Resumo do capítulo Capítulo 22 de Entre quatro paredes(Completo)
Neste capítulo de destaque do romance Romance Entre quatro paredes(Completo), Winnie_welley apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.
Chegamos no apartamento quase ao amanhecer, Dante me entregou seu blazer para eu me proteger do frio.
Ele jogou as chaves para algum canto e apareceu na sala com uma maleta de primeiros socorros nas mãos. Meu rosto estava inchado de chorar, as lágrimas haviam endurecido.
Ele abre a caixa e pega uns algodões para limpar meu rosto, meus lábios ainda estavam vermelhos por conta do tapa. Fechei meus olhos enquanto ele passava suavemente o algodão em minha bochecha, conforme o sol apareceu e iluminou o ambiente, pude ver os dedos feridos dele e as nossas roupas com pingos de sangue secos.
— Acho melhor tomarmos um banho. — Ele diz deixando a maleta de lado.
Sou levada por ele até o banheiro, o mesmo me ajuda a tirar minhas roupas com cuidado. Eu ainda estava em choque, minha vida tinha passando como um filme na minha mente, as poucas vitórias e os muitos fracassos.
Dante tira as dele também e nós finalmente entramos debaixo do chuveiro, a água quente me fez fechar os olhos. Ele pegou o sabão e começou a passá-lo por todo meu corpo, eu permaneci calada. Passou meus braços, abaixou para passar nas minhas pernas e por fim, no meu rosto. Ele segurou meu rosto com as duas mãos, por um momento, Dante me encarou de uma forma diferente, seus olhos ficaram vermelhos e ele me puxou para um abraço calmo. Eu senti seus músculos se aliviarem, parecia ter soltado toda aquela tensão de mais cedo, enquanto isso ele acariciava meu cabelo.
Eu queria saber o que se passava na cabeça dele, por que estava daquele jeito e por que me abraçou de uma forma tão diferente.
Por fim ele me colocou na cama para dormir e sumiu o dia inteiro.
Três meses depois:
A cirurgia de minha mãe foi adiada, ela estava reagindo bem ao tratamento e o doutor disse que após mais exames ele iria ver se ela podia ir para casa.
Depois de tudo que aconteceu Dante ficou sumido por alguns dias, ele não mandava mensagem mas deu um jeito de trazer Anne para morar no apartamento comigo. Eu ouvi em uma matéria que encontraram um corpo no lago Adirondack, os policiais acreditavam ser de Sean, mas no fim não deu em nada pois estava sem a cabeça, mãos e pés. A única pessoa que sabia o que acontecera foi Beatriz, eu e ela nos tornávamos mais amigas, ela me ajudava a ser uma boa secretária e a fazer compras, nos últimos meses eu estava tentando me adaptar cada vez melhor a vida que Dante queria que eu levasse, mesmo que isso custasse minha felicidade.
— Hoje minha mãe fará um jantar, quero que você e Anne lá. — Dante indaga.
— Como assim? Tínhamos combinado de não envolver família nisso.
— É só dizer que é minha namorada, não é muito difícil.
Eu respiro fundo. Dante se levanta da cama e serve um copo de whisky para mim.
— O que difere a nossa relação de uma relação normal? — Viro de barriga para baixo para pegar o copo com agua que ele me oferece.
Ele nunca tinha paciência para falar sobre isso, era como se ele perdesse o controle por instantes. O mesmo vira o whisky nos lábios.
— O acordo.
— Um pedaço de papel?
Ele solta um sorriso nasal.
— Não só isso, tem os nossos interesses também. — Ele dá um tapa em minha nádega exposta. — Esteja bonita, como sempre.
Dante veste seu roupão e vai para o banheiro. Bufo frustrada. Era tão nítido que eu sairia machucada disso e que ele não sentia nada por mim. Ele apenas me tinha quando queria. As coisas mudaram muito durante os quatro meses de relação, eu gostava dele, por mais que tentasse me enganar.
Levantei e fui para a cozinha, a empregada fazia o café da manhã e eu fui ajuda-la.
— Não precisa, senhora Alice. — Disse ela sorrindo.
— Imagina, eu faço questão.
Ela serve a mesa, logo Anne aparece na cozinha.
— Bom dia. — digo.
— Bom dia. Minha nossa, dormi tão bem, aquela cama é ótima.
— Não se acostume mal, assim que eu tiver dinheiro vamos mudar daqui.
— Será se você não consegue relaxar?
— Iremos à um jantar hoje à noite. — Digo.
— De quem?
— Da família do Dante.
— Finalmente vão conhecer a namorada dele, não é. — Ela fala.
— Não, eu vou apenas para fazer companhia. Ele disse para usar o cartão, mas eu não consigo. ─ Aponto para o cartão de credito encima da mesa.
— Pois eu consigo! ─ Ela pega o cartão rapidamente.
— Anne!
— Você que é boba. Ele te dar de tudo e você sempre nega.
