Said
Depois de visitar meus hotéis, estou cansado, perdi um pouco o pique do trabalho com esses dias que fiquei em casa. Entro na mansão louco por um banho. Senti falta de Maysa, meu cacto do deserto. Embora a flor nasça de uma planta cheia de espinhos, ela é uma das mais belas. Sensível e delicada.
Caminho devagar para o meu quarto, entro no banheiro, depois de fazer uso dele, sigo até o closet. Pego meu Kandoora branco e o jogo na cama. Um papel voa e cai no chão. Intrigado o pego nas mãos. Na hora me sinto inquieto quando vejo que é uma carta.
Antes de começar a leitura meus olhos correm por ela e vejo abaixo assinado com o nome "Maysa". Um grande mal-estar me acomete. Aflito, trêmulo, eu me sento na cama e começo a leitura.
Quando acabo a leitura, estou suando frio. Embora me sinto quente por dentro. Um vulcão pronto a explodir. Meu coração está tão apertado que mal consigo respirar. Sinto um grande nó na minha garganta.
Saio do quarto, explodindo a porta no batente. Encontro no meio do caminho Zafira assustada com o barulho.
— Zafira! —Dou um grito. — Onde está Maysa? Adara?
— Não vi nem Maysa, nem Adara hoje. Devem estar no quarto.
Com o semblante fechado, sentindo uma fúria crescente dentro de mim, caminho com passos firmes e apressados pelos corredores até o quarto de Maysa.
Entro no quarto e aflito abro o guarda-roupa e vejo sua mala lá. Procuro por seu passaporte na gaveta. Nada!
Sigo rumo ao quarto de Adara, com raiva de mim, por Maysa ser uma droga e eu o drogado. Já podia sentir no meu corpo, na minha mente a abstinência por não estar com ela.
Abro a porta com tudo, num solavanco. Ela bate na parede, procuro Adara com os olhos. Sobressaltada ela me olha perto da janela, parece ter chorado. Então seu semblante fica aflito.
— Onde está Maysa? —Eu grito.
Adara caminha pálida até a cama e se senta nela.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Em seu lugar
Linda a história!!!!...