INDECENTE DESEJO romance Capítulo 8

Resumo de CAPÍTULO 7 - HENRICO: INDECENTE DESEJO

Resumo de CAPÍTULO 7 - HENRICO – Uma virada em INDECENTE DESEJO de Canli pop

CAPÍTULO 7 - HENRICO mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de INDECENTE DESEJO, escrito por Canli pop. Com traços marcantes da literatura Erótico, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.

É tortura vê-la tão feliz com outro, saber que existe alguém ocupando o lugar que é meu por direito me deixa insano, na verdade, traz o de pior em mim à tona.

Parece que minha vida foi arrancada sem que eu tivesse chance de escolha e tudo está fora do lugar.

Eu me agarrei ao nosso amor quando fui preso, acreditei que ela ficaria contra o pai e me apoiaria, ou até mesmo encontraria provas da minha inocência e me tiraria de lá, mas nem ao menos uma visita ela se dignou à fazer. Aurora é quatro anos mais velha que eu e me deixou enfeitiçado com toda sua segurança, beleza e independência quando nos conhecemos. Casou com um menino do interior sem se importar com o falatório e críticas, mas acreditou na primeira mentira que ouviu. Eu não sou mais um menino. Não sou mais tão ingênuo e definitivamente não tão apaixonado.

Ela não parece mais com a minha Aurora.

No entanto, meus pensamentos sempre são guiados para os momentos em que vivemos juntos, os poucos meses que passamos nos amando na minha fazenda foram reais e significativas pra mim.

Me recuso a acreditar que pra ela foi uma mentira, um passatempo, tem que ter significado algo.

— Você ainda está nessa? — Guilhermino pega a pequena foto que eu encarava e afasta de mim.

O encaro surpreso, não ouvi os sons dos seus passos, apesar de estarmos no estábulo e existir muito feno pelo chão. Franzo o cenho, agora irritado por ser pego em um momento de fragilidade e íntimo.

Pego a fotografia de volta e coloco na minha carteira, ignorando seu olhar.

— Não é da sua conta. — Resmungo, colando a carteira de volta no bolso da minha calça.

— Você precisa superar essa mulher, na verdade, precisa superar toda essa gente.

— Ela era minha mulher. — Falo, possessivo, irritado, cansado. 

Ele me encara avaliativo, tentando absorver todas os significados das minhas palavras e expressões.

Seu olhar fica mais duro e me preparo para ouvir o pior.

— Era. Ela está casado com outro e não dá a mínima pra você, então desapega e cuida da sua vida, moleque.

Meus punhos se fecham. Sinto meu corpo inteiro tensionar em defensiva. Ele está me testando, nunca fui um homem explosivo, mas a cadeia também cuidou de mudar isso.

Ele não entendeu que já não sou o mesmo. A postura de irmão mais velho não vai me fazer voltar atrás e nem me assustar. Eu presenciei e fiz coisas piores.

Só desista de tentar me impedir.

— Não é da sua conta. Eu ainda não terminei com Aurora, preciso entender o motivo dela ter me deixado e pedido o divórcio sem nem ao menos me ouvir.

— Céus, você ainda a quer? — Pergunta incrédulo.

— Eu quero muitas coisas no momento, mas minha vingança ganha em disparada.

Ele bufa.

— Você ainda a ama. — Mantenho meu silêncio, ainda comprimindo minhas mãos em punhos.

— Ok, faça o que quiser. Vou me preocupar com a fazenda e deixar você lidar com suas merdas sozinho.

Ele sai, virando as costas sem dizer nenhuma palavra a mais. 

— Você não entende, enquanto eu estava preso naquele lugar eles comemoravam aqui fora. Minha infelicidade foi a felicidade dos Leal por muito tempo, agora eles precisam pagar.

Libero meus dedos do meu aperto e afrouxo os punhos.

Ele cessa seus passos, demorando alguns segundos parar girar o corpo e encarar, dando um longo suspiro  antes de olhar fundo em meus olhos.

— Você continua preso, Henrico. Continua preso aqui e aqui. — Ele aponta para a  sua própria cabeça e depois para o peito, bem em cima de onde fica o coração.

Volta a andar, dando—me as costas novamente.

O observo se distanciar cada vez mais, sentindo o amargo que suas palavras trouxeram.

Meu telefone vibra no bolso de trás da calça e afasto os pensamentos confusos que não quero ter que lidar agora.

Deixo um sorriso brincar em meus lábios quando leio a mensagem, respondendo de imediato.

Mandei um novo número pra ela, o pessoal. Descartei o anterior e mantenho um outro para falar com Soares e sua corja.

Eles serão úteis no momento certo, o melhor agora é deixar com que achem que estão no controle.

O jogo é meu. Aqui, todos são meus peões e nem mesmo a rainha vai se safar.

"Sério, você é algum psicótico? "

××

Se eu fosse, não te responderia de forma positiva, Amélia.

××

Achei que não bebesse com estranhos.

××

"Só quando eles são frutos da minha imaginação."

××

Só uma imaginação muito fértil pra me criar, perfeição pura.

××

"Seu ego está me sufocando mesmo por mensagem, pra você é tchau.

××

Sério, o que é melhor do que falar comigo?

Olho ao meu redor, checando se não tem nenhum funcionário da fazenda me espiando agora, devo está com uma cara de idiota e não quero ser pego novamente.

A bastarda não é tão ruim.

Espero que chegue mais uma mensagem sua, mas os minutos se arrastam e me canso de esperar. Pego o outro telefone e disco para um dos cinco números salvos.

— Me diga que tem novidades. — Falo.

Um pausa se instaura, o  homem do outro lado da linha deve tá estudando minha voz para reconhecimento já que não me apresentei.

— Sim, parece que o genro de Augusto Leal não é tão certinho quanto aparenta, parece que uma filha é pouco pra ele.

Aperto o celular contra meu rosto. Sentindo meu corpo inteiro queimar com a sugestão do homem.

— Como assim? — Pergunto.

— Amélia Leal, a irmã mais nova da sua ex mulher está trocando carícias com o próprio cunhado

.

Arremesso o celular longe, sentindo meu peito subir e descer com aumento da minha respiração. Eu deveria está feliz com essa informação, mas por algum motivo eu quero arrebentar alguma coisa.

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