INDECENTE DESEJO romance Capítulo 16

Resumo de CAPÍTULO 15 - AMÉLIA: INDECENTE DESEJO

Resumo do capítulo CAPÍTULO 15 - AMÉLIA do livro INDECENTE DESEJO de Canli pop

Descubra os acontecimentos mais importantes de CAPÍTULO 15 - AMÉLIA, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance INDECENTE DESEJO. Com a escrita envolvente de Canli pop, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Engulo o soluço, tentando diminuir a altura do meu choro, consternada pelo meu estado. Eu não sei o que deu em mim, esse homem parece simplesmente me amolecer como manteiga.

— Desculpe. — Murmuro baixinho, fugindo de seu aperto.

Com as costas das mãos enxugo minhas lágrimas, virando de lado para fugir do seu olhar atencioso. Ele não fala nada e nem faz menção de se mexer quando seco a água dos meus olhos.

— Então, você já pode ir. — Encaro o rosto expressivo, entrelaçando minhas mãos na frente do meu corpo, tentando disfarçar o constrangimento que se arrasta pelo meu corpo.

Um sorriso presunçoso se forma no canto de seus lábios e as íris escuras brilham em desafio, deixando claro que ele não vai deixar isso passar despercebido.

— Você sabe onde me encontrar. — Assegura, contrariando o que imaginei ele passa a caminhar para a saída. Deixando no ar que eu irei a sua procura em algum momento.Nunca.

— Não volte mais aqui. — Esbravejo, irritada com sua insinuação.

Ele não vira para me encarar, mas deduzo que está sorrindo largamente, sendo o pretensioso que é.Após um certo tempo encarando a porta por onde ele saiu me recompondo, consertando minha postura e voltando para as crianças. Fico protelando o máximo possível minha volta para casa, não ansiando nem um pouco encontrar com qualquer parente sanguíneo.

— Almoço. — Dieguinho fala, me fazendo checar o relógio do celular, concluindo que ele tem razão.

Que feeling!

As crianças se aglomeram na grande cozinha, sentada por ordem de idade nos bancos longos e compartilhados, meus dois pequenos sentam juntos, se comportando como dois anjinhos. Meu coração se enche de amor com imagem, pensando em quantas vezes desejei ter algo assim com Aurora, a cumplicidade e o cuidado que uma irmã devia ter com outra.

Suspiro, frustrada.

Rejeito o convite para almoçar das outras voluntárias no mesmo instante que sinto meu telefone vibrar. "Onde você está, mocinha? "

Mamãe.

Guardo o celular de volta no bolso sem respondê-la, sentindo ele vibrar mais umas três vezes antes de cessar. 

Não quero falar com ninguém, isso inclui ela.

Deixo o lar, me despedindo de todos enquanto ainda almoçam, recusando mais uma vez o convite para me juntar à eles. 

Eu não esperava ver Henrico Zattani hoje. Me sinto perdida e incompleta de tantas maneiras que só quero esquecer de qual família faço parte. Simplesmente esquecer as boas maneiras, os belos vestidos e os compromissos que nunca sinto vontade de ir, mas quero mais do que tudo esquecer o peso que o sobrenome Leal traz. Pode parecer exagero ou egoísmo, afinal meus pais trabalham para me dar uma boa vida, mas eu nunca pedi por nada disso.

Dispenso o táxi e sigo a pé pelo bairro que eu deveria ter crescido, sem saber ao certo a onde estou de fato indo. Aperto meus lábios um contra o outro, avistando o bar meia boca a pouco passos de onde estou, lembrando da sensação que senti na noite do meu aniversário. O líquido quente descendo pela minha garganta e esquentando em minhas veias...

Talvez, eu só precise de um pouco disso.

Sorrio, pensando mais uma vez na figura do homem. Henrico acha que tenho alguma influência na minha família, por isso me escolheu.

O elo mais fraco. Passo a gargalhar, quase me dobrando de tanto rir, ganhando a atenção de todos na rua.A única que se importa comigo, atualmente anda focada em assuntos mais relevantes no meio político. Bem, mas eu sou uma adulta, afinal .Quem precisa deles?

Adentro o recinto rústico, dando de cara com figuras peculiares, o tipo de pessoas que eu nunca encontraria nas festas de papai. Não, essa gente parece mais interessante. Em passos firmes me direciono para o pequeno balcão, tendo a plena consciência de está sendo observado por olhos curiosos.

Um homem alto, talvez o mais alto que eu tenha visto na vida, me encara com uma de suas sobrancelhas erguidas. Forço a saliva pela minha garganta, nervosa com sua inspeção.

Ele provavelmente acha que estou perdida e que esse lugar não é pra mim.

— O que vai querer? — Pergunta, deixando aparecer um pequeno sorriso no canto de sua boca, mostrando uma covinha surpreendente. 

Pisco, indecisa se foi realmente uma boa ideia entrar aqui. A maioria dos clientes são homens, alguns deles barbados e com jaquetas quadriculadas, lembrando caminhoneiros. — Não sei. — Decido por dizer.

Ele assente, se virando para buscar algo em seu armário. Aproveito para lhe fazer uma checagem rápida. Não tem nenhuma tatuagem aparente, nada que passe uma imagem de bad boy, além do piercing no lábio inferior.

— Aqui. — Um copo pequeno, com um líquido transparente é posto na minha frente.

— O que é isso? — Pergunto, desconfiada.

Ótimo!

Em poucos minutos a garrafa está vazia e minha visão turva, mas o mundo inteiro parece infinitamente melhor agora. Tudo que eu sinto é uma grande vontade de viver e sorrir.

Me estico para pegar mais um pouco de gim, mas Billy, o homem que estava me atendendo e que descobri ter vinte oito anos e ser casado é mais rápido e toma a garrafa das minhas garras, ganhando uma enxurrada de protestos meus.

— Chega! — Diz, autoritário.

— Chato. — Resmungo, fazendo bico. — Só mais um pouquinho. Ele me olha sério, afastando o copo para longe de mim junto de todas as bebidas próximas.

— Não. Vá pra casa.

Estalo a língua, deitando sobre a madeira fria do bar.

— Cacete, garota. Você é problema, me dê seu telefone. Vou ligar pra alguém vir te buscar.

Sem me mover o espio pelo canto do olho pegando meu telefone, xingando baixo ao perceber que tem senha, eu falo pra ele os números necessários para desbloquear a tela e fecho os olhos, sentindo minhas pálpebras pesarem pela sonolência.

— Me diga um número. — Exige, fazendo minha cabeça latejar com o som estrondoso de sua voz.

Penso em que número falar pra ele, lembrando do conselho de mamãe de nunca beber ao ponto de não conseguir voltar para casa. Vergonha e culpa me invade, a descartando de primeira.

Papai também não é uma opção.Aurora nem se daria ao trabalho.

E não quero que Pedro me veja assim, então só consigo pensar em uma pessoa.

CAPÍTULO 1

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