Quando cheguei naquele quarto e a vi nos braços dele, aterrorizada por ter uma arma em seu rosto fiquei sem saber o que fazer por algum tempo. Minha mente estava perdida, cheia de medo. Então, quando finalmente disse alguma coisa e o desgraçado nos viu, a reação dele foi mais rápida que a minha e seu dedo deslizou pelo gatilho antes que o meu.
—Droga.— Esbravejo, me ajoelhando ao lado de Augusto ao chão, procurando pela capsula da bala. Isso foi perto demais.
— Pai! — Alguém grita, mas não olho para checar qual das duas mulheres é.
— Você não esperava por essa, hein. —O homem brinca, fazendo uma piada com seu ato estúpido de se colocar a minha frente, formando uma careta de dor quando tenta se sentar. Finco o cenho, Ignorando sua fala quando percebo o ferimento em seu ombro.
— Não atravessou, mas acredito que ficou alojada dentro de você. Isso foi estúpido pra caralho, no entanto, obrigado. — Ele solta uma risada seca, desprovida de humor e acrescenta.
— Obrigado é tudo que ganho por salvar sua vida? — Bufo, batendo no local quando percebo que o ferimento não é grave. Ele me xinga e o ignoro mais uma vez, contendo minha vontade de revirar os olhos e deixá-lo aqui mesmo no chão, sangrando até a morte. Cacete!
Eu não queria dever a algo ele.
— Você não deveria ter entrado no meio, a bala era pra mim.—Falo, voltando a ficar de pé.
— Minha filha não iria me perdoar e acho que isso paga minha dívida com você. Além do quê, isso nem chegou perto do coração.— Lhe dou um olhar feio, deixando claro que já estou cansando dessa conversa. Ele bufa, dando de ombros como se dissesse que ele é problema meu agora.
—Não foi, mas poderia ter acertado alguma artéria. O tiro pegou um pouco acima de onde fica seu coração. — Declaro, pegando sua mão e depositando em cima do sangramento. — Pressione. — Declaro, não desviando o olhar do de Pedro com a minha própria arma em punho.
— Solta ela.—Rosno, tomado uma fúria desumana.
Pedro tira os olhos do sogro caído ao chão e me encara, parecendo não acreditar no que acabou de acontecer bem diante dos seus olhos. Bem, não o culpo, nem mesmo eu entendi atitude de Augusto.
— Eu não vou errar dessa vez. — Diz, me dando um olhar mortal.
—Isso nunca passou pela minha cabeça, mas acredite, eu também não pretendo errar.— Meu foco está na cabeça, escondida pela de Amélia e me nego olhar nos olhos da minha garota nesse momento.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: INDECENTE DESEJO
Ótimo romance. Intenso como Indecente desejo são excelentes. Parabéns à autora....
Você é excelente escritora, parabéns. Intenso desejo é excelente, dos melhores q li. Este também é muito bom. PARABÉNS....