Em seu lugar romance Capítulo 44

Resumo de 44-No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida,: Em seu lugar

Resumo do capítulo 44-No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida, do livro Em seu lugar de Sandra Rummer

Descubra os acontecimentos mais importantes de 44-No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida,, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance Em seu lugar. Com a escrita envolvente de Sandra Rummer, esta obra-prima do gênero Romance continua a emocionar e surpreender a cada página.

No dia seguinte, depois de uma noite mal dormida, perturbada por sonhos confusos, acordo cedo. Coloco a roupa que ganhei dele. Penteio os cabelos e coloco o lenço da mesma cor, cinza.

Olho meu reflexo no espelho me sentindo horrorosa.

Saio do banheiro e dou com Said no meu quarto. Ele está de costas para mim, fitando a janela. Terno preto que molda perfeitamente suas costas largas. Quando ele se vira eu retenho o ar. A camisa branca, um pouco aberta no peito, contrasta com sua tez morena. Os cabelos negros estão molhados. Ele me dá um sorriso lindo. Seus olhos me olham apreciativos.

Essa será a última imagem que terei dele. É a última vez que o verei e última vez que falarei com ele.

Allah! Dai-me forças para não dar bandeira, preciso passar tranquilidade.

— Bom dia! — Eu digo sorrindo. E aperto minhas mãos no corpo. Elas tremem tanto... tenho medo que ele perceba.

Ele fica sério. Eu engulo em seco.

—Sairá agora cedo?

Eu aceno com a cabeça.

—Sim. Vou com Adara. Sabe se ela já acordou?

Said sorri.

—Sua irmã madruga. Ela está na cozinha ajudando Salma.

É Said, você aos poucos a enxergará como a mulher da sua vida. Eu sou inútil nessa casa. É assim que eu me sinto.

— Ótimo. Esse país é muito quente. Por isso quero ir cedo.

Said se aproxima de mim.

— Não sabe quanto eu estou feliz por ter entendido.

Meu coração está apertado. Eu sinto um nó fechando minha garganta. Não está sendo fácil. Mas é necessário. Ele não será feliz comigo, e eu também não serei feliz. Já senti a liberdade, voei alto, não quero minhas asas cortadas. Aqui nesse país me sinto claustrofóbica.

— Tenho uma coisa para você.

Ele se aproxima. Tira do bolso um estojo de veludo. Abre ele voltado para mim. Era um lindo colar de ouro formando por pequenas esmeraldas.

Eu forço um sorriso.

— É lindo. —Digo sem pegá-lo.

— Pegue! É seu.

Eu pego o estojo com as mãos trêmulas.

— Você está tremendo. Tudo isso é por causa do colar?

Dou um sorriso nervoso.

— Não esperava.

Said tira o estojo de minhas mãos e coloca em cima da cama. Ele me abraça. Eu choro. Não me contenho. Vou deixá-lo. Esse é o nosso último abraço.

Ele me afasta.

— Você está chorando?

Eu enxugo minhas lágrimas.

— Fiquei emocionada com seu gesto.

Said sorri terno, passando o polegar por uma lágrima que caia do meu rosto.

— Isso é o começo. Pretendo te encher de joias.

Eu estou triste por ir embora. Fico a olhá-lo, guardando na memória seu rosto. Cada pedacinho dele. E não há nada a dizer.

— Maysa! Por Allah! Fique!

Eu me levanto.

—Vou embora. Vamos! O que está esperando? Chame Muhafa, ou peça para Zafira chamar.

Corro até meu quarto e pego meus documentos, meu passaporte. Resolvo deixar uma carta. Escrevo com as mãos trêmulas.

Said,

Te amo. Minha atitude em deixá-lo, não foi por falta de amor. Mas entendo que não te farei feliz. Há um abismo entre nós. Sua mãe estava certa. Sou mais europeia do que do que oriental. Infelizmente.

Gostaria muito de ser tudo aquilo que esperava que eu fosse, mas eu não sou. É o meu jeito.

Quando chorei no quarto, não foi por joia nenhuma, mas estava aflita por ter que deixá-lo. Entendi que você merece uma pessoa como Adara. Ela é um oásis no seu deserto.

Ela não tem culpa de nada. Eu resolvi ir e pronto.

Fica bem. E cuide da minha irmã com carinho.

Beijos,

Maysa

Vou até o quarto de Said e deixo a carta na cama. Minha irmã já me espera com Muhafa na sala.

— Vamos as compras? — Pergunto para Adara, como disfarce das minhas reais intenções.

Ela me sorri triste.

— Vamos!

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