Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 12

Resumo de Capítulo 10: Entre quatro paredes(Completo)

Resumo de Capítulo 10 – Entre quatro paredes(Completo) por Winnie_welley

Em Capítulo 10, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Entre quatro paredes(Completo), escrito por Winnie_welley, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Entre quatro paredes(Completo).

Meu peito descia e subia com rapidez, tentava não olhar para ele, meus sentidos não funcionavam perfeitamente por conta do álcool. Um minuto naquele banheiro parecia uma hora. Ele aproveitou a situação para me apertar mais contra seu peitoral.

Depois que a pessoa sai do banheiro, somos finalmente livres, apoio uma das minhas mãos na pia e suspiro.

— Essa foi por muito pouco. O que você estava fazendo aqui? — Pergunto limpando o batom borrado em minha boca.

— Estava em reunião com uns chineses, quando uma mulher muito bonita, de cabelos castanhos, chamou minha atenção. — Disse limpando sua boca borrada de batom.

Ele me achava bonita? Foco, Alice.

— Entendi. — Me belisco para saber se aquilo tinha mesmo acontecido. —Apenas vamos esquecer tudo o que aconteceu, está bem? Amanhã você continuará sendo meu chefe e eu sua funcionária.

— Mas você irá? — Seu olhar percorre o meu corpo. — Eu não pude evitar, não consigo mais.

— Você é louco. — Digo revirando os olhos. — M-me deixe em paz.

Ele arfou e arrumou sua camisa olhando para o seu reflexo. Em seguida me fitou e chegou mais perto.

— Está bem, Alice. Aproveite sua noite.

Ele saiu do banheiro me deixando a sozinha. Eu apoio minhas mãos na pia e respiro fundo. Fiz uma concha com as mãos e enchi de água, joguei em meu pescoço e em meu colo. Estava em chamas.

Sai da boate cambaleante, não queria ter a má sorte de encontrar aquele homem novamente, ou a excitante sorte de ver ele outra vez ainda nesta noite. Chamei um táxi e fui para casa, cheguei por volta dás 2:30 da madrugada, tirei aqueles malditos saltos, abrir a porta e me encostei na mesma fechando-a com as minhas costas. Passei a mão nos meus lábios e lembrei do beijo, por que eu tinha que sentir isso por alguém justo agora? Eu estava bem no meu novo emprego.

Só queria enterrar minha cabeça em meu travesseiro.

[...]

No dia seguinte me sentia pesada e tonta. Levanto com dificuldade e vou direto para o banheiro, tomo um banho demorado e saio após, me visto e passo maquiagem para disfarça as olheiras monstruosas.

Anne estava feliz, cantarolando enquanto fazia algo no fogão.

— Por que toda essa felicidade? — Encosto na porta da cozinha.

Ela olha para mim e sorrir.

— Eu e Jeff estamos namorando.

— Sério? Nossa, uau! Bem rápido.

— Sim, mas estou tão feliz, irmãzona.

— Que ótimo, só toma cuidado com coisas mais sérias tipo: sexo. — Ela me lança um olhar cético.

— Óbvio que eu não vou.… fazer isso com ele, é meu primeiro namorado.

— Mas você já sabe sobre tudo, não é?

— Alice, não fazem nem vinte e quatro horas que eu comecei a namorar e você já está falando essas asneiras. — Anne revira os olhos.

— Me desculpe, mas estou tentando ser sensata.

— Você está com cheiro de bebida, Alice. — Disse.

Passo os dedos nas têmporas.

— Nem me fale, eu estou com uma baita ressaca.

Preparo um café bem forte, bebo e saio para trabalhar. Pior que meu rosto era lembrar do que aconteceu, conseguia sentir ainda aquelas mãos na minha cintura, mãos firmes e quentes.

Cheguei na empresa, Beatriz estava furiosa.

— O que aconteceu? — Pergunto enquanto coloco minhas meias.

— Você me deixou sozinha ontem! — Ela faz bico.

