Improvável romance Capítulo 43

Resumo de CAPÍTULO 43: Improvável

Resumo de CAPÍTULO 43 – Uma virada em Improvável de Sra.Kaya

CAPÍTULO 43 mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Improvável, escrito por Sra.Kaya. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

|KAYRA |

Droga, droga, droga! Mas que porcaria!

Consigo perceber nitidamente quando o reconhecimento atinge seu rosto e o loiro arregala seu par de írises azuis como o céu, ao fitar o meu rosto com um misto de surpresa, satisfação e talvez alegria?

Mas que droga de azar!

Não sei porque, mas na minha cabeça iludida eu podia jurar que conseguiria esconder minha identidade até o final da reunião, ou que talvez ele não repararia em mim por ser um grande bundão e não dar o mínimo valor ou atenção para as pessoas que considera inferior a si. Mas não, não... o imbecil tinha que olhar praticamente dentro da minha cara e se lembrar de mim!

Caramba, Kayra Pextton, você é uma tremenda de uma azarada, garota! É o que digo para mim mesma como se brigasse comigo dentro da minha própria cabeça, mesmo que isso não faça tanto sentido nesse instante.

-Senhorita Pextton, nós já...

-É um prazer conhecê-lo, senhor Callaham.

Eu o corto imediatamente antes que o idiota diga algo que acabará completamente com minha vida, e exponha um acontecimento que eu nunca mais quero me recordar, diante de sua família. Não porque tenho vergonha de quem sou ou do que fiz, o que aconteceu aconteceu e ninguém tem nada a ver com as decisões que tomo, pois sou a única responsável por elas e dona do meu nariz .

Entretanto, se esse bundão resolver abrir a boca e contar como nos conhecemos isso acarretará em diversos questionamentos os quais não pretendo responder. E então quando a questão do tempo em que tudo se sucedeu vier à tona, será como somar dois mais dois, a rainha e qualquer outra pessoa nessa sala descobrirá o segredo que tenho ocultado de todos durante tantos meses: a identidade do pai dos meus limõezinhos.

Mas eles são somente meus filhos e de mais ninguém! Por essa razão não posso permitir que ele diga ou insinue nada a respeito do que ocorreu entre nós no passado. Se por um milagre eu conseguir sair viva dessa reunião, que neste momento parece-me mais uma inquisição em que estou prestes a ser decapitada se algo sair do controle, então eu tentarei arranjar uma saída para esse problema, e evitar qualquer tipo de contato com esse ser daqui por diante. Somente me comunicarei com a rainha e o rei, sempre longe da presença do loiro que neste instante ainda continua segurando minha mão na sua, como se quisesse levá-la embora consigo.

-É um prazer me conhecer, senhorita Pextton?

Ele pergunta ao arquear as sobrancelhas loiras no alto com a língua escorrendo ironia, e no mesmo segundo eu reajo puxando minha mão do seu alcance, mas, o bastardo não a solta por mais que eu tente, e a mantém firmemente presa no calor da sua.

Merda! Filho da mãe abusado!

-Sim, realmente é um grande prazer conhecê-la também, minha querida.

Deklan Callaham diz com um sorrisinho malicioso no canto dos lábios grossos e delic... opa, que dizer, idiotas! Eu quis dizer idiotas e que só falam besteiras. Eu me corrijo bem a tempo, antes que meus pensamentos me levem a lugares perigosos, indevidos e impróprios.

E por falar em lugares perigosos... bem que essa boca gostosa já passou por vários lugares perigosos e restritos em meu corpo proporcionando-me grande prazer e...

FOCO, KAYRA PEXTTON!

Deixe de pensar em safadezas com esse idiota que você deve odiar com todas as forças. Lembre-se de tudo o que ele lhe causou. Toda a dor e o sentimento de humilhação que vieram no dia seguinte devem estar bem fresquinhos em sua mente para que você não banque a idiota outra vez e cometa os mesmos erros novamente. Seja esperta, garota! Não vacile, não caia na tentação e se concentre naquilo que está aqui para fazer, que é cuidar da saúde do rei Dominik e nada mais do que isso.

-Bom, agora que toda a família do paciente está reunida, podemos iniciar a reunião, certo?

Eu digo um tanto nervosa fazendo-o cair na gargalhada acompanhado pela rainha que também ri, mas de um modo muito mais discreto e elegante do que o marido.

Que mulher mais fina! É o que penso comigo mesma, achando graça.

-Realmente há muitas coisas nessa vida que são inesquecíveis na memória de uma pessoa, doutora Pextton...

O sorriso morre imediatamente em minha boca quando ouço o gracejo recheado de malícia na voz do loiro, e que me me faz fechar os punhos com raiva por debaixo da mesa. Eu preciso ser muito forte e me segurar no lugar para não ceder a vontade louca que tenho de acertar seu lindo maxilar com um gancho de esquerda fazendo-o desmaiar e assim calar sua grande boca idiota.

-Como eu disse a senhora Callaham, vários testes e exames precisam ser refeitos aqui no hospital, pois só confiarei cem por cento na veracidade e eficácia dos resultados feitos sob minha supervisão.

Eu prossigo com a explicação de onde havia parado, sem dar mais chances para que o imbecil protagonize mais uma de suas gracinhas e me faça perder a paciência.

-Mas pelo panorama geral que pude analisar até o presente momento ao ler os relatórios dos médicos anteriores que estudaram o caso, o senhor necessita de uma intervenção cirúrgica bastante arriscada. E sendo completamente franca com o senhor e sua família, as chances de sucesso ou insucesso, devido a diversos fatores como condições de saúde e idade avançada, são de cinquenta por cento para cada opção.

-Eu sei disso, doutora. A senhorita não está dizendo nada eu já não tenha escutado antes nos diagnósticos de outros médicos. Mas como você também sabe, não há outra alternativa na atual situação em que me encontro, pois se eu não operar, mesmo com os fatores de riscos que a senhorita mencionou, dentro de poucos meses eu morrerei da mesma forma.

Dominik Callaham diz de modo surpreendentemente calmo, como se já estivesse acostumado com a situação, o que me deixe levemente perplexa por seu temperamento equilibrado e bastante consciente diante dos fatos expostos.

-Então eu não posso ignorar a possibilidade quando sei que há uma chance, mesmo que mínima, de sair de alguma forma disso. Eu e a minha família sabemos muito bem em que barco estamos entrando. Agora o que importa é se a senhorita, que também está ciente disso, entrará nessa mesma embarcação conosco. Você é a única opção que me resta, senhorita Pextton, pois nenhum outro médico cagão quer arriscar a carreira e fazer o que é necessário por mim. Então eu realmente preciso da sua ajuda.

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