Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 23

Após saímos do restaurante eu não quis deixar Anne sozinha em casa, não era bom justo nesse momento tão complicado. Dante aceitou, mas com a condição dele passar a noite comigo. Eu automaticamente lembrei da bagunça que era o meu quintal, as paredes rabiscadas ainda de quando Anne era apenas um bebê, o meu quarto nem se falava, não chegava nem aos pés do que eu tinha no apartamento. Entretanto ele insistiu tanto que eu teria que vencer esse orgulho e mostrar mais da minha realidade, que eu não era uma princesa de contos de fadas.

Eu abri a porta da frente com cuidado para não acordar Anne, se ela visse o Dante em casa nós, seríamos abordados por uma enxurrada de perguntas. A luz do corredor estava apagada, sinal de que ela já estava dormindo.

Ele adentra com cuidado. Eu caminho com meus sapatos na mão até o andar de cima, Dante me segue. Nos parecíamos um casal adolescente, com medo dos meus pais verem o meu namorado entrando no quarto para passar a noite comigo.Abro a porta de meu quarto, fez um barulho pavoroso, aperto meus lábios e ele gargalha baixinho.

Nem sinal de Anne.

Eu finalmente tranco a porta pelo lado de dentro e posso respirar.

— Esse é o meu quarto. — Olho em volta, as paredes rachadas.

— Confortável. — Ele diz e senta na minha cama. — Não entendo por que você fez parecer um bicho de sete cabeças.

— Anne faz perguntas demais, eu não gosto de respondê-las quando se trata do nosso relacionamento.

Ele dá de ombros. Dante observa ao redor com cuidado, ele não parecia nenhum pouco desconfortável.

─ Quanto eu fui para o colégio interno na Espanha, eu tinha uma namorada, ela era meio estranha, mas a gente se divertia. Teve um dia, nas minhas férias que nós queríamos ficar juntos, ela me levou para a casa dela, foi da mesma forma que agora.

Ele olha para mim com uma expressão divertida. Dante se senta na borda da minha cama e me puxa para o seu colo, eu sendo com as duas pernas ao redor dele e ele agarra em minha cintura.

─ Me diz como foi o resto da noite, deu certo?

─ Não ─ ele rir ─, o pai dela ouviu algum barulho que a gente fez. Naquela noite eu tive que ficar meia hora na sacada do quarto dela, completamente pelado, esperando o pai dela sair do quarto, num frio de congelar a espinha.

Eu não segurei e rir, ele me acompanhou.

─ Depois dessa experiência, a gente nunca mais se viu. ─ ele parar de rir e olha para mim ─ e você, tem alguma?

─ Não ─ falo como se fosse obvio. ─ Para ser mais sincera, isso que a gente fez foi o mais perto que eu já cheguei.

Dante aperta minha cintura, eu sentia o seu desejo latejar por mim.

─ Então foi bom te dar um gostinho de adrenalina, senhorita Cooper. ─ ele indaga de forma manhosa.

Eu saio de seu colo quando lembro que Anne está no quarto ao lado

— Desculpe pela bagunça, sei que não é o que você está acostumado.

— Besteira, eu não sou tão boçal assim, Alice. — Ele levanta da cama e se aproxima de mim — eu estou louco para tirar esse seu vestido desde que te vi com ele.

Meus lábios abrem por contra própria. Ele quebra o espaço entre nós e me beija segurando em meu rosto.

— Imagine o quão gostoso seria transar correndo risco ─ ele sorri.

Dante me empurra para trás até que não haja para onde eu ir mais. Ele faz pressão em seu quadril, eu sinto seu membro duro em minha barriga.

Eu queria mais, eu queria ele.

Em um momento de loucura, eu o empurro, ele cai encima da cama, subo em seu colo e volto a beijá-lo. Ele por sua vez, aperta minha nadega com força.

— Gostei disso. — Ele diz entre dentes.

Dante procura o fecho do meu vestido e desce o zíper até embaixo, meus seios já estavam em seu rosto.

— Quero saber o seu gosto.

Ele inverte as posições e termina de tirar meu vestido, sinto minhas pernas tremerem quando ele finalmente chega perto da minha intimidade. Os olhos dele devoravam os meus com intensidade.

Eu gemi alto ao sentir sua língua em meu clitóris, ele árduo e gentil, fazia de uma forma tão sensual que eu poderia chegar ao clímax olhando apenas em seus olhos. Quando eu estava quase chegando no meu limite ele parou, eu quase implorei por mais.

O membro dele me adentrou, ambos gememos alto, não nos importamos se havia alguém em casa, eu mal pude contar meus gemidos que foram abafados pela mão dele. Dante não era bom com as palavras, mas era perfeito entre as minhas pernas. Ele fazia eu delirar com aquele quadril bem aperfeiçoando, chegava às nuvens quando ele estava dentro de mim.

Nossos gemidos estavam sincronizados, ele enfiava com força e gemeu uma última vez até se desfazer encima de mim. Minha respiração descompassado se uniu com a dele quando o mesmo se jogou ao meu lado.

— Eu me mudo para o apartamento.

Ele olhou para mim e sorriu.

[...]

Eu não imaginava o quão constrangedor seria se Anne visse Dante na nossa casa. Nós acordamos mais cedo, ele vestiu apenas sua camisa social e a calça, antes de ir para a empresa ia passar em casa.

Saímos do meu quarto como entramos: em silêncio.

— Bom dia. — Anne diz com um sorriso nos lábios.

Eu quase ia caindo com o susto.

— B-Bom-dia dia.— respondo.

Dante que ainda nem tinha abotoado sua camisa, se apressa e vai cumprimentar ela.

— Sinto muito pela nossa primeira impressão ter sido assim. A propósito, me chamo Dante.

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