Entre quatro paredes(Completo) romance Capítulo 54

Resumo de Capítulo 52: Entre quatro paredes(Completo)

Resumo do capítulo Capítulo 52 de Entre quatro paredes(Completo)

Neste capítulo de destaque do romance Romance Entre quatro paredes(Completo), Winnie_welley apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

Saí de lá pensando em todas as pessoas que magoei, não foi apenas o Dante, cada vez eu reconhecia mais meu erro. Fui direto para o quarto, para minha surpresa Daniel estava dormindo e Dante o aninhava. Cantava uma canção em italiano. Fiquei algum tempo apenas observando ele passando a mão no rosto do pequeno.

— ...lughe de un’istella, o Sole, tue guerrieru contr’a su dolore. — Ele finalmente nota minha presença e para.

Nós saímos do quarto como dois bobos.

— Ele comeu direito?

— Sim, Alice.

— Você não deixou ele na piscina de novo, não é? — Pergunto.

— Não! O que você pensa que eu sou? Cuidei muito bem de nosso filho. — Ele revira os olhos. — Você não confia em mim nem para isso? E olha que não tem nada a ver com Vanessa ou Nicole.

Ele iria sair, mas o impeço.

— Me desculpa, só que ele é a coisa que eu mais amo em toda minha vida. — Abaixo a cabeça. — Dante, me desculpa por tudo.

Ele tenciona a mandíbula e encosta na parede do corredor.

— Eu fiquei com muita raiva, mas eu vi que não iria mudar nada. Daniel precisa me ver como alguém que ele possa confiar, não como um tirano.

A culpa cai nos meus ombros novamente.

— Eu não sei mais como te pedir desculpas...

— Não precisa, acho que Daniel conseguiu quebrar a barreira que eu criei anos atrás. — Ele olha para mim — preciso que me fale, tudo sobre ele.

Respiro fundo e penso, Daniel gostava de muitas coisas dentre elas era futebol americano.

— Ele gosta do boneco feio chamado Been, que inclusive o Amon deu para ele anos atrás. — Percebo que ele ficou abatido ao falo do Amon, talvez por que ele escondeu Daniel dele também. — Daniel ama futebol americano e...

— Como foi? — Ele me interrompe.

— O que?

— A sua gravidez, o momento em que ele nasceu, o que você sentiu?

Lembro-me do primeiro momento que vi o rostinho dele, como me senti sortuda e especial.

— Ele não parava de chutar e eu não conseguia segurar nada no estômago — ele sorrir fraco. — Depois que nasceu vivia com dor de cólica, as noites pareciam mais longas do que realmente eram, mas no fim, ter ele ao meu lado já me deixava feliz.

Ele bate a cabeça contra a parede e fecha os olhos.

— Eu queria fazer parte disso, não te deixar sozinha. Tenho culpa nisso também, não deveria ter deixado você ir.

— Dante, se eu pudesse voltar no tempo, pode ter certeza que eu teria atrapalhado toda aquela cena com a Nicole e diria que estava esperando um filho seu — minha respiração fica abafada. — Mas eu não iria conseguir dizer para Alice que tinha acabado de perder a mãe e visto o homem que ama com outra, que ela deveria ser racional.

Dante finalmente parece me compreender, a mandíbula mais uma vez tenciona, mas ele não olha para mim.

— Sinto muito.

— Acho que nós dois pagamos pelo que fizemos — ele olha para mim —, somos a prova viva de que carma realmente existe.

Solto um sorriso nasal e me encosto na parede de frente para ele.

— O que aconteceu com você e a Nicole afinal de contas?

Ele desvia o olhar e parece lembrar com amargura, pela sua expressão eu percebi que não foi nada do que eu pensei durante esses anos.

— Como eu disse, foi algo de momento. Meses depois ela se demitiu e eu não ouvi mais sobre.

— E as outras depois de mim?

Ele sorrir.

— Por que está rindo?

— Porque não teve outras, eu me envolvia, no fim não dava em nada. Passei esses anos bebendo para esquecer que as pessoas ao meu redor realmente, me afastei até mesmo do Amon.

— Eu sinto muito.

— Não sinta, no fim isso serviu para me fazer evoluir. Eu segui o seu conselho de anos atrás e decidi deixar a presidência da empresa. Ryan parece mais capacitado.

O calor entre nós começa a aumentar na medida em que ele me devora com o olhar. Eu pigarreio tentando lembrar a mim mesma que eu estava nova e tinha uma vida toda em Londres.

─ Está bravo com Amon?

─ Não, eu entendo. Ele fez muito por você, acho que isso já me deixou mais calmo.

— Você pretende arrumar uma namorada?

— Eu não posso — ele quebra a nossa barreira de espaço —, sempre serei seu Alice Cooper.

Minha boca abre, der repente eu já não sei mais como respira. O que me faz acordar é a mão dele tocando em meu rosto, sinto meu corpo inteiro formigar. Eu volto a ser a garota de antes, a que o amava mais que a si mesmo e o desejava com todo o corpo.

Antes que o Dante pudesse me beijar, ouvimos passos no corredor e ele se afasta de mim.

— Gente, eu atrapalhei alguma coisa? — Beatriz diz com um sorriso malicioso.

— Não, Dante já estava indo embora. Não, é? — Digo.

— Sim.

— Que susto! — Digo sussurrando.

Ele levanta e estende a mão para mim.

— Desculpe, a festa não estava legal. Resolvi ver Daniel e acabei adormecendo ao lado dele.

— Eu sei, Anne está se divertindo muito.

— Ryan também. Não deixe ela saber disso. — Ele falou rindo. — Está embriagada, não é?

— Não muito, nunca fico cem por cento. — Digo.

Nós ficamos nos olhando por alguns instantes, mas ele fez questão de desviar. Dante estava lindo com aquela camisa social aberta, o tempo era seu aliado, talvez ele nunca ficaria feio.

Olhei para baixo.

Um nó se formou na minha garganta, ver ele passando a mão na cabeça do Daniel fez todos os meus sentimentos reacenderem novamente. Durante o fim de semana inteiro eu parecia ter voltado a ser a mesma Alice apaixonada de antes, mesmo que eu não devesse.

— Eu ainda te amo. — Declaro.

— O que? — Ele olha para mim novamente.

— Eu ainda te amo, acho que ainda mais do que antes.

Dante parece ficar sem palavras.

— Apesar de tudo, eu nunca deixarei de amar você — me aproximo dele.

Eu não lembro muito bem a partir de que momento começamos a nos beijar, mas que saudade daquela boca quente e macia, nada havia mudado, na verdade, eu estava com tanta saudade que nem sabia.

Ele estava calmo.

Sentir a parede gélida tocando minha costa desnuda, gemi com a sensação.

Ele pediu espaço para sua língua e eu permiti, eu permitiria tudo que ele quisesse naquela noite. Sua mão entre minhas coxas, as pontas de seus dedos roçaram em minha intimidade e eu arfei arqueando meus oblíquos. Mas ele parou e encostou nossas testas. Guilherme nunca chegaria os pés de Dante em quesito sexual.

— Como vai ser daqui para frente, você irá ficar comigo? — Perguntou ofegante.

— Não podemos deixar isso para outra hora?

— Não, pois a semana já está acabando.

— Você não vai gostar da minha resposta. — Digo.

Ele se afasta de mim e saí sem dizer

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