INDECENTE DESEJO romance Capítulo 46

— Achei você.

Um grunhido deixa meus lábios assim que mãos tampam minha boca e me debato, assustada.

— Quieta. — O tom ríspido e mal humorado faz cada pelo do meu corpo se arrepiar, me debato em busca de liberdade assim que sua mão livre se envolve na minha cintura e me aperta contra seu corpo.

Eu reconheceria essa voz em qualquer lugar. O que ele está fazendo aqui?

Sou arrastada dos meus pensamentos quando ele nos leva para um quartinho escuro e apertado, me encurralando no que acredito ser um armário e trancando a porta.

— Que porra, Henrico! — Grito, assim que ele retira a mão da minha boca, forçando minha visão para enxerga—lo no meio da escuridão.

— Sua cachorra malcriada, não vem gritar comigo, não. Quem vai falar nesse trem aqui, sou eu! — Rebate, praticamente colando seu rosto no meu.

Resmungo, meio que perdendo a racionalidade pela sua aproximação e empurro seu peito, recobrando a consciência no mesmo segundo que ouvi sua ofensa e não gostando nada do seu tom.

— Não me chame de cachorra! — Esbravejo, acertando minha mão em cheio no seu rosto.

— Você me bateu! — Diz incrédulo, demonstrando perturbação pela meu ato em seu tom.  Mordo meu lábio inferior, quase arrancando um pedaço pelo nervosismo.

Eu bati nele.

BATI NELE.

PORRA!

Tô trancada em um cubículo com um homem aparentemente furioso e bato nele. Perfeito, Amélia! Você acabou de assinar sua sentença de morte.

— Eu ... — Gaguejo, colocando um mão em seu peito para nos manter distante.

Como se isso fosse realmente mantê—lo longe.

Minha consciência zomba e quase rosno pra ela.

— Henrico. — Suspiro, procurando seus olhos.

— Não fale. — Meio que rosna, enfiando a mão por entre meu cabelo e puxando com força, como se estivesse me castigando.

Gemo de dor, fazendo uma careta que tenho certeza, ele não consegue enxergar.

— Aí... Me solta, o que você está? — Coloco minha mão sobre a sua e tento desprender meus fios do seu aperto, mas ele os prende com mais força e arqueio, sentindo meu couro cabeludo arder.

— Você me deixou. — Diz, furioso. Respirando bem próximo da minha bochecha.

Ele arrasta o nariz pela pele do meu pescoço, raspando os lábios por onde passa.

— Por favor...— Imploro, incerta sobre o que estou pedindo.

Ele rir e me vira de forma brusca, se esfregando em mim por trás.

— Isso, implore por mim. Você sentiu minha falta? — Sussurra a última parte no meu ouvido, mordendo o lóbulo da minha orelha de forma provocativa.

— Não...— Consigo falar, mas sai mais como um gemido e ele rir contra meu pescoço, mordiscando minha pele por lá.

— Cadela. — Estapeia minha bunda, causando um barulho alto e grito.

— Pare com isso. — Rosno, tentando girar meu corpo.

Ele aperta mais seu corpo contra o meu e me espreme ainda mais contra o armário.

— Você não deveria ter voltado, Amélia. Estou com muita raiva. — Confessa, esfregando sua protuberância na minha bunda e  mostrando que seu corpo não concorda com suas palavras.

— Você está duro.

— Ele sentiu sua falta, mas eu não. — Fala, me confundindo.

Ele sabe que o pau é dele, certo?

Gemo, sentindo ele moer contra mim de forma pecaminosa. Consumindo o restinho de racionalidade que eu tinha.

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