ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 184

Rebecca se entrega por completo àquele momento mágico, permitindo que a felicidade a envolva profundamente. Consciente do silêncio que reina no quarto, ela fecha os olhos, fingindo um sono tranquilo, buscando evitar qualquer confronto que perturbe a magia do instante. Alex se ergue silenciosamente, devolve o livro à estante e liga a babá eletrônica.

Ele se aproxima da cama dos filhos e deposita beijos na testa de cada um, erguendo a grade de proteção ao lado de Nicolas. Ele caminha pelo quarto, até alcançar Rebecca. Com a suavidade de quem manuseia uma preciosidade, ele a toma nos braços e ergue com extremo cuidado a grade que resguarda Olga. Ele desliga a luz, deixando apenas a iluminação dos abajures e sai do quarto com cuidado, fechando a porta suavemente para não perturbar o sono das crianças. Ao chegarem ao quarto do casal, Alex joga Rebecca na cama, desencadeando uma risada espontânea dela, revelando o quanto ela ainda mantém a essência da sua jovialidade, como uma eterna menina travessa.

— Você não estava dormindo? — Questiona, aproximando-se e deslizando o zíper do longo vestido que a envolve. — Este vestido realça sua beleza de uma maneira que tenho certeza de que roubou olhares no evento do Walsh, não é?

— Posso explicar. — Murmura, enquanto ele traça com suas mãos um caminho de carícias ao longo de seu corpo. Rebecca se ergue, elevando os braços, permitindo que ele deslize o vestido.

— Silêncio, não quero ouvir uma palavra agora. — Fala com uma autoridade incontestável, retirando o vestido dela de maneira decidida. Sua mão traça um caminho pelo contorno das costas dela, encontrando refúgio na nuca, antes de puxá-la para um beijo envolvente que deixa ambos sem fôlego. Seus olhares se encontram em uma troca de eletricidade e ele segura seu queixo com firmeza, virando o rosto dela de um lado para o outro. Um lampejo de raiva surge em seus olhos quando nota o arranhão em sua bochecha.

Alex se ergue, começando a despir sua roupa, enquanto Rebecca o observa em silêncio. Ele estende a mão para ela, que a aceita de imediato, guiando-a até o banheiro. Lá, ele liga o chuveiro e entra com ela, sob a água gelada, provocando um gemido suave quando o contraste térmico atinge a pele quente de Rebecca. Um sorriso satisfeito toma conta do rosto de Alex, como se encontrasse prazer na situação, antes de pressioná-la com suavidade contra a parede do chuveiro. Arrepios percorrem o corpo dela ao sentir os azulejos frios em contraste com sua pele. Ele a beija com paixão, suas mãos explorando seu corpo com desejo. Em questão de segundos, a temperatura entre eles aumenta, assim como da água que escorre por seus corpos.

— Estou furioso com você. — Murmura, virando-a de costas e pressionando-a novamente contra a parede. — Você sabe que merece ser punida, não é verdade?

— Com certeza. — Responde, entre suspiros intensos de desejo, enquanto ele acaricia com os dedos, explorando cada centímetro da pele quente. — Por favor, me puna. — Sussurra, fechando os olhos ao sentir os beijos dele em seu pescoço, seus lábios deslizando com luxúria.

Alex pressiona seus seios contra a parede com um desejo insaciável, afasta suas pernas e a penetra com uma disposição incontrolável, movendo-se com voracidade e segurando com firmeza seu quadril, como se quisesse consumi-la por completo. Cada investida dele arranca gemidos de Rebecca, que se entrega inteiramente ao prazer que ele lhe proporciona, cedendo ao domínio dele. Suas mãos deslizam por suas curvas, alcançando sua nuca, onde ele envolve seus cabelos com firmeza e puxa com determinação, inclinando sua cabeça para trás. Ele encara o olhar dela, repleto de desejo e a beija com uma paixão intensa que faz o tempo parecer desacelerar.

Os gemidos de Rebecca ecoam pelo ambiente, crescendo em intensidade à medida que ela se aproxima do ápice. Entre beijos ardentes, apertões lascivos e carícias provocantes, ela geme descontroladamente, entregando-se por completo ao êxtase de seu prazer e envolvendo Alex em um desejo incontrolável, que parece não ter fim. Em questão de minutos, ele segue no caminho para o clímax, suas próprias expressões de prazer, intensificando ainda mais a luxúria que os consome. Alex a vira com urgência e a beija, seus olhares se encontrando em um momento íntimo e profundo. Um sorriso compartilhado passa entre eles, cúmplices de uma paixão que os domina há anos, como se o tempo tivesse moldado e fortalecido o desejo que arde entre eles.

Entre carícias e sorrisos, eles concluem o banho. Rebecca deixa o banheiro primeiro e quando Alex retorna ao quarto, a encontra estendida na cama, usando apenas uma camisa branca que pertence a ele. Ela observa o teto, perdida em pensamentos, com um sorriso que reflete a profundidade de suas emoções. Ele se posiciona sobre ela, atraindo seu olhar, e a beija com paixão.

— Seque o cabelo. — Ordena, acariciando os fios úmidos dela.

— Eu não quero. — Desafia, encarando seu olhar profundo, seus olhos cintilando com uma travessura provocante que ele conhece tão bem.

— Rebecca, você com toda certeza nasceu para me desequilibrar. — Afirma, levantando-se e indo em direção ao banheiro. Ao retornar, ele segura um secador de cabelo, ligando-o próximo a uma poltrona estrategicamente posicionada. — Venha até aqui. — Ordena, com uma autoridade que deixa claro que não há espaço para discussão, enquanto seus olhos a prendem com intensidade. Rebecca se levanta e acomoda-se na poltrona, submissa às vontades dele.

Rebecca fecha os olhos, um sorriso nostálgico pairando em seus lábios, enquanto sente o calor do secador em seus cabelos molhados. Depois de tanto tempo, aquele gesto a envolve em felicidade, lembrando-a de que, em momentos como esse, o amor e os cuidados dele são tudo o que ela deseja e precisa.

— Quem devo matar primeiro? Você ou um deles? — Indaga, retirando-a de seu devaneio. — Quem machucou sua bochecha? — Seu tom de voz e a expressão determinada revelam que ele não deixará ninguém sair impune por tê-la ferido.

— Nicole. — Responde em um sussurro.

Ela espera ansiosamente por uma reação, mas no quarto, o único som que quebra o silêncio é o zumbido suave do secador de cabelo. Quando Alex conclui de secar seus cabelos, desliga o aparelho e o devolve ao banheiro. Ao retornar, ele a encontra sentada na poltrona, a cabeça levemente inclinada.

— Eu sabia, Rebecca, que deveria ter me mantido afastado. Você demorou horas para fazer exatamente o que pedi para que não fizesse. — Resmunga, movendo-se de um lado para o outro no quarto. A frustração em sua voz é evidente, um reflexo de sua preocupação.