Despertei com uma mão acariciando meus cabelos, abrir meus olhos na esperança de ser Dante, mas não o era ele. Guilherme e Daniel olhavam para mim com um sorriso nos lábios, eu me espantei e ele gargalhou.
— Ò céus — levanto bruscamente —, que susto!
— Não vai dizer que esqueceu que eu viria. — Ele diz.
— Não, claro que não! Você me assustou.
Ele tenta me beijar, mas eu desvio.
— A-ainda não escovei os dentes.
— Besteira. — Ele me dar um selinho mesmo assim. Os fleches da noite anterior surgiram em minha cabeça. — O que você tem? Parece que viu um fantasma.
— Nada, nada. Quem trouxe você?
— Anne foi me buscar, ela disse que você estava muito cansada da noite anterior. — Ele olha para Daniel. ─ bebeu demais, não foi?
Assinto lentamente. A culpa cai sobre meus ombros.
— Está bem, vou me arrumar para descer!
Visto minha roupa e nós descemos com Daniel. Se eu avistasse Dante agora, morreria aqui mesmo nessa escadaria. Hoje todos estavam agitados, amanhã de manhã seria o casamento e todos os empregados estavam ajudado os decoradores. Toda hora tinha alguém passando por nós com arranjos ou equipamentos. O jardim, aonde a festa iria acontecer estava ficando lindo, com um arco de flores e as cadeiras de cor branca lado a lado.
Comemos todos juntos, Dante não estava. Daniel estava feliz no colo de Guilherme e todos nos observavam, pareciam me julgar. Mais tarde, nós conversávamos no pátio com Beatriz, Anne estava ocupada demais com as coisas da festa.
— Tudo está ficando tão lindo. — Digo.
— Sim, eles estão gastando uma fortuna com tudo aqui.
Eu seguro minha taça de suco e Guilherme observa minha mão.
— Aonde está o anel que eu te dei? — Pergunta.
— Eu, eu ainda não me acostumei com ele. Todos estavam perguntando muito sobre.
— Era só dizer a verdade, que vai e casar comigo. — Ele diz aparentemente decepcionado — ou tem algo mais por trás disso?
— Todos estavam perguntando muito, tirando atenção do casamento de Anne. Ela fez isso pensando na irmã. — Beatriz tenta me ajudar.
Mesmo com Beatriz falando aquilo ele ainda parecia pensativo. Tudo piorou quando Dante apareceu no quintal, Daniel ficou atônito quando viu o pai. Ele veio até nós e encarou Guilherme, ambos confusos.
Daniel pulou do meu colo e correu até Dante, Guilherme ficou ainda mais desconfortável.
— Guilherme, esse é Dante, pai do...
— Pai do Daniel. — Dante me interrompe e olha Guilherme dos pés à cabeça — e você, quem seria?
Sentia meu rosto pegar fogo, queria me enterrar naquela areia.
— Noivo de Alice. — Ele passa seu braço ao redor de minha cintura. Pronto, o bolo de desconforto estava feito.
— Noivo? — Dante pergunta olhando para mim — não havia me falado nada sobre isso.
— É recente, ainda não nos acostumamos. — Guilherme diz com um olhar de seriedade.
Eles ficaram se encarando como dois alfas tentando defender seus territórios. Eu não queria ficar no meio daquilo. Para me salvar, Anne aparece no quintal.
— Eu estou muito chateada. — Diz ela.
— O que aconteceu? — Perguntei.
— A florista ficou doente, ela não trará meu buquê. — Disse.
— Tem tantas flores por aí, peça para alguém fazer um de emergência.
— Não é qualquer buquê, irmã. É uma cópia do buquê de nossa mãe, o que ela usou no dia do casamento dela. — Ela abaixa a cabeça.
Eu passo minha mão em suas costas.
— Todos estão dizendo que é bobagem.
— Irei buscar para você, sei que é importante. — Digo.
O sorriso dela disse tudo, confortou meu coração. Anne pulou nos meus braços.
— Obrigada, eu te amo.
Depois ela saiu correndo para resolver outra coisa.
Eu aproveitei para escorrer daquela situação, não desejava responder perguntas agora.
Pedi para Beatriz ficar com Daniel, eu iria rápido na cidade e voltaria no mesmo dia. Entrei no carro e lembrei que minha habilitação não valeria naquele lugar.
Bati a testa no volante e fiquei lá por alguns instantes, tudo menos ver aqueles dois perto de novo.
— Eu pensei que você esqueceria que não pode dirigir aqui.
─ Ah ─ exclamo desconfortável ─, eu sou uma tonta mesmo.
─ Estou disposto a ir com você. — Dante disse.
— Não precisa.
— Ah, não?
Saio do carro enfurecida, entro no banco do carona e ele no do motorista.
— É apenas uma viagem. — Disse.
— A maldade está nos olhos de quem ver. — completo.
Com meia hora de viagem não conversamos sobre nada, ele nem olhou para mim. Parecia mais inquieto que eu.
— Vai se casar, Alice? — Quebrou o clima.
Eu olhei para o outro lado. Não precisava responder, mas se eu deixasse ele com o meu silencio seria pior.
— Ele apenas me pediu em casamento, Dante.
— Mas isso já é um passo e tanto. Eu nem sabia que você tinha outro alguém.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Entre quatro paredes(Completo)
Muito linda a história, valeu a pena!...
Amei, amei, amei! História objetiva, linda, detalhes que prendem! Parabéns a autora!...
Amei o livro! História que vale a pena ler até o final...
A hitótia é linda, vale a pena ler, é melhor ainda q ñ é longa....