INTENSO DESEJO romance Capítulo 17

Resumo de CAPÍTULO 16 - MELISSA: INTENSO DESEJO

Resumo de CAPÍTULO 16 - MELISSA – INTENSO DESEJO por Canli pop

Em CAPÍTULO 16 - MELISSA, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico INTENSO DESEJO, escrito por Canli pop, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de INTENSO DESEJO.

 O observei caminhar por toda a sala, acreditei e ansiei por sua atenção nem que fosse por míseros segundos, o fitei em silêncio e esperei pacientemente, precisando do seu sorriso cúmplice para acalmar a inquietude que se instalava em meu interior. A decepção veio em cheio quando nem um olhar de desculpas me foi direcionado, engoli o nó formado em minha garganta junto com o orgulho quando a porta foi fechada sem cerimônia, não entendi sua pressa em me deixar e julguei ser arrependimento sobre o que fizemos, talvez, tivéssemos idos longe demais para sua personalidade íntegra e ética.

Era a única explicação. Tinha de ser isso, por favor, que fosse isso. Eu tratarei de consertar quando ele chegar.

A manhã se arrastou tal como a tarde, a angústia já me dominava por completo por volta das seis da noite e meu cérebro já apresentava as últimas justificativas criativas tanto quanto torturantes para seu comportamento indecente, sim, era indecente deixar uma jovem apaixonada e inexperiente sozinha com suas ideias férteis, as lágrimas me abandonaram ao longo do dia a cada lembrança da nossa foda, porque pra mