INTENSO DESEJO romance Capítulo 16

Eu sempre à amei. Ela era a minha garotinha de sorriso fácil e vestidos rodados, amei essa garota como se fosse do meu sangue desde que a vi pela primeira vez, mas, nunca, houve qualquer sentimento escuso até agora. Assumi a responsabilidade pela sua educação e segurança quando seus pais partiram desse mundo, mas olhando para seu rosto delicado vejo algo mais, algo novo, mas que ainda não consigo nomear. Eu ainda a amo, mas definitivamente não é um amor paternal ou qualquer merda do tipo.

Arrasto os fios de seu cabelo dourado que lhe cobrem parte da bochecha esquerda, parece que essa é a primeira vez que a vejo e não consigo parar de encará-la como um lunático, meu coração salta quando ela sorrir ainda de olhos fechados e como em um comercial de refrigerante inclina a cabeça para minha direção e abre os olhos lentamente. Nossa! Ela é de tirar o fôlego de qualquer um acordando e de repente quero ser o único a ter essa visão.

Depravado. A palavra dança em minha mente, meu peito arde de raiva alarmado com a realidade e quero rugir para o mundo e não ligar pra nada e nem ninguém além dela. O laço familiar que nos liga é completamente afetivo, não existe nada além da moral que nos impeça de sermos um do outro, aliás, não aceito minha garota sendo de mais ninguém.

— Bom dia. — Ela sussurra, a voz sonolenta a faz soar rouca e sexy.

Melissa é toda sexy.

A pouca idade não é empecilho algum, os olhos claros são com certeza a primeira coisa que chamam atenção nela, a fedelha tem uma coisa de olhar pra você e te deixar inteiramente refém, intenso pra caramba. A boca carnuda e rosada é uma coisa de tão suculenta e gostosa, quando ela morde os lábios em nervosismo é uma tentação tão grande que sinto vontade de deixá-la presa na minha cama por alguns dias. O corpo é intrigante, existem curvas se revelando aqui e ali, mas ainda não é algo gritante. —-Bom dia, Melzinha.

—Você parece carrancudo, se arrependeu? — A pergunta me pega de surpresa, estava tão concentrado em estudar seus traços que não me dei conta da cara que devo está fazendo.

Sorrio, beijando a ponta de seu nariz arrebitado.

— Apenas analisando.

-— A gente?

— Na verdade, era você. Mas temos que falar sobre o que vai acontecer a partir de agora.

Sua expressão se mantém franzida, absorvendo minha palavras uma a uma com toda a sua maturidade.

— O que vai acontecer agora? Pergunta, vejo uma oscilação em seu olhar.

Ela está com medo.

Seguro seu rosto com as duas mãos, inclino meu corpo para mais perto do seu e acaricio os lábios tão femininos.

— Não estou nenhum um pouco disposto a desistir de você, coração.

A encaro fixamente, não recuando nem na nossa aproximação e nem em minhas palavras. Isso aí, princesa. Você é minha.

— Então, a gente existe? — O sorriso se ilumina pelo seu rosto bonito e isso infla meu ego de tal maneira que resolvo sempre me esforçar para mante ela sorrindo.

Meu celular apita indicando uma ligação.

— Você não vai atender?

— Não, vou preparar o seu café.

— Ei, tá tudo bem?