Acordei mais tarde no sofá, ele não estava mais sentado ao meu lado.
Após nosso momento íntimo na jacuzzi, ele terminou de me mostrar a casa e me ensinou a jogar jogos de tabuleiros e cartas, depois de sua primeira vitória eu passei a ganhar em todas as partidas, enquanto ele tentava não demonstrar o mal perdedor que era. Entretanto, tínhamos que voltar a realidade onde ele era meu chefe e eu tinha uma irmã mais nova me esperando em casa sozinha. Peguei minhas sacolas de roupas e ele me levou até minha casa.
— Obrigada por tudo, Dante. Eu estava precisando me distrair um pouco.
Ele deposita um beijo em minha mão.
— Esse é apenas o começo. Nos vemos amanhã.
Saí do carro.Entrei em casa, deixei minhas sacolas no chão, Anne percebeu minha presença e desceu as escadas correndo.
— Você não respondeu minhas mensagens, fiquei preocupada!
— Desculpe — penso —, eu fiquei meio ocupada.
— Que sacolas são estas? — Perguntou xeretando minhas roupas. — Aonde conseguiu isso? Alice!
— Anne, precisamos conversar, mas não agora.
Ela revirou os olhos azuis.
— Está bom, mas trouxe algo para mim?
— Claro, boba.
Dei alguns pares de roupas para ela, Anne ficou feliz. Passamos o domingo vendo filme juntas.
Comecei a segunda-feira com uma sensação estranha. Retorna para a empresa e ver Dante sabendo o que fizemos no fim de semana me causou borboletas no estomago. Não sabia porque aquela sensação se tornava mais intensa a medida que o metro chegava mais perto do trabalho. Coloquei meus fones de ouvido e encostei minha cabeça no acento. Como eu explicaria para a minha cabeça de adolescente apaixonada que ele não era meu? E que isso era apenas um acorde ─ muito peculiar diga-se de passagem ─. Eu não podia gostar dele, faria o máximo para isso não acontecer. [...]
— Uhm, parece que alguém está mais feliz que o normal hoje. Aconteceu alguma coisa? — Perguntou Beatriz.
— Eu só estou feliz.
— Eu percebi, está sorrindo até mesmo para o vento. Não pode me contar o verdadeiro motivo?
Pensei. Beatriz não me julgaria, eu confiava nela, Dante não ficaria sabendo que eu quebrei uma regra no nosso acordo.
— Posso, na verdade vou contar a você.
— As duas, de volta ao trabalho. Sem papo! — Nossa gerente fala.
— Desculpe senhor. — Volto para Beatriz — no horário de almoço conversamos.
Nós voltamos ao trabalho, após horas finalmente estávamos livres. Eu e ela fomos ao nosso restaurante de sempre, resolvi pagar a conta pois quase sempre ela pagava para mim.
— Então, como sua mãe está?
— Muito bem, agora ela foi para um hospital particular.
— Não é por nada amiga, mas de onde tirou dinheiro para isso?
— Tem a ver com que vou te falar agora. — Eu respiro fundo e ela arqueia a sobrancelha. — Estou namorando com Dante — disparo e logo em seguida viro o copo de suco em meus lábios, foi a primeira vez que eu falei isso em voz alta.
Beatriz quase se engasga com a comida.
— Namorando?!
— É isso que você ouviu. E eu não vou repetir outra vez.
— Mas você não me disse nada, só me disse que ele te deu carona uma vez!
— Me desculpa, amiga. Eu estava esperando para ver, faz uma semana ou menos.
— Você está brincando comigo? ─ ela me olha de forma estranha.
— Por que falaria algo assim se não fosse verdade?
Beatriz respira fundo, pareceu pensar. A reação dela foi diferente do que eu pensava.
─ não estou jogando negatividade encima, mas o Dante é safado, você é romântica, como isso vai funcionar?
─ estamos tentando, Beatriz. Pensei que você fosse ficar animada.
Ela relaxa sua expressão.
─ Desculpe, eu só estou preocupada com você mas acredito que dará certo. Me diga — uma expressão de malícia surge —, ele é bom de cama?
— Bem ─ coloco o copo nos lábios ─ melhor do que pensávamos.
Ela arregala os olhos com a boca aberta.
— Meu deus, Alice!
— Ele me deu esse cordão. — Mostro o cordão para Beatriz. Ela segura a medalha.
— Que lindo! Sempre pensei que ele fosse pão-duro duro.
— Como assim?
— Ele é lindo, rico e educado. Tem que ter pelo menos um defeitinho né. ─ ela se aproxima de mim ─ Me diz, o amiguinho dele, faz jus ao tamanho dele?
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....