ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 51

Alex retorna ao hotel e avista Rebecca deitada na cama, envolta apenas por um roupão. Ela parece estar cochilando. Ele se dirige ao banheiro e regressa com um secador de cabelo, sentando-se ao seu lado e iniciando delicadamente o processo de secar seus cabelos.

— O que você está fazendo, Sr. Baker? — Ela questiona ao despertar, sentindo a carícia do vento quente em seus cabelos.

— Estou secando o seu cabelo. Como já mencionei, não é bom dormir com ele molhado.

— Não precisa se preocupar com isso, por favor, não é necessário.

— Não estamos negociando, apenas fique quieta. — Ele diz, enquanto continua a secar o cabelo dela.

— Já fez isso antes? — Ela pergunta, observando-o.

— Claro que sim, na noite em que te busquei no PUB. — Alex sorri ao perceber um rubor surgindo nas bochechas dela. — Como você está se sentindo agora?

— Estou me sentindo muito melhor. Um banho de banheira sempre me relaxa. — Ela fecha os olhos, sentindo-se cuidada naquele momento. — A propósito, onde você estava, Sr. Baker?

— Fui resolver alguns assuntos. Nosso voo está agendado para as 6h da manhã. Devido a esse atraso, teremos que ajustar nossos planos e o dia será movimentado.

— Tudo bem! Estou pronta para enfrentar isso.

Alex prossegue com o cuidadoso processo de secar o cabelo dela. Quando ele termina, ergue-se e pega uma pomada que havia comprado em seu caminho de volta. Com toques suaves, aplica o produto em seu rosto e pescoço. Rebecca responde com um leve sorriso, tocada pelos gestos atenciosos dele.

“Talvez isso não seja tão ruim, afinal.” — Ela pondera, enquanto o observa.

— Nas próximas horas, você pode descansar um pouco. Eu te acordarei às 4:30 da manhã para você se preparar. — Ele anuncia, interrompendo seus pensamentos.

— E quanto a você, Sr. Baker? Não planeja descansar?

— Vou fazer isso durante o voo. Ainda tenho algumas pendências para resolver. Srta. Jenkins, ninguém mais irá te machucar. Vou te proteger. Se alguém te desrespeitar ou causar qualquer mal, você deve me contar. Em nenhuma circunstância, você deve esconder algo assim. Você compreende?

— Sim, Sr. Baker, eu compreendo. Obrigada.

— Boa menina. Agora descanse, a viagem será longa. — Ele beija gentilmente sua testa e se levanta.

Rebecca tenta retornar ao sono, mas se encontra envolvida observando os movimentos de Alex. Ela percebe o quão bonito e elegante ele é, um homem que exala poder. Um leve sorriso aparece em seu rosto quando os olhares se cruzam.

“O que está acontecendo comigo? Qual é o meu problema? Estou me sentindo carente e vendo nele um príncipe?” — Ela se questiona, enquanto mantém o olhar fixo nele.

Alex luta para não trocar olhares constantes com ela, porém, o sorriso doce de Rebecca o desconcerta. Ele sente a tentação de deitar-se ao lado dela e dormir até a hora do voo. Somente quando Rebecca finalmente adormece é que ele consegue se concentrar. Alex não tem a intenção de perdoar Antônio; ele monta uma estratégia detalhada e a envia por e-mail para uma equipe responsável por acompanhar todos os movimentos de Antônio e Magno.

Pouco antes da hora de acordar Rebecca, Alex toma um banho e se arruma. Quando está pronto, ele a desperta. Mesmo sonolenta, Rebecca faz o que ele pede. Durante o voo, ela dorme durante todo o trajeto, enquanto Alex a observa frequentemente.

“O que estou fazendo? Devo estar enlouquecendo. Preciso me controlar.” — Ele reflete, observando-a dormir.

Alex está lutando com suas emoções, preocupado com a ideia de Rebecca possa ter sua atenção e tudo o que desejar dele sem sequer precisar pedir. Isso o perturba, e é algo que ele não cogita permitir que aconteça. Quando finalmente aterrissam em Boston, Rebecca abre os olhos, ainda sonolenta.

— Já chegamos? — Pergunta, espreguiçando-se.

— Sim, acabamos de aterrissar.

Eles desembarcam, e a percepção do local começa a tomar conta de Rebecca. Ela fica confusa, pois tinha a impressão de que Alex morava em Nova York.

— Sr. Baker, por que estamos em Massachusetts?

— Porque moro aqui, Srta. Jenkins. E mesmo que eu não morasse, ainda teríamos vindo para cá, já que sua faculdade é aqui. Você precisa estar próxima dela. Além disso, não está autorizada a faltar às aulas sem um motivo válido.

— Eu achava que você morava em Nova York. Quer dizer, sei que seus pais são daqui. Mas quando você mencionou que estava voltando para Nova York, presumi isso.

— Você me pesquisou, Srta. Jenkins? — Ele pergunta, com um sorriso.

— Após aquela noite no hotel, senti que precisava saber mais sobre você, mas não encontrei muita informação na internet. Por quê? Está se escondendo? — Ela questiona com um sorriso brincalhão.

— Sim, estou me escondendo. Afinal, sou um assassino de aluguel. Não posso me expor assim. — Ele brinca, arrancando uma risada dela. — Não há muitas informações relevantes sobre mim na internet, porque simplesmente não há motivo para que eu seja alvo de notícias.

Alex conduz Rebecca até o estacionamento, e ela se anima ao avistar o carro dele.

— Posso dirigir? — Pergunta animada.

— Claro que não, você nem sabe onde eu moro!

— Posso usar o GPS, diz que sim. Por favor?

— Não. Entre no carro, por favor.

— Você precisa beber mais, assim posso dirigir. — Resmunga, entrando no carro. Alex sorri e entra no veículo também.

Eles percorrem longos minutos em silêncio, enquanto Alex dirige. Rebecca está absorta em seus pensamentos, avaliando o comportamento dele até aquele momento.

— Sr. Baker, por que está fazendo isso? — Ela quebra o silêncio.

— Fazendo o quê?

— Sempre responde com outra pergunta, não é? Isso, esse contrato, por quê?

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