Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 28

— O quê?

Não acreditava, Oliver estava tão bêbado que estava alucinando, pensou que eu era a Liana.

Eu não acredito, que idiota!

Aproveitei seu momento de descuido e o empurrei para longe de mim, saí do quarto correndo e entrei no meu, tranquei a porta e corri para o banheiro, não acreditava no que havia acabado de acontecer, que idiota!

— Idiota, idiota, Aurora, você é uma idiota! — Repetia diversas vezes na frente do espelho, batendo nas minhas bochechas, tentando assimilar a mancada de agora.

— Como pude ser tão fácil assim?

Entrei no chuveiro e me lavei, passava o sabonete e esfregava o corpo com força, na tentativa de tirar seu cheiro que estava em meu corpo.

— Idiota, idiota. — Andava de um lado para o outro no interior do banheiro.

Minha mente estava agora com uma vergonha alheia tão grande, como pude deixar que ele me beijasse?

Por que retribuí o beijo? Por que não o chutei no meio das pernas e saí correndo?

— Burra, burra, burra!

Ainda mais porque estava gostando do beijo, enquanto ele achava que eu era a ex mulher, nossa que imbecil!

Que raiva, como pude deixar isso acontecer? Como que olharei para a sua cara agora? Eu não posso mais ficar aqui! Não depois de uma cena vergonhosa dessas.

Enquanto enxugava meu corpo com a toalha, ouvi um chorinho manhoso, logo preparei a mamadeiras do Noah, que dormiu outra vez.

Vesti meu pijama e tentei dormir, mas não conseguia de modo algum. Como ficaria agora nesta casa, depois de uma loucura dessas?

— Burra, burra!

O pior é que gostei do beijo, e isso é o que não me perdoava de jeito algum. Esse imbecil arrancou meu primeiro beijo, como ele pôde? Ainda mais por está pensando em outra. Com tantas coisas em minha cabeça, só consegui dormir quando o dia estava quase amanhecendo.

Na manhã seguinte, eram oito da manhã, quando acordei com batidas na porta, minha mente em segundos teve uma retrospectiva da noite passada, então me lembrei de Oliver.

Não abriria a porta, já que podia ser ele, continuei quieta sem responder, porém, a pessoa continuava batendo e estava quase acordando o Noah com o barulho, então decidi abrir.

— Ah, é você, bom dia. Denise, por que não entrou simplesmente?

— Porque a porta estava trancada, o que houve? Você nunca tranca a porta.

Havia me esquecido desse detalhe.

— Poxa, nem percebi que a tranquei. — A puxei para dentro do quarto e fechei a porta novamente.

— Por que demorou de abrir?

— Bem, é que eu ainda estava dormindo. — Me desculpei.

— Ainda? Você acorda tão cedo todos os dias. — Questionou.

— É que o Noah não me deixou dormir direito a madrugada toda. — Pobrezinho, estava colocando a culpa logo nesse anjinho.

Denise parecia desconfiada, e fazia um interrogatório, então fiquei na dúvida se contava do ocorrido ou deixava passar.

— Hum, sei. — Me olhava de canto. — Ah, quase ia me esquecendo, o senhor Oliver está te chamando lá no escritório.

— O quê? Para quê? Por quê? — Me desesperei.

Eu não acreditava nisso, eu tentaria fugir o dia inteiro do diabo e ele já estava procurando minha alma logo cedo? Tentaria evitá-lo para não ver seu rosto, e ele de cara me chamava.

O que seria? Será que me mandaria embora, ou será que nem se lembrava de ontem? Tudo bem, na dúvida, se ele me atacasse usaria o contra-ataque.

— Não sei, só mandou você ir imediatamente.

— Vou trocar de roupa.

— Ele disse imediatamente, e esse pijama está legal, ele nem vai perceber que é pijama. — Riu.

— E como ele estava Denise? Estava sério, nervoso?

— Estava normal, eu em! O que está acontecendo mesmo? Quantas perguntas. Aconteceu algo que você não quer me contar?

— Não, não aconteceu nada, é que... Você sabe, ele é muito ignorante comigo, nunca sei se vou enfrentar um ogro ou um cavalo.

— Relaxa, e vai logo! Ficarei olhando o Noah por enquanto.

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