Resumo do capítulo CAPÍTULO 30 - AMÉLIA do livro INDECENTE DESEJO de Canli pop
Descubra os acontecimentos mais importantes de CAPÍTULO 30 - AMÉLIA, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance INDECENTE DESEJO. Com a escrita envolvente de Canli pop, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.
Existe uma inconstância no humor desse homem que só Deus pode explicar, não é possível. Uma hora estamos bem e em outra ele parece querer arrancar minha cabeça fora, não dá pra lidar. Ok, tudo bem, também não sou nenhum docinho. Só que nós estávamos bem até o café da manhã, rindo e conversando como se ele não fosse inimigo declarado da minha família e aí, tudo mudou, do nada. Ele chupou minha boceta na noite passada como se fosse sua sobremesa favorita e agora está com essa cara fechada, digna de quem comeu e não gostou. Só que no caso, ele nem chegou a comer, apenas saboreou.
— O quê? — Falo, jogando os braços pra cima e o encarando de frente. Ele bufa, como se minha pergunta fosse tola e me irrita ainda mais, arrancando toda a paciência do meu corpo.
— Minha blusa fica muito bem em você. — Comenta, tentando desviar minha atenção, já que ele me ofereceu uma de suas blusas depois do comentário que fiz sobre a minha ontem.
— Cuspa o que está te incomodando, Henrico. Apenas, fale. — Digo ríspida, posicionando minhas duas mãos no quadril. O homem me olha, mas continua em silêncio, descendo seus olhos sobre meu corpo e desviando para um ponto atrás de mim.
— Nada. — Dá de ombros, enfiando uma mão no bolso e puxando junto de um maço de cigarro um isqueiro de cor preta. Olho para o cigarro em sua mão esquerda.
— Você fuma? — Pergunto incrédula. Ele volta a dá de ombros, levando um de seu cigarros para os lábios e o acedendo.
— Apenas quando quero relaxar. — Murmura, soprando fumaça no ar.
— Fumar faz mal para a saúde. — Solto o único pensamento racional na minha cabeça, já que os outros eram sobre como ele fica sexy fumando, tragando de seu cigarro e soprando a fumaça no ar.
Ele sorrir de lado, me olhando com mais atenção.
— Eu sei, mas não é como se soubéssemos o tempo que temos na terra em todo caso. Arqueio uma sobrancelha. — Isso é sério? Este é o argumento que você vai utilizar? — Pergunto e ele rir baixo, mostrando seu divertimento com a minha cara de surpresa e chateação.
— Sim.
Bufo, acariciando minha têmpora para não começar um discurso sobre como ele está fodendo sua vida fumando e... Blá blá blá. Ah, esquece.
— Certo. — Sussurro, juntando minhas duas mãos na frente e forçando um sorriso.
O homem traga mais duas vezes do seu cigarro, andando em minha direção com passos premeditados, causando um comichão no meu corpo.
— Experiente. — Empurra a droga legalmente comercializada em meus lábios, me fazendo fechar a cara.
— Sugue como faz com o ar. — Sussurra com uma voz estrategicamente sedutora, lambendo os lábios enquanto mantém seus olhos presos na minha boca.
Eu sugo, imitando o gesto que ele fazia segundos atrás com o cigarro, enfeitiçada pela sua voz.
Eu seguro a fumaça por mais tempo que deveria e ela fica presa na minha boca, descendo pela garganta e me deixando sufocada. Tusso, toda desajeitada.
Ele rir, mas bate nas minhas costas.
Afasto suas mãos, caminhando dois passos para longe dele ainda tossindo, fechando minha expressão.
— Odeio essa coisa. — Desabafo, apontando para o cigarro com a cabeça.
Ele encara seus dedos, observando o cigarro que eu tinha na boca como se fosse uma obra de arte.
— Fumar é como jogar xadrez, você acha que está no controle, que detém o poder, mas é tudo ilusão. O jogo detém você. — Escuto atenciosamente seu discurso, sentindo que existem bem mais palavras que não estão sendo ditas.
— Então, por quê você fuma?
