Caminho Traçado - Uma babá na fazenda romance Capítulo 104

Após conversar com o homem, Denise voltou para o quarto em silêncio, mas Saulo já estava a sua espera na cama.

— Onde estava? — Já foi perguntando, enquanto ela entrava no quarto.

— Fui beber água. — Mentiu, não poderia falar da festa, pois como o pai dele mesmo disse, seria uma surpresa.

— Mas a jarra estava cheia aqui. — Apontou para a jarra de água, que estava na mesa de cabeceira, ao lado da cama.

— Eu desejava gelada, essa aqui está quente.

— Não está não. — Ele retrucou.

— Está sim! — Tentava firmemente convencê-lo.

— Bora morena, vai falando logo a verdade, que você é péssima em mentir. Onde estava?

Denise abaixou a cabeça com vergonha, odiava ser confrontada desse jeito.

— Seu pai me chamou para conversar. — Respondeu sem graça.

— E? — Esperava ela continuar.

— Só isso, ele pediu para te convencer a não ir embora.

— Nossa! — Levantou-se da cama e sentou-se na cadeira. — Bem a cara dele mesmo, fazer isso. — Não se preocupa, tudo bem? Nós iremos mesmo assim, independente do que ele tenha te falado.

— Mas Saulo, pensando melhor, eu quero ficar! — Se aproximou dele.

— Ah é? Por quê? — Arqueou a sobrancelha.

— Porque quero conhecer Londres, você prometeu me levar em todos os lugares possíveis. — Sorriu. — Além disso, você falou que não seria fácil aqui com sua mãe, mas mesmo tendo noção de tudo isso, você já quer desistir no primeiro dia.

— Denise, olha só, eu não quero brigar com a minha mãe, mas também não vou ficar quieto, vendo ela te desrespeitando, então para evitar isso, é melhor a gente ir.

— Não! Quero conhecer Londres! — Bateu o pé firme no chão. — Já faz tanto tempo que espero por férias, por viajar com você, não vou voltar para a fazenda, antes da gente concluir todos nossos planos.

— Larga de ser teimosa mulher, a gente pode ir para outro lugar, podemos ficar quanto tempo quisermos viajando.

— Pois eu quero ficar aqui, e agora me dê licença, que vou dormir. — Deitou-se na cama. — Pois amanhã, quero passar o dia passeando por Londres.

Logo fechou os olhos, fingindo dormir.

— Então vamos ficar num hotel, assim teremos mais paz e privacidade. — Não obteve resposta. — Estou vendo seus olhos mexerem, você não pega no sono tão rápido assim.

— Para quê hotel? Essa casa também é sua, e é enorme, se quisermos, podemos até morar aqui, que eles nem notariam nossa presença. — Continuou de olhos fechados.

Mas em seus pensamentos, sabia que Saulo não deixaria essa conversa se encerrar assim.

— Oh morena, o que fez você mudar de ideia, hein? O que meu pai falou exatamente?

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