— Porque eu prefiro comprar para depois não passarem na minha cara.
Ela revira os olhos.
Para não deixar Anne ir sozinha, resolvi ir com ela. Nós compramos alguns vestidos e aproveitamos para assistir filme, já que eu quase não tinha tempo para nós duas. Quando chegamos em casa, fiz questão de preparar um almoço para nós almoçamos na sacada, o vento era maravilhoso lá. Dante havia saído para resolver problemas.
— Estava com saudades de passar tempo com você. — Digo.
— Eu também, quase não nos vemos. A nova escola puxa muito de mim. Ainda bem que já estou no meu último ano.
Coloco meus óculos escuros e inclino minha cabeça para trás.
— Acha que estou fazendo a coisa certa?
— Acredito que sim, você sempre toma decisões certas. Não se cobre tanto, Alice.
"As decisões certas", mas não significava que as coisas estavam sempre no meu controle. Por conta as minhas decisões certas uma pessoa foi morta, por mais que Sean não fosse a melhor pessoa do mundo, eu cresci com ele na nossa rua.
— Aproveita as experiências. — Ela senta em meu colo. — Seja menos pessimista.
Eu a puxo para meu colo e deposito um beijo em sua cabeça.
— Tudo que fiz e faço é pensando em você e na mamãe... — sussurro.
— Disse algo?
— Não, apenas pensei alto.
Conversamos mais e finalmente nos preparamos para o jantar. Coloquei o vestido e Anne arrumou meu cabelo, olhei meu reflexo e me senti uma fraude, pronta para desmoronar a qualquer momento.
Dante chegou para nos buscar e como sempre estava exuberante, eu adorava a forma que ele me tratava mas no fundo eu sentia que queria mais. Aquela história dele com a Vanessa ainda me incomoda, uma vez que eles ainda se veem por causa dos “negócios” que ele coma família classe média alta dela, como alguém pode ser tão perfeita? Às vezes me dava raiva quando ela entrava na sala dele com um sorriso nos lábios.
— Por favor, irmã. Não fale esse tipo de coisa. — Edith repreende a mulher.
— Está tudo bem, eu também não imaginava isso. — Digo.
A mulher olha para mim e sorrir, eu conseguia ver a falsidade.
─ Che ridicolo, há portanto la casa una receptionist! ─ resmungou a mulher em italiano.
─ Dovrei prendermi cura della tua vita, ho già detto che non voglio le tue intuizioni prevenute! ─ Repreendeu Dante.
Eu não sabia do que estavam falando, mas dava para perceber que coisa boa não era.
— Ma che dire di vanessa? ─ outra mulher pergunta. ─ Pensavo fossero ancora insieme
— Não estamos mais juntos, querem parar com este assunto chato? — Dante se opõem.
— Me desculpe, querido. Mas é uma coisa estranha, soube que você comprou um apartamento, foi para essa menina? — A mulher pergunta.
— Esse não é assunto seu. — Dante diz.
A mulher sai de perto de nos olhando feio para mim.
─ Pesce rosso! ─ murmurou ela.
Eu já estava me sentindo mal o suficiente, depois eles voltaram a conversar como se nada tivesse acontecido. O gosto do peixe já não estava tão bom como antes.
— Obrigada por receber eu e minha irmã em sua casa, senhora Edith. O jantar está ótimo, mas eu vou embora. — Digo me levantando da cadeira. Todos na sala olham para mim.
Corro para a parte de fora da casa, a essa altura eu já estava chorando. Ouço Dante vindo atrás de mim. Ele segura meu pulso, tento me soltar, mas ele consegue ser muito mais forte que eu.
— Espere, me desculpe pelas coisas que disseram.
— Está tudo bem, eu só quero ir embora. — Puxo meu pulso.
— Alice, não vá. Por favor, fique.
— Para ser mais humilhada? Acho que não.
— Não diga isso, eu já conversei com eles. Vamos voltar, Alice.
— Eu sei que temos aquele contrato, que inclusive você faz questão de deixar claro, mas pelo menos dessa vez, me deixe fazer o que eu quero. Pelo menos agora não me trate como uma boneca que você manipula! — Digo com lágrimas escorrendo nos olhos.
— O que você está dizendo?
— A verdade. Você me usa para esquecer a Vanessa, e eu não aguento mais as pessoas falando que sentem saudades de você com ela, no quanto vocês formavam um casal lindo. — Ele não diz nada — eu só aceitei toda essa humilhação por minha mãe, mas eu já não sei se quero fazer isso. Estou cansada, Dante.
— Alice... — ele tenta me segurar mais uma vez.
— Ás vezes você me deixa feliz, mas quase sempre, eu me sinto usada.
Corri para mais longe dele, eu ainda o avistei parado me olhando correr, mas depois eu só quis sumir.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Bela história...
Linda história, valeu a pena. Gostei muito também das consigo finais, o aprendizado com o tempo....
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....