— Anh, me perdoe, eu estava... muito cansada. — Minto.

— Custava ter me avisado? Eu pensei que tivesse morrido! — Ela fala seriamente. — Mas tudo bem, só te perdoo porque ontem eu conheci um gato, transamos a noite inteira. — Ela junta as mãos e fica dançando valsa.

— É o barman?

— Não, ele era gay.

— O. — começamos a rir.

— Mas provavelmente era um cara importante porque ele me levou para um motel caríssimo. — Ela coloca mão sobre o peito.

— Você só pensa nisso. Vamos começar a trabalhar, dinheiro não cai do céu.

A manhã inteira não vi nem sinal do Dante, pensei até que ele não vinhesse hoje, mas acabei me enganando quando vi a Vanessa cercando ele. Por sorte o mesmo nem olhou para mim, achei meio estranho. Fiquei me perguntando se ele estava bêbado ou apenas não quer comentar a vergonha que foi beijar uma pobretona feito eu.

Meu dia foi cheio, queria poder criar asas e voar.

Em casa, Anne estava agarrada ao Jeff.

— Anne? — Chamo pela minha irmã, os interrompendo. — Podem parar com isso, pelo menos agora?

— Me desculpe, senhora Alice. — Jeff diz soltando a coxa de Annie. — Não vai mais acontecer.

— Você não me falou que traria gente para cá. — Falo cochichando.

Anne limpa a boca e pede para o garoto ir embora.

O doutor ─ que cuide nossa mãe desde que descobrimos o tumor na mama de minha mãe ─ vem ao nosso encontro.

— Senhorita Alice, posso falar só com você?

— Claro.

— Venha comigo. — Ele me direciona até o local onde minha mãe estava internada, eu só podia vê-la por uma janela de vidro imensa. — Não quero que sua irmã fique mais em choque, mas, eu não sei quanto tempo de vida sua mãe tem.

— Como assim doutor? Ela estava fazendo todos os tratamentos necessários. Eu mesmo cuidava de seus medicamentos e a trazia para as quimios. — Digo passando os dedos nas têmporas em completo desespero.

— Sim, mas quanto antes melhor, e sua mãe começou os tratamentos muito tarde e nem todos eles foram feitos. — ele diz com toda calma do mundo. Ele já era acostumado a dar esse tipo de notícia.

— Ela vai... morrer? — Pergunto pausadamente.

— Provavelmente sim. — O médico passa sua mão em minhas costas e logo após sai e me deixa sozinha.

— Minha, querida mãe. — Sussurro.

Sinto alguém massageando em meus ombros, era o Dante. Eu não pensei se aquilo era ético ou não, eu me virei e abracei ele, dessa vez não consegui controlar minhas lágrimas, elas desceram quentes.

— Calma, vai ficar tudo bem. — Ele retribui o abraço.

— A única figura materna e paterna que eu tenho, pode morrer a qualquer momento.

Ele umedece os lábios e eu afundo minha cabeça em seu colo.

Me recompondo e enxugo minhas lágrimas, tento encarar a Anne, ela estava desesperada.

— Então? O que o médico disse Alice?! — Ela estava com os olhos vermelhos.

— Ele disse que ela não tem muito tempo de vida. — Sou interrompida.

Anne parecia uma criança chorando, eu a puxo para meus braços. Era pior saber que alguém iria morrer dessa forma, me senti impotente, tudo o que fiz, todo o esforço foi por água abaixo.

— Vamos ficar sozinhas? — Disse soluçando.

— Nunca! Estamos juntas, e ficaremos bem.

— Alice, você pode ficar o resto do dia de folga, eu tenho que voltar para a empresa. Sinto muito por sua mãe. — Dante diz.

— Obrigada... — sussurro.

Ele faz um sinal positivo com a cabeça e logo em seguida vai embora.

Saímos do hospital tristes, Anne dormiu em meu colo durante o percurso. Eu estava tentando ser forte, embora não fosse fácil.

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