ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 17

Ao perceber que sua irmã está discutindo com Rebecca, Sabrina se aproxima delas com o seu grupo de amigas para apoiá-la, caso ela precise.

– Como assim, Rebecca? Todos nós já ficamos sabendo o quanto você é uma vagabunda. Essa tua postura de menina ingênua não combina mais, pois mulheres decentes não saem transando com qualquer um. Você é uma puta. – Rebecca se enche de raiva e dá um tapa no rosto de Samantha.

– Você está louca, como ousa me bater? – Questiona, passando a mão no rosto. Peter, que estava perto, se aproxima e abraça-a.

– Qual o seu problema? – Questiona ele, cheio de raiva. – Como se atreve a encostar essa mão suja na minha namorada?

Rebecca fica incrédula com o posicionamento dele. Ela tenta abrir a boca para responder, mas as palavras não saem. Muitas pessoas se aproximam para observar o tumulto. Alex observa da mesa a movimentação, enquanto bebe tranquilamente sua dose de uísque.

– Era evidente que isso ia terminar em problema. – Diz Luan, quebrando o silêncio na mesa. Marcelo levanta-se irritado e vai em direção à confusão.

– Responda à minha pergunta, qual o seu problema? – Peter questiona novamente. – Por que você está aqui? Você deveria ter vergonha, você é uma mulher baixa.

– Meu problema? Como tem coragem de me falar essas coisas, quando o cretino aqui é você! Foi você quem correu para o meio das pernas da minha prima quando ouviu um não. Deixe de ser hipócrita.

– Pelo amor de Deus, Rebecca, você ficou quase dois anos fingindo para mim que era virgem e uma menina ingênua. Mas bastou um deslize meu para você transar com qualquer idiota. Isso não é postura de uma mulher decente.

– Um deslize? Você me traiu com ela. Esperava que eu ficasse em casa chorando? Me desculpa por não fazer, eu merecia me divertir também.

– Você não passa de uma vagabunda. – André não consegue mais se segurar ao escutar todas as ofensas de Peter. Ele sente seu sangue ferver e se aproxima sem dizer uma palavra e dá um soco no rosto de Peter.

– Você é um merda, deixa-a em paz. – Ordena André com fúria. Peter fica tomado pela raiva e vai para cima de André e revida o soco. Antes que a briga fique fora de controle, Marcelo se mete no meio deles.

– Porra, qual é a de vocês? Estão estragando a minha festa. – Diz irritado. – Que merda, resolvam a porra do problema de vocês e parem com isso já! – Marcelo empurra os dois e volta para a mesa.

– Você deveria ter ficado em casa, sua piranha, está estragando a festa. – Provoca Samantha.

– Foi você quem se aproximou, eu ignorei vocês porque eu simplesmente não ligo. Você é uma vadia e Peter um escroto, um casal mais que perfeito. – Rebecca debocha.

– Então, quão feio está lá? – Questiona Luan, observando Marcelo se jogar irritado na cadeira.

– Porra de briga, está uma merda, Luan. Não perdoarei Peter por isso, não me interessa o que aconteceu, se um traiu, se a outra transou com um homem qualquer. Se ele tivesse me falado, eu teria evitado essa situação.

– Você conhece o Peter, ele é um moleque. A Rebecca me disse o que aconteceu, ela pegou os dois juntos, mas ele, ao invés de assumir, está falando para todos que ela é uma vadia.

Ao escutar as palavras de Luan, Alex termina de tomar seu uísque, levanta-se e vai até a confusão.

– Boa noite, Sr. O'Donnel – Cumprimenta Alex ao se aproximar, capturando a atenção de todos. – Senhorita Rebecca Jenkins Halgrave, você parece atrair muitos problemas – Continua, encarando-a. – Já não conversamos sobre isso, Sr. O'Donnel? Deixei claro que era para você se manter afastado dela, não foi? O mínimo que poderia fazer é agradecer a ela, pois, se não fosse pela misericórdia dela, você nem estaria entrando em um lugar como este.

– Você de novo! Por que não se mantém afastado de assuntos que não lhe dizem respeito? – Rebate Peter com desdém. – Quem procurou problema foi ela, com a minha namorada.

– Ontem você me disse que ela era sua namorada, e hoje é essa outra aí? – Questiona Alex, encarando Samantha. – Estou impressionado, embora você tenha feito uma péssima troca.

– O que? Como ousa me ofender? Quem você pensa que é? – Retruca Samantha, indignada.

– Senhorita Halgrave, perceba: você é uma mulher invejosa. Deve saber que, dentre dez homens, nove prefeririam sua prima. Além de ser mais atraente, ela também é mais interessante. A você só restou envolver-se com o namorado dela para tentar se convencer de que é melhor – Provoca Alex, encarando-a, o que provoca risadas à sua volta.

– Por que está aqui? – Pergunta André, interrompendo Samantha antes que ela pudesse responder. – Rebecca não te chamou? – Ele parece estranhamente incomodado com a presença de Alex, que apenas o observa e não responde.

– Não ofenda a minha namorada. Se ousar dizer qualquer coisa sobre ela novamente, você não terá nem tempo de terminar a frase – Ameaça Peter, arrancando um sorriso debochado de Alex.

– Jovem, jovem, você não está em condições de me ameaçar. Vamos acabar com essa briga de adolescentes e falar como adultos. Seu pai já conseguiu achar alguma informação sobre mim? É isso que crianças assustadas fazem, não é? Correm para o papai – Debocha Alex.

– Que tipo de homem é você? De onde você surgiu? Por que acha que pode me intimidar?

– Achei que, a essa altura, você já soubesse, mas meu interesse não é em você! – Alex para ao lado de Rebecca e observa-a de baixo a cima, até encontrar o olhar dela. – Você está linda hoje. Viu o que me causou? Poderíamos ter resolvido isso ontem. – Ele passa a mão na cintura dela e beija-a, deixando todos confusos. Ela se afasta envergonhada, sentindo seu rosto queimar. Ele sorri ao observá-la corada. – Tenho duas opções para você, Sr. O'Donnel! – Diz Alex voltando a encará-lo. – A primeira: eu posso comprar todos os pubs, bares e boates da cidade para banir você de cada um desses lugares. Ou a segunda: compro todas as empresas que negociam com a sua família! Qual parece mais viável para você? Por favor, ajude-me a escolher.

– Idiota. – Resmunga André num tom baixo, sentindo Luan segurar seu braço, como se quisesse evitar que ele se meta naquilo.

– Por acaso você é maluco? Como se atreve a intimidar meus amigos? – Questiona Sabrina.

– Não, não. Nessa conversa não tem espaço para adolescentes, portanto fique fora disso! – Diz Alex encarando-a. – Vamos falar com quem decide. Vocês não têm nenhum poder. Eu odeio adolescentes que acham que são adultos. – Alex puxa o celular e faz uma ligação. – Sr. Magno O'Donnel, boa noite. – Diz ao ser atendido, ele observa a reação de Peter. – Soube que está me procurando. Você conseguiu alguma informação relevante sobre mim? Ou precisa que eu te ajude?

– Com quem eu falo? – Questiona Magno.

– O que você está fazendo? – Pergunta Peter.

– Agora não Peter, fique quietinho, os adultos estão conversando. – Diverte-se Alex. – Sr. O'Donnel, estou numa questão com seu filho, mas creio que ele é infantil demais para me ajudar a decidir. O senhor pode me ajudar? – Questiona Alex. – Antes, permita-me apresentar-me para facilitar o seu trabalho: eu sou Alex Baker. Com o meu primeiro nome a pesquisa fica mais fácil, tem muitos Baker no país e te levaria muito tempo e recursos.

– Baker? Nunca ouvi falar de você! Como ousa intimidar meu filho? Eu terei que acabar com você! – Ameaça Magno.

– Sem ameaças, senhor O'Donnel! Vamos ser sensatos: eu sei tudo sobre sua família, até mesmo o que eu não deveria saber; enquanto você nem sabia meu nome! Então seja prudente e me ajude a escolher: você acha que eu devo comprar todos os pubs, boates e bares da cidade e banir seu filho de todos eles? Ou comprar todas as empresas que negociam com você? Qual opção te parece melhor?

– Jovem, não te conheço! Como se atreve a me provocar essa hora da noite? Mas gostei da sua postura! – Zomba ele. – Você tem um nome e sobrenome qualquer e acha que tem poder de me fazer perder meu tempo! Você deveria repensar as suas ações! – Alex dá um leve sorriso enquanto observa o silêncio das pessoas que estão à sua volta.

– Sr. O'Donnel, eu não lido bem quando as pessoas não cumprem minhas ordens! Eu não preciso de um sobrenome para te provar que eu posso e irei fazer o que eu digo! Seu filho decidiu me provocar; então vamos castigá-lo para ele entender que falei sério! Me ajuda com isso por favor? – Debocha Alex. – Estou no pub Stain; sua casa é próxima daqui, então você tem dez minutos para me encontrar! Te esperarei no bar, não se atrase, eu não gosto de esperar! – Alex desliga. – Prefiro lidar com adultos! Tente convencê-la a te salvar novamente! – Diz Alex para Peter, ele novamente observa Rebecca e vai em direção ao bar.

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