Ele dá de ombros, abrindo um sorriso sombrio em seus lábios.
— Fumar me ajudou na cadeia, achei que seria um bom costume aqui fora. A nicotina me mantém no eixo e me ajuda a pensar. — Confessa, se recusando a me olhar. Parecendo frágil.
Mordo meu lábio inferior, sentindo minhas mãos formigarem para tocá—lo, segurar seu rosto rente ao meu e me oferecer como substituta do seu vício.
Me beije ao invés do cigarro. Me toque.
Mas, tudo que sai da minha boca é: — Obrigado por dividir isso comigo, Henrico. Mas, eu não acho que sua vida aqui fora deva ser comparada com a que tinha lá dentro. Você está livre.
Seu olhar se ergue de encontro ao meu, ainda mais preto e intenso do que o normal e perco o fôlego. Sentindo minhas pernas bambearem.
— Ainda não, Amélia. Ainda não. — Declara, se aproximando de forma perigosa, insinuando que ainda se sente preso.
Uma tosse seca nos faz se separar, constrangimento me atingindo quando encontro o rosto de Guilhermino carregado com um grande sorriso de cúmplice.
— Porra, cara. Você adora atrasar minha vida. — Henrico solta, encarando o amigo com cara fechada. Concordo com ele, embora prefira me manter em silêncio para não chamar mais atenção do que já estava. No entanto, foi por culpa de Guilhermino que Henrico e eu não avançamos para a próxima base, não sei se agradeço ou chuto o homem.
— Você estava quase engolindo a menina, mano. Tive que intervir. — Fala com a voz risonha, tirando com a nossa cara. E, fico ainda mais constrangida, olhando ao redor e percebendo a presença de muitos funcionários por perto. Droga.
— O que você quer? — Pergunta, laçando minha cintura e me trazendo para perto dele. Guilhermino assume uma postura séria, mudando sua expressão para preocupada enquanto nos encara.
— Preciso que você veja algo. — Diz, olhando direto para o amigo. Henrico aperta minha cintura, ficando tenso pelo tom que o homem usou.
— O que aconteceu? — Pergunta, mas Guilhermino balança a cabeça.
— Preciso que venha comigo e veja por si mesmo. Ele desvia o olhar pra mim e suspira pesado, coçando a nuca nervoso.
— Amélia, sua mãe ligou e pediu para que você fosse para casa. Parece que aconteceu algo. — Diz, parecendo receoso ao dividir o olhar entre mim e Henrico.
A menção dela faz a realidade voltar à tona, como se eu estivesse em uma fantasia todo esse tempo, penso em abrir a boca para questionar como diabos a minha mãe sabe onde estou, mas me lembro que estou com seu carro e ele tem GPS. Sem falar que estou focando no fato dele ter falado que algo aconteceu e só um pensamento me surge. Meu pai descobriu sobre a traição. Sinto culpa, porque a deixei sozinha para lidar com ele e Aurora, porque certamente minha meia irmã não vai perder a oportunidade de a humilhar.
— Preciso ir. — Digo, voltando para o casarão para capturar a chave do carro.
— Espera. — Henrico segura no meu braço. — Posso ir com você? — Pede, soando preocupado. Nego com a cabeça, imaginando o possível cenário que encontrarei.
A presença dele só vai piorar a situação.
— É melhor não, te aviso quando chegar. — Dou um beijo rápido em seus lábios e deixo os dois homens para trás. Pego a chave que estava na mesinha perto da cama que dividi com ele na noite passada e sigo direto para o carro, não o avistando no caminho.
De tudo o que eu imaginei, nunca passou pela minha cabeça que encontraria meu pai ajoelhado aos pés de mamãe, chorando desalentado e implorando que ela não o deixe.
— O que está acontecendo? — Digo, fechando a porta atrás de mim, encarando a cena inacreditável.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: INDECENTE DESEJO
Ótimo romance. Intenso como Indecente desejo são excelentes. Parabéns à autora....
Você é excelente escritora, parabéns. Intenso desejo é excelente, dos melhores q li. Este também é muito bom. PARABÉNS....