Minha pele queima sobre seus olhos avaliativos, entorpecida por sua presença meu peito enche de expectativa e anseio. Aqui e agora, ele não é meu tio, o esposo da minha falecida tia, meu tutor ou qualquer outra coisa do gênero, não, aqui e agora está o dono do meu coração, corpo e alma.
Não preciso ir fundo no pensamento para descobrir, Lorenzo é o meu amor, minha outra metade, se é que isso existe.
— Você é tão linda, princesa. Me sinto um mostro por querer violar tal perfeição.
Eu não.
Me viole, meu amor, quero gritar pra ele.
Declaro em silêncio minha fidelidade e paixão. Um sorriso malicioso se estende por seu rosto bonito e másculo, gemo em desespero quando suas mãos chegam até meus seios e os apertam com força.
— Eu quero fazer muitas coisas com você, algumas podem facilmente ser vistas como perversidades e te assustar. — Seus olhos me analisam, procurando algum sinal de recusa. Tento não deixar transparecer que suas últimas palavras me deixaram insegura, nunca imaginei que ele era do tipo que gostava do sexo bruto, mas nada vai me fazer voltar atrás agora, nada exceto.
Afasto as imagens que começam a surgir dele e titia fodendo forte em sua cama, o ciúme projeta ainda mais insegurança e sinto raiva por ser tão inexperiente e infantil. Uma virgem nunca poderia satisfazer um homem como Lorenzo.
— Mel?
Desvio minha atenção para a parede logo a frente, não me sinto bem para encará-lo. Tem um nó se formando no meu estômago, minha cabeça está cheia de dúvidas e fantasias sobre ele e seus desejos promíscuos, a verdade é que eu estou com ciúmes de alguém que nem está mais entre nós só porque ela o teve para si antes de qualquer outra e não deu valor, e isso não é justo já que eles eram marido e mulher. Sou patética.
— Princesa, o que você tem? Não gosto da expressão em seu rosto, você quer parar? — Pergunta, preocupação transbordando em suas palavras. Sinto um beijo sendo depositado na minha bochecha direita, sua respiração quente e irregular contra meu pescoço. — Me desculpa, Mel. Eu não deveria ter ido tão longe. Sinto muito, me perdoa. — O desespero me toma, o homem que amo está pedindo desculpas por que acha que foi longe demais quando nem ao mesmo chegou perto. Se ele soubesse o quão devassos são meus pensamentos.
— Esqueça o que aconteceu aqui, nunca mais volto a te tocar dessa maneira. Sou a droga de um pervertido e vou entender se me odiar, mas quero que saiba que te amarei pra sempre.
Meu coração erra uma batida. Volto meus olhos para ele, tento erguer sua cabeça e fazer com que fique rente no meu campo de visão.
— Eu também amo você, Lorenzo. Amo cada parte sua, independente de qual seja.
Ele trinca o maxilar, acaricia meu rosto e desce por meu colo e braços.
-—Tem certeza? — Pergunta, sem desviar sua atenção de mim. Sei exatamente que quer que diga para parar, mas não posso. Sou mais pervertida do que ele.
— Faça perversidades comigo, tio Enzo. Me come a noite toda como prometeu. — Ele ruge, quase libertando o animal adormecido dentro de si e estremeço debaixo de seu corpo, cheia de tesão.
Sou inexperiente no quesito sexo, ainda não sei como dar e obter prazer por completo. Só confio nele e no que estou sentindo.
— Seu pedido é uma ordem, minha princesa. Quem mandou me provocar? Agora, vou comer essa bocetinha doce até que você não aguente mais me tomar.
Em uma fração de segundos sua boca toma a minha, e eu fico mole como gelatina, gemendo sem pudor ou vergonha e de repente todo o mundo ou insegurança desaparecem porque ele é meu agora e não tenho culpa alguma comigo.
— De quatro. — Ordena.
E eu fico, me ponho de quatro pra ele e empino minha bunda em sua direção excitada, submissa e pingando mais que roupa em dia de chuva. Totalmente aberta e disposta pra entregar o que ele pedir. O primeiro tapa vem com força, tenho certeza que agora minha bunda branca tem a tatuagem de sua mão. O segundo me faz gritar ainda mais alto, isso está doendo de verdade. O que há com esse homem? Penso em reclamar, mas logo sinto o carinho de sua palma em contato com a pele em ardência. Empino mais, instigando pra que me dê aquelas palmadas com carinho novamente. Estou ficando ainda mais excitada, se é que isso é possível.
— Você foi uma menina malvada, Melissa. Merece ser castigada, não acha?
Oh, sim!
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