ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 28

Em Boston, Richard chega ao restaurante para almoçar com seus amigos.

— Ryan, tirei uns dias de folga. Soube que você vai à Nova York. Irei com você. Alex me disse para ir. Vamos agitar na cidade, o que acha? O que aconteceu, Sophia? Vocês pareciam bem e do nada se separaram? Falei com Alex ontem, e ele estava com uma mulher. Ela até me pediu dicas de diversão para fazer com ele. Como foram de um possível noivado a isso? — Sophia se engasga com a água que estava bebendo e tosse sem parar. Ryan balança a cabeça.

— O que foi que você disse? Isso é piada, não é? — Questiona incrédula. Richard olha para Ryan sem saber o que dizer. — Mas que filho da mãe, ele está nesses últimos dias me ignorando para andar com qualquer biscate por aí. Onde ele está, Ryan? Não minta para mim. — Ela começa a ligar para Alex, só cai na caixa de mensagem, pois ele já está em seu voo. Ela liga várias vezes sem sucesso.

— Ele está em Seattle, Sophia, ou voando para Nova York. Ele me disse que sua viagem estava agendada para hoje, mas eu não sei o horário.

— Quem é ela, Ryan? Você também estava lá, me diga quem ela é?

— Eu não sei, Sophia. Pode ser tudo um engano. Desde quando Alex fica saindo com mulheres por aí? Fiquei apenas uma noite e Alex ficou poucos dias. Deve ter sido um engano. — Ele olha para Richard, fuzilando com o olhar.

— Meu amor, não minta para nós. Alex está com outra mulher? Ele traiu Sophia? — Questiona Christine. — Somos todos amigos aqui. Não devem existir segredos entre nós!

— Eu não sei, eu juro meu amor. Não sei o que está acontecendo. Alex nunca dá satisfação da vida dele. Vocês acham que ele me falaria sobre outra mulher? Ele não falaria nem para o Richard, sabendo que somos do mesmo grupo de amigos. Por isso deve ter sido um engano.

— Deve ser, Sophia. Me desculpe, eu estava bêbado. Posso ter entendido tudo errado. Respira e em breve ele estará de volta. E vocês esclarecerão tudo.

— Vou para Nova York com vocês. Não ficarei esperando até ele voltar.

— Sophia, pense. Você só vai conseguir irritá-lo. Espere-o voltar.

— Quando vocês voltam, meu amor?

— Entre quinta ou sexta, talvez antes. Aguarde, Sophia. Tudo vai se resolver.

— Ryan, eu já disse que vou. Podem arrumar um voo para mim. — Eles se olham, sabendo que Alex vai ficar furioso. — Vou matar o Alex. Quem ele pensa que é?

— Richard, resolva isso. Você causou o problema. Alex não irá me incomodar por isso. — Diz Ryan. Richard dá de ombros, enquanto pensa no que pode fazer para contornar aquela situação.

Em Seattle, no início da noite, Rebecca sai de casa em direção à casa de Melissa. Ela olha suas mensagens e não encontra nada. Ela se pega pensando em Alex. Uma parte dela gostou de estar com ele no fim de semana. Ela encara o celular por vários minutos, pensando em mandar uma mensagem para ele. Ela digita e apaga várias vezes, até desistir daquela ideia. Rebecca avista o carro de seu pai chegando e decide sair para não ter que falar com ele.

— Aonde ela vai?

— Eu permiti que ela fique na casa de Melissa por uns dias. Seja razoável, Robert. Ela já é uma adulta. Dê espaço a ela. O que você esperava? Ela pegou a prima em cima do namorado. Admiro-me por ela não ter surtado mais.

— Eu não gosto disso, Martina. Por que ela está com esse carro? Você entende o perigo que esse homem representa para nossa família?

— Ele não está interessado em vocês, Robert. Se estivesse, já teria agido. Eu te disse, não se envolva nessas coisas. Como resolverá? É melhor que ele queira a Rebecca. Pelo menos ele terá um motivo para não agir contra vocês. Não seja ingênuo. Apenas a deixe se divertir. Ele pode ser influente em qualquer coisa no mundo. Mas ele só quer impressioná-la. Ele é homem. Vocês são todos iguais. — Robert não havia pensado por esse lado, que ele poderia tirar vantagem do interesse de Alex por Rebecca.

— Você tem razão, querida. Por isso me casei contigo. Você sempre enxerga todas as possibilidades. — Robert dá um beijo em Martina.

Rebecca chega à casa de Melissa e observa alguns de seus amigos reunidos na varanda.

— Que palhaçada é essa? Outro carro? Você já não entregou o outro? — Pergunta André.

— Sim, entreguei ontem. — Responde Melissa.

— Será que o senhor bonitão continua aqui? — Questiona Susan.

— Olá, amigos. — Ela cumprimenta cada um deles. — André, você foi embora ontem sem se despedir. Está tudo bem?

— Sim, Becca, está tudo bem. Por que você está com esse carro?

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