ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 56

Na manhã seguinte, Alex observa atentamente enquanto Rebecca desce as escadas, trajando o mesmo vestido que usava ao chegar a Massachusetts. Ele confere a hora em seu relógio de pulso e ergue uma sobrancelha, intrigado ao vê-la acordar tão cedo.

— Você está precisando fazer compras, Sra. Baker.

— Bom dia para você também. — Ela responde com um tom mal-humorado.

— Você caiu da cama?

— Não é o momento mais adequado para me importunar.

— Realmente, a fome parece deixar você de mau-humor. — Ele provoca, esboçando um sorriso sarcástico. — Que tal me acompanhar para tomar café?

— Não, obrigada. Planejo tomar café na melhor cafeteria que existe, ela fica próxima à faculdade.

— Certo, vou com você. Precisamos acertar algumas coisas.

— Está bem, podemos acertar essas questões, mas somente depois do meu café.

— Como preferir, Sra. Baker.

Alex a guia até a porta, pegando a chave do carro que está sobre a mesinha no hall de entrada. Rebecca, num movimento rápido, toma a chave da mão dele.

— Vou dirigir, afinal, você não sabe o caminho.

— Rebecca, sei onde fica o MIT, pelo amor de Deus. Me devolva as chaves.

Ela o ignora, abre a porta e se depara com um Bentley estacionado bem em frente à entrada.

— Uau, esse carro é impressionante. Esse também é alugado? — Ela pergunta ao entrar no veículo. Alex suspira e acomoda-se no banco do passageiro.

— Não, é meu. Só alugo carros quando estou fora de Boston. Aqui não é necessário.

— Sabe, tenho uma verdadeira paixão por carros. Meu pai costumava me levar para corridas. Ele sempre quis ter tido um filho, então acabei aprendendo muito sobre carros. E, entre todos os carros que já dirigi, consegue adivinhar qual foi o melhor? O Bugatti, sem dúvida, especialmente depois que fiz um upgrade. — Ela ri ao mencionar isso.

— Parece que tenho bom gosto, Sra. Baker.

— Na verdade, quem tem bom gosto sou eu, afinal, fui eu quem fez o upgrade. — Ela diverte-se.

— Terei que concordar desta vez. — Ele conclui com um leve sorriso.

Rebecca retoma o foco na estrada e dirige em silêncio, notando os olhares que Alex direciona para ela ao longo do trajeto. Ela avista uma vaga próxima à cafeteria e estaciona, ocupando praticamente dois espaços. Quando sai do carro, Alex observa como o veículo está estacionado.

— Você realmente precisa melhorar nisso, me dá, deixa que eu faço. — Ele diz, estendendo a mão. Rebecca entrega a chave do carro, e ele a estaciona corretamente. — Acho que posso te ensinar mais algumas coisas. — Ele comenta ao sair do carro.

— Tudo bem, mestre, anotarei na lista das habilidades que Alex Baker vai me ensinar. — Ela brinca. — Estou certa de que você vai adorar este lugar, eles servem o melhor café da cidade. — Ela pega a mão dele e o conduz até a cafeteria.

A cafeteria é elegantemente decorada, atraindo uma clientela diversificada, considerando sua proximidade com a faculdade. Rebecca se aproxima do balcão.

— Bom dia. Por favor, façam os pedidos. — Cumprimenta a atendente.

— Um expresso, por favor.

— E para a senhora?

— Um cappuccino e um croissant.

— Iremos preparar isso para vocês. Sintam-se à vontade.

Rebecca percorre a cafeteria e seus olhos encontram a mesa que ela tanto gosta, estrategicamente posicionada diante de uma ampla janela e desocupada naquele momento. Com um brilho de entusiasmo nos olhos, ela se direciona até lá, acompanhada por Alex, que se acomoda à sua frente.

— Sempre adorei este lugar. Houve momentos em que passei horas estudando aqui. Você nunca come nada?

— No momento, não estou com fome.

— Quem não sente fome de manhã?

— Aparentemente, eu. Como foi sua noite, Sra. Baker?

— Muito bem! Tive uma noite de sono excelente. E você, Sr. Baker?

— Não tão boa quanto a sua, ao que parece. — Responde, observando a atendente entregar o pedido deles.

— Obrigada. — Agradece com um sorriso simpático.

— Rebecca, suas aulas começam amanhã, certo? Você não tem permissão para faltar, a menos que haja um motivo plausível. Esta será a primeira tarefa que você realizará como parte do seu trabalho para mim.

— Eu não voltarei para a faculdade. Não paguei o semestre.

— Que ideia é essa? Conversamos sobre isso ontem, Sra. Baker. Sua faculdade está paga. Você concluirá o seu curso, está claro? Quero apenas notas 10. Você mesma disse ser inteligente, portanto, espero essas notas. Qualquer pontuação abaixo disso resultará em um desconto no valor que vou lhe pagar. Está entendido?

— Quando você fez isso?

— Antes mesmo de ir para Seattle.

— Você tinha certeza de que eu concordaria em vir com você?

— Claro que não, na verdade, eu achava que você não aceitaria. De qualquer forma, eu faria com que você continuasse com seus estudos.

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