Passavam das 10h da noite, quando Alex retornou ao hotel. Dirigiu-se diretamente à recepção.
– Boa noite. Qual o nome da senhorita que eu trouxe até aqui ontem?
– Senhor, não posso fornecer essa informação.
– Vou pedir educadamente, pois hoje estou de bom humor. Quero o nome e o telefone dela. Caso contrário, vocês podem enfrentar um processo por permitir que uma estranha entrasse em meu quarto e me roubasse.
– O quê?
– Você não é surda, foi o que ouviu. Não me interessa quem abriu a porta para ela. Só quero os dados. – A recepcionista olha para Pietra, que estava presente na recepção, e entrega as informações. Alex vai até Pietra e pergunta apenas a ela. – Como ela entrou? Não minta, pois só tem uma chance. Se não gostar da resposta, chamo a polícia.
– Desculpe, senhor. Ela me disse que vocês costumam fazer isso, mas que não gosta que ela beba. Ela me pagou 30 mil para abrir a porta.
Alex apenas sorri e sai em direção ao seu quarto. Rebecca optou por passar a noite na casa de Melissa para evitar enfrentar seus pais. A noite foi tão tumultuada que os amigos continuaram reunidos, ora rindo, ora consolando-a. Seu celular toca e ela vê que é um número desconhecido. Ela decide ignorar, mas quando o número liga novamente, André se oferece para atender. Ela entrega o celular a ele.
– Boa noite. – Alex fica mudo por um momento ao ouvir a voz do homem. Ele hesita, mas decide seguir em frente.
– Posso falar com a senhorita dona deste número? – André coloca a ligação no mudo.
– Becca, acho que é o cara da sua aventura casual.
– O quê? De jeito nenhum, dispensa, não quero falar. – André coloca no viva-voz.
– Com quem estou falando?
– Pergunte à dona deste número. Ela deve saber. Minha intenção é falar com ela, não com você. Entregue o celular a ela. – Alex ordena de maneira ríspida.
– Ela não está interessada. Por favor, não a incomode. – André desliga e devolve o celular a Rebecca. – Feito, senhorita.
– Como ele tem meu número?
– Amiga, você roubou o carro dele. Provavelmente ele pegou o número na recepção do hotel, ideia inteligente, transar com um estranho para nunca mais vê-lo e roubar o carro dele. – Zomba Susan. Rebecca recebe uma mensagem.
"Senhorita Jenkins, você é realmente ousada, mas nem sequer tem coragem de atender, tão patética. Acha que a noite valeu o meu carro? Acredito que não. Precisaríamos de muitas noites como essa para você poder ficar com ele. A propósito, você precisa entregá-lo no domingo na concessionária Imotors. Não se preocupe, as diárias estão todas pagas. PS: Não deveria ter abandonado sua lingerie. Ficou realmente sexy em você. Se quiser tê-la de volta, venha buscá-la no hotel." – Rebecca fica com as bochechas vermelhas ao terminar de ler. Vendo sua reação, Melissa pega o celular da mão dela e lê em voz alta.
– Ai meu Deus, você realmente escolheu um babaca. Você deveria responder a esse idiota.
– De jeito nenhum. Não vou responder.
– Deixa comigo. Eu sou um homem, serei babaca como ele.
"Caro senhor Baker, considere-se sortudo por passar uma noite comigo. Foi tão irrelevante que sinto que perdi o dinheiro que investi. Portanto, deixar o carro comigo é o mínimo que você pode fazer por mim."
– Não ouse enviar isso, André. Estou falando sério.
– Já foi. – Responde André, enviando a mensagem. Alex ri ao ler a mensagem e responde.
"Você é mais estúpida do que pensei. Primeiro, não estou à venda. Segundo, mesmo que estivesse, você não poderia pagar. Terceiro, bastava pedir e talvez eu considerasse. E por último, você se lembrará da noite passada por toda a vida. Pagar pela sua primeira vez é realmente deprimente. Vamos lá, diga o valor. Vou te devolver para que se sinta um pouco melhor." – Ao ler a mensagem, André sente uma enorme fúria. Antes que ele possa apagar a mensagem, Rebecca pega o celular.
– Droga! Eu disse para não responder. É engraçado ver minha humilhação. Como ele sabe? Como sabe que eu era virgem?
– Amiga, você deve ter sangrado ou algo assim. Não surte, ele é apenas o babaca que você quis naquela noite. Esqueça isso. Você nunca mais o verá. – Diz Susan. Rebecca, enfurecida, responde à mensagem.
"Paguei 100 mil dólares. Pode depositar nessa conta. Você me deve por ser um babaca."
– Já que ele é um idiota, deixe-o me pagar para eu pelo menos gastar o dinheiro dele enquanto choro. – Ela recebe o comprovante da transferência junto com uma mensagem.
"Aproveite os 70 mil a mais para outra noite de diversão. Sei que você não pagou 100 mil. Eu te daria facilmente 1 milhão de dólares para que se sentisse um pouco melhor. Tenha uma ótima noite, Srta. Jenkins." – Irritada, ela joga o celular na mesa, sem esconder sua frustração. Melissa pega o celular e lê a mensagem, rindo.
– Pelo menos temos 70 mil. Vamos ostentar em uma festa com o dinheiro mais fácil que você já ganhou.
– Eu juro, se encontrar esse cara novamente, eu o mato. Filho da mãe, como ele ousa me humilhar assim. Ele pensa que é o quê? Um Deus?
– Olha, amiga, ele é bem gostoso. Para ser um Deus, o sexo teria que ser excelente. Acho que molharia minha calcinha só com o olhar dele. Esse é o meu tipo de homem. Como você acabou na cama dele e não eu? – Brinca Melissa.
– Mel, acho que você não anda transando, não é? Está louca? – Zomba Susan.
– É verdade. Vamos gastar o dinheiro dele e achar uns homens gostosos para nós, e uma bela vadia para o André. Ele gosta desse tipo para uma noite casual, né, André? – André sorri e concorda com a cabeça.
– Vão vocês. Levem o carro dele também. Vou ficar em casa hoje para colocar as ideias no lugar.
– Para de sofrer, Rebecca. Não deixe Peter e Samantha te destruírem. Diz que sim, por favor. Vamos, Becca, diz que sim. – Insiste Susan.
– Vocês são chatos. Ok, vamos lá. – Concorda Rebecca, visivelmente contrariada.
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