INDECENTE DESEJO romance Capítulo 58

Resumo de CAPÍTULO 57 - AMÉLIA: INDECENTE DESEJO

Resumo de CAPÍTULO 57 - AMÉLIA – Capítulo essencial de INDECENTE DESEJO por Canli pop

O capítulo CAPÍTULO 57 - AMÉLIA é um dos momentos mais intensos da obra INDECENTE DESEJO, escrita por Canli pop. Com elementos marcantes do gênero Erótico, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

Ter a certeza que o carro de Henrico está logo atrás do de Pedro, é a única coisa que me deixa sã nesse momento.

— A polícia está aqui. — Minha voz sai mais como um pensamento desconexo do que um aviso. Ele olha pelo espelho retrovisor, apertando os olhos como se o ato fosse lhe fazer enxergar melhor e então, como se fosse possível, acelera ainda mais o carro, fazendo nossos corpos serem jogados pra trás devido a alta velocidade.

—Você vai nos matar! —Grito, tendo que me agarrar na alça de teto por segurança.

— Não, seu namoradinho vai nos matar. — Fala em desdém, pisando mais uma vez no acelerador. O xingo em voz alta, olhando pra trás para checar a posição de Henrico. Suspiro aliviada ao perceber que apesar da velocidade que Pedro está se movendo, ele continua nos acompanhando.

— Eu ...— Paro, olhando para o homem que fui apaixonada durante a adolescência com lágrimas nos olhos.

— O quê? — Diz ríspido, não olhando diretamente pra mim, mas demonstrando interesse em me ouvir.

Me ajeito no banco do acompanhante, apertando o cinto de segurança com os meus dedos e o olho.

— Eu não entendo o motivo pelo qual está fazendo isso.— Admito, me sentindo uma garotinha tola assim que as palavras deixam a minha boca e ele me encara. — Aurora nunca permitiria que você fosse preso. — Falo em tom baixo.

Alguém bate na lateral do nosso carro e me sobressalto, piscando algumas vezes quando percebo que Henrico está dirigindo praticamente lado a lado conosco.

— Não estou preocupado com a polícia de Minas gerais, Amélia. —Rosna, fazendo com que nosso carro bata contra o de Henrico também.

Meu coração está acelerado, aumentando seus batimentos a cada vez que o acelerador é acionado.

Santíssima trindade, me ajude!

Ponho a mão no meu peito, a deixando descansar bem acima de onde fica meu coração e o olho, após checar que Henrico ainda nos persegue.

— O que quer dizer?

— Interpol. — É tudo o que ele diz, batendo contra o carro de Henrico novamente.

Franzo o cenho, não sei se pelo fato de conseguir visualizar minha morte com mais clareza após essa terceira batida ou por não ter certeza se compreendi o que ele falou.

—In ter pol? — Repito pausadamente.

Outra batida.

—Porra! — Ele grunhe, perdendo o controle do volante por poucos segundos.

— Interpol, tipo a polícia internacional? — Questiono, voltando a abrir os olhos após a leve derrapada que o carro deu.

Ele me olha sem paciência e volta a ter controle sobre o volante.

—Eles estão ao me encalço faz algum tempo, mas não tinham um rosto ou endereço até sua mãe começar a investigar.

—Minha mãe? — Pergunto sem entender onde ela entra nessa história.

—Eu matei Ezequiel. —Tenho certeza que meus olhos ampliam de tamanho, porque não existe a menor chance do meu cérebro lidar com essa informação sem apresentar defeito.

Ele matou o amante de mamãe, Ezequiel.

Ele ...

Por quê?

— Por quê? —Refaço a pergunta, mas dessa vez a digo em voz alta ao invés, de apenas pensar.

Ele arqueia a sobrancelha, provavelmente estranhando que essa seja minha pergunta após suas declarações.

— Achei que...—Tento me justificar, mas ele me interrompe.

— Você achou que fosse seu pai. — Esclarece pra mim e assinto, mesmo constrangida.

Meu pai, Augusto Leal, era o único com motivos reais para acabar com a vida do amante de mamãe. Envolvia sua honra e carreira política, duas coisas que ele preza ao extremo.

— Eu não entendo.

— Antes de tudo você precisa saber que a mente brilhante por trás da carreira do seu pai, sou eu.

Duas viaturas aparecem na nossa frente, nos encurralando contra o carro de Henrico e as duas outras viaturas.

— Como? — Sibilo, não sabendo ao certo se minha pergunta se referia ao que ele vai fazer agora que está sem saída ou a sua fala.

— Meu pai e o seu eram sócios, Aurora e eu crescemos juntos e sempre soube que a queria como minha mulher. Augusto sempre foi uma inspiração pra mim, já quer eu achava meu pai fraco. — Ele faz o carro andar pra trás até ter espaço suficiente e pega uma rota alternativa, entrando por uma estradinha praticamente inexistente.

Que a resposta seja não.

Que a resposta seja não.

—Não, mas não foi tão difícil convencê—la sobre a culpa de Henrico. Ela não o amava.

Meu peito dói ao pensar tudo que Henrico teve de enfrentar na cadeia, sem ninguém para ajudá—lo, tendo sua liberdade sendo roubada de forma tão vil.

— Ezequiel descobriu sobre você?— Pergunto, chegando a conclusão de que esta era o único motivo plausível para Pedro tê—lo matado.

—Não, ele foi uma armadilha.

—Armadilha?— Pergunto confusa e ele sorrir de lado, parecendo se regozijar por dentro com alguma lembrança.

— Sua mãe iria deixar seu pai, levar você pra longe e causar um escândalo muito grande. Eu precisava, queria você perto para poder seduzi—la. — O brilho nos seus olhos entrega seu desequilíbrio, indicando que ele está além do seu normal.

A ânsia de vômito vem forte e tenho que engolir minha saliva várias vezes para manter o controle.

— Você me acha louco? — Pergunta de forma descontraída, mas não move seus lábios em um sorriso nenhum milímetro.

Olho mais uma vez para o retrovisor, agarro a maçaneta da porta e percebo que eu não tenho escolha.

Ele não está ganhando tempo, ele apenas não se importa.

— Não faça isso. — Diz, percebendo o que pretendo fazer e me puxa pelo braço com violência.

— Me larga. — Grito, batendo contra seu peito.

—Eu fiz isso por você! — Esbraveja, tentando não perder o controle da direção enquanto se defende dos meus golpes. Nossa pequena briga fazendo com que ele desacelere o carro, permitindo um dos policiais se aproveitar da curta distância para atirar em um dos pneus.

—Você está louco! —Grito, acertando seu rosto com meu punho.

— Você é minha. Você e sua irmã são minhas! — Vocifera, puxando o meu cabelo e fazendo com que nossos rostos fiquem próximos.

— Não.— Grito, tomando o controle da direção de suas mãos. Ele tenta tomar de volta, me empurrando para o lado, mas os policiais atiram novamente contra os pneus e perdemos o controle sobre o carro, fazendo ele derrapar e virar uma, duas, três vezes até que eu perca a conta e me entregue ao cansaço, sentindo meus olhos fecharem contra a minha vontade e tudo que eu posso ouvir é o grito de alguém chamando pelo meu nome.

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