INDECENTE DESEJO romance Capítulo 30

Quando passou das duas horas de reunião e o croata não parava de tietar o Brasil, resolvi pedir uma das empregadas para levar algo direto pro quarto e servir Amélia lá mesmo. Quando conseguimos fechar negócio e eu pude voltar pro quarto, Guilhermino ainda me segurou por longos vinte minutos sobre o quanto estava empolgado por finalmente fecharmos um negócio grande, dizendo que estava orgulhoso do meu empenho, tocando no nome dos meus pais para amolecer meu coração e lhe dá mais alguns minutos de falação. Minha paciência já estava por um fio quando ele finalmente me liberou e disse que precisava compartilhar a informação com alguém. Achei esquisito e quase pensei em questionar de quem falava, mas minha ansiedade pra voltar para o quarto e vê-la era maior, então só anuí e o deixei seguir para fora do casarão sem fazer nenhum questionamento.

No entanto, a única coisa que senti ao entrar no quarto foi frustração, pois o motivo dos meus desejos mais indecentes estava dormindo profundamente, não usando nada mais do que um dos shorts que uso pra dormir. Minha boca salivou quando avistei os seios médios e durinhos descobertos, expostos para me torturar. Quase avancei sobre ela e a acordei, mas reconsiderei ao lembrar o estado em que chegou e o quanto deveria está exausta após nossa brincadeira nada inocente, então tomei um banho e me juntei à ela, me enrolando no corpo esbelto e tentador. Só percebi que dormi quando acordei hoje de manhã. Contorno a boca bem desenhada com a ponta dos meus dedos, sorrindo com a careta que forma em seu rosto. Ela levanta uma mão e tenta me espantar, como se eu fosse mosquito atrapalhando seu sono.

Rio baixinho, subindo para o nariz, sobrancelhas e voltando para a boca.

— Hey. — Digo, quando ela abre os olhos.

Um sorriso simpático repuxa em seus lábios quando me nota, as pálpebras estão semicerradas, ainda pesadas pelo sono e a beijo bem na pontudo nariz, me sentindo extremamente sentimental.

— Bom dia. — Sussurro.

— Bom dia. — Ela responde e aproveito para acariciar seu rosto, bebendo da sua beleza como um bobo, mal me reconhecendo. Droga.

— Não vi você chegar. — Resmunga, torcendo o nariz no fim da frase.

Solto uma gargalhada baixa.

— Você já estava dormindo e não quis te acordar. — Esclareço, mordendo seu queixo. Ela rir com minha ação, tentando afastar seu rosto dos meus dentes.

— Desculpe. — Murmura, se referindo ao fato de dormir antes de me ver e a olho com mais atenção.

— Sem problema. Como se sente hoje? — Digo, realmente interessado em seu estado de espírito.

— Bem. — Analiso seus olhos, checando se não está mentindo pra mim. Assinto ao perceber que sim, ela está dizendo a verdade.

— Ótimo. Passe o dia comigo. — Peço, soando mais meloso do que gostaria. Ela me olha desconfiada, mas os olhos brilham com algum pensamento que não consigo lê.

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