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Grávida do Bilionário Alfa romance Capítulo 1

Charlotte

"Sinto muito, Charlotte", minha médica falou gentilmente. "Infelizmente você tem poucos óvulos viáveis restantes. Sinceramente, eu costumo ver esse número em mulheres dez ou quinze anos mais velhas que você".

"Quê?", soltei, sem acreditar no que estava ouvindo. Há anos estava tentando engravidar, e tendo apenas trinta anos de idade, eu deveria ter vários óvulos.

"Você tem pouquíssimo tempo fértil restante", ela continuou. "Se quiser engravidar, precisa fazer isso antes do seu próximo ciclo".

"Meu próximo ciclo?", repeti, boquiaberta. Eu amo crianças mais do que tudo no mundo, e apesar de não ser o sonho de todos, ser mãe é tudo que quero.

Precisava ir para casa e contar isso para meu namorado, não posso perder tempo.

Cheguei mais rápido do que nunca e entrei, pronta para chamar Benjamim, mas parei. Assim que entrei, vi um par de saltos altos e uma bolsa de mão próximos à porta, e esses itens não eram meus.

Prestei atenção nos barulhos vindo do quarto, ficando enjoada ao ouvir gemidos e sons de corpos se chocando um contra o outro. Pior ainda do que descobrir que Benjamim claramente estava me traindo, era descobrir com quem ele estava me traindo. Reconheço aquela bolsa e os sapatos, são da minha melhor amiga, Sophia.

"C*ramba, como a Charlotte é idiota", Benjamim riu. "Você acredita que ela realmente espera que eu tenha um filho com ela?".

Sophia bufou. "Ela é maluca, eu não sei como você atura ela até hoje".

"Se ela não fosse tão linda eu nunca teria dado bola pra ela", Benjamim zombou. "Felizmente uma dose diária de pílula do dia seguinte faz com que ela não engravide".

"Sério? Como você consegue dar esse remédio pra ela sem que ela perceba?", Sophia perguntou.

"Eu coloco no café dela pela manhã", Benjamim conta, orgulhoso.

Fiquei fora de mim enquanto tudo começava a se encaixar. De repente, entendi o motivo de nunca conseguir ficar grávida, apesar de fazer sexo sem camisinha várias vezes por semana há anos. Também entendo o porquê de ter os óvulos de uma mulher de quarenta e cinco anos de idade, já que meu parceiro desprezível tem me dado contraceptivos emergenciais diariamente. O dano que isso pode ter causado ao meu sistema reprodutor é inconcebível.

Sem conseguir pensar direito, acionei o alarme de incêndio na parede, querendo tanto assustar e punir o casal no quarto que temo acabar atacando-os quando surgirem. Água começou a sair dos irrigadores de incêndio enquanto uma sirene soava. Benjamim e Sophia gritaram, surpresos.

"Brayden Collins? O bilionário?", pergunto. Eu já o vi na cidade, mas não fazemos parte dos mesmos grupos. Ele vive no mesmo bairro que meu patrão rico e costuma cumprimentar as crianças das quais sou babá, mas sempre está cercado por seguranças e é tão intimidador que tenho calafrios só de pensar nele.

"Meu Deus!", Victoria cobre a boca com as mãos. "Eu não devia ter falado isso! Eu não sei no que tava pensando. Aparentemente ele também teve problemas com fertilidade e confiou no nosso laboratório para cuidar dos girinos dele. O esperma dele tá numa sala aqui perto agora mesmo, mas Charlotte, você não pode contar isso pra ninguém, promete pra mim que não vai", pediu.

"É claro! Eu sei o quão importante confidencialidade é por aqui", concordei imediatamente.

"Obrigada", Victoria respira fundo, aliviada. "Agora eu vou te mostrar os nossos clientes pra você escolher um doador, e quando tiver escolhido eu vou te deixar grávida em um piscar de olhos".

Não foi uma decisão fácil, mas escolhi um cirurgião bonito cuja foto me deixou corada. Victoria me levou para uma sala de espera, preparou a amostra e, apesar de parecer um pouco agitada ao voltar, completou a inseminação rápida e profissionalmente. "Prontinho, Charlotte. Você pode voltar aqui em dez dias pra ver se deu certo", afirmou, segurando minha mão.

'Dez dias... dez dias que decidirão todo meu futuro', pensei, atordoada.

Nesse momento eu não sabia que, quando os dez dias tivessem passado, meu futuro não estaria mais nas minhas mãos, mas sim nas do próprio Brayden Collins.

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