ENTRE O AMOR E O ÓDIO romance Capítulo 78

No final da semana, Alex está completamente exausto. Sua carga de trabalho é tão intensa que mal consegue dormir mais do que três horas por noite. Tentar esvaziar a mente se torna uma tarefa frustrante, pois Rebecca continua a ocupar seus pensamentos, e o fato dela ignorá-lo só piora seu estado de espírito. Ele sai do escritório e parte diretamente para o aeroporto, com destino a Boston, onde tem negociações com o grupo Murphy. Ao chegar lá, dirige-se imediatamente a sede do grupo, onde passa várias horas em conversas com Leandro e Paul.

— Senhores, agradeço a oportunidade. Espero sinceramente que possamos fechar este negócio. — Expressa Alex, enquanto se levanta.

— Estou impressionado, você tornou esta proposta muito atraente. Vamos analisá-la com cuidado. Precisamos considerar os custos associados a essa troca.

— Sr. Murphy, se decidirem aceitar, comprometo-me a lidar com a multa junto ao grupo Shaw. Pode encarar isso como um gesto de boas-vindas ao grupo Wealth.

— Que generosidade a sua, Alex. — Provoca Leandro. — Vamos realmente considerar o que é melhor para o nosso grupo. Obrigado por vir.

— Nos vemos mais tarde no Pub Shaw. Com licença, senhores. — Alex sai da sala e segue direto para sua casa.

Durante a noite, ele se arruma e vai para o Pub Shaw, encontrando Leandro bebendo sozinho na sala.

— Você chegou cedo, hein. — Comenta ao entrar na sala.

— Eu estava por perto, no Four Seasons.

— O que estava fazendo lá? — Pergunta Alex, curioso.

— Trouxe uma senhorita para passar o final de semana comigo. Conversamos há alguns dias.

— Interessante, então divirta-se.

— Não vai perguntar quem é?

— Perguntar o quê? — Questiona Richard, entrando na sala.

— Não acho que eu deva. Se você quisesse falar, já teria feito. — Responde Alex com indiferença.

— O que estamos discutindo, afinal?

— Além disso, o fofoqueiro do grupo chegou. Ele adorará saber quem está entretendo você. — Diverte-se Alex.

— Você está namorando? O que está acontecendo com vocês? Quem é ela? — Pergunta Richard, empolgado.

— Não estou namorando, apenas estou conhecendo a Srta. Lewis. — Responde, recebendo olhares curiosos de Alex e Richard.

— A amiga da Sra. Baker, a loira, né?

— Sim, Richard, exatamente. Susan Lewis.

— Não me surpreende. Vocês estavam bem próximos naquela noite no pub. Espero que se divirtam juntos. — Diz Alex, com um sorriso.

— Senhores, boa noite. — Saúda Saulo, entrando na sala.

— Saulo, temos outro apaixonado no grupo.

— Eu disse, fofoqueiro. — Alex brinca, arrancando risadas deles.

Eles continuam conversando e bebendo de maneira descontraída, tentando esquecer a semana estressante de trabalho que tiveram. Em Nova York, Rebecca está estudando, colocando em dia as aulas que perdeu. Ela checa o celular, esperando uma mensagem dele, mesmo que seja para rejeitar quando a receber.

— Acho que dessa vez o irritei mesmo. — Diz, dando uma risada leve.

Ela larga o celular na mesa e tenta voltar aos estudos, mas seus pensamentos insistem em ir para Alex. Mesmo ainda se sentindo incomodada com a relação que eles têm, ela não consegue evitar sentir falta dele. Ela é tirada de seus pensamentos quando o celular toca.

— Oi! Susan, como você está? — Pergunta ao atender.

— Becca, sua linda, vamos sair para jantar?

— Você está em Nova York, amiga? Quando chegou?

— Como assim? Pensei que você estivesse aqui. Seu marido está, Leandro vai encontrá-lo no Pub Shaw.

— Deixe-me verificar isso! E depois, eu quero saber, Leandro? Desde quando isso começou? Aguarde-me, amiga. — Rebecca desliga e liga para Alex. — Alex, boa noite. — Ela diz ao ser atendida. — Podemos jantar? Gostaria que pudéssemos conversar.

— Eu não posso. — Ele diz, com um leve sorriso ao ouvir a voz dela após dias de silêncio. — Não estou em Nova York. Boa noite, Sra. Baker! — Desliga, sem esperar resposta. Por mais que tenha se animado com a ligação, ele não quer gastar energia em outra briga, pois a deixou sozinha em Nova York.

— Filho da mãe. — Rebecca diz com raiva e retorna à ligação com Susan. — Amiga, eu vou matá-lo, eu juro que vou matá-lo. Esse filho da mãe me deixou aqui em Nova York sozinha.

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