que não é difícil fazer, mas ainda assim, não me sinto segura em fazê-los.

Zafira entra na cozinha.

— Said ligou, vem para o café da tarde. Ele tem sido muito paciente com você. Ele nunca liga dizendo o horário que virá.

Franzo a testa e encaro Zafira.

—É que ele sabe que estou me adaptando à rotina da casa. E deve ter percebido que não sou tão boa assim como empregada.

— Eu me pergunto no que você é boa? —Seus olhos então brilham com malícia, e eu não gosto nada disso e fecho a cara. Ela então engole o que estava por dizer e muda de assunto. — Então vamos, vou te levar ao seu quarto, e às cinco horas irei te chamar. O cardápio pode ser o mesmo do café da manhã. Agora você tem o livro de receitas, portanto, siga à risca.

No quarto eu olho angustiada o rosto de Zafira.

— Zafirinha, você me ajuda? Esse é o primeiro Kafta que eu faço. Por favor! Tenho medo que os bolinhos desandem.

Ela me olha por um tempo.

— Tudo bem.

Eu dou um sorriso para ela.

— Obrigada.

—Amanhã será mais fácil, você ajudará Salma. Ela estava de folga hoje.

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