Alex observa atentamente os homens reunidos à mesa, ponderando por alguns instantes. Seu foco se concentra particularmente nos dois desconhecidos.
— Não estou familiarizado com esses senhores. — Afirma, direcionando o olhar aos dois homens. — Gostaria de conversar com eles aqui, Sr. Halgrave?
— Olha só quem está aqui, o famoso Alex Shaw. — Peter comenta, ao se aproximar da mesa e tomar assento. Ele mantém seu olhar desafiador em Alex.
Com um sorriso irônico, Alex deixa seus olhos percorrerem o ambiente até avistar o homem que, na noite da aquisição do bar, se apresentara como gerente. Com um gesto discreto da mão, sinaliza para que o homem se aproxime.
— Este assunto é para adultos; aqui não é lugar para você, um adolescente. Detesto jovens como você. E, aliás, você não tem permissão para estar aqui. Peço que o retirem. — Ele volta seu olhar ao gerente e conclui de forma enfática. — Erros desse tipo não são tolerados. Dispense o chefe de segurança. Se ocorrer algo assim novamente, você será dispensado com o próximo chefe de segurança. Ficou claro?
— Aguarde um momento, não ouse. Não, é qualquer ameaça que nos intimida. Você não tem autoridade alguma sobre este lugar. Meu filho não sairá daqui.
— Sr. Magno, permita-me esclarecer que sou o dono deste estabelecimento. Portanto, mantenho aqui quem eu bem entender. Se preferir, sinta-se à vontade para deixar o local com seu filho. Meu assunto não envolve você.
— O grupo pertence à sua família, não a você. Peço que evite agir de maneira ridícula. Sua influência aqui é nula. — Diz Magno, exalando irritação.
— Peter, recorda-se do que eu disse quando adquiri este estabelecimento? Teria sido “adquira para mim” ou “adquira para minha família”? Creio que fui claro ao dizer “para mim”, não fui? — Ele indaga com um sorriso sarcástico, ironizando a situação. — Podem retirá-lo daqui, pois não disponho de tempo para futilidades. E se quiser, Sr. O'Donnel, sinta-se à vontade para ir embora com seu filho. Francamente, não suporto a presença de vocês; quanto menos, melhor.
— Entendido, senhor. — Responde o gerente. — Por favor, acompanhem-no para fora. — Ordena aos seguranças.
— Abstenham-se de tocar em meu filho. — Diz Magno, irritado. — Peter, volte para casa. Eu me encarregarei de tudo aqui.
Peter levanta-se em silêncio e se encaminha para a saída, seguido pelos seguranças.
— Quem é esse indivíduo desagradável e babaca? — Pergunta um dos presentes.
— Ninguém menos que Alex Shaw, o jovem CEO que todos consideram talentoso, mas que não passa de uma farsa. — Responde Antônio com desdém.
— Não, não, meu nome é Alex Baker. Você não tem permissão para se referir a mim pelo sobrenome Shaw. Então, Sr. Halgrave, acredita ser apropriado discutirmos isso com todos os presentes? E a você, peço que evite se intrometer, afinal, não me conhece. Além disso, se sua intenção for me ofender, talvez não queira me ter como adversário. — Ele lança um olhar sério em direção ao homem.
— Alex, sinceramente, já estou cansado de toda essa encenação. Tenho acompanhado de perto toda essa atuação e cheguei à conclusão de quão lamentável é. Agora, me responda, Alex, como planeja sustentar essas ameaças quando, na verdade, não possui poder algum? Peço que não desrespeite meus amigos. Diga o que precisa e siga adiante.
— Ameaças? Ainda não as proferi, Sr. Halgrave. Mas permita-me especular: toda essa animação sua vem do fato de eu não mais liderar os negócios do grupo Shaw? Por que o Sr. Nicolas Shaw optou por colaborar com vocês?
Antônio e Magno se mostram surpresos, já que Nicolas não compartilhara com eles que Alex estava ciente das negociações.
— Recentemente, tive uma conversa interessante com seu avô. Ele mencionou os problemas que seu neto tem causado nos negócios e a necessidade de ele compreender melhor o funcionamento do mundo corporativo. Além disso, ele pediu desculpas por sua insolência em relação a nós. Confesso que você me surpreendeu, jovem. Pensei que fosse mais talentoso do que demonstrou.
— Sr. Halgrave, por favor, não me faça perder a paciência. Estou ciente da colaboração entre o Sr. Shaw e vocês, e isso não me preocupa. A verdadeira preocupação será para ele quando vocês minarem seus interesses, como fazem com todas as empresas que tocam. Planejo adquirir o grupo Shaw quando ele estiver à beira do colapso; vou pessoalmente garantir que isso ocorra. Será uma forma de encerrar de vez aquela empresa, pois sempre nutri aversão pelo sobrenome. É o único modo de me desvencilhar dele. Vocês, no entanto, são tão limitados, é de fato lamentável. A verdade é que não consigo encontrar motivação para dialogar com vocês. — Ele sorri de maneira sarcástica. — Em minha última visita a esta cidade, deixei claro que deveriam manter-se afastados. Tenho uma memória nítida disso. Odeio profundamente quando não seguem minhas instruções.
— Você é notavelmente arrogante, rapaz. É você quem deveria ser digno de pena. Não possui poder algum. Apenas se agarra ao sobrenome de sua família e tenta usar palavras para intimidar.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: ENTRE O AMOR E O ÓDIO
Também estou amando esse romance estou lendo ele no taplivros estou no capítulo 135, pensei que iria encontrar todos os capítulos disponíveis aqui....
Obrigada pela leitura,quero muito saber como termina e o que acontece com aquela megera de amiga e a maluca da Nicole....
Gratidão pela leitura .... por favor mais capítulos...
Quando vai ter a continuação do livro? Ou termina aqui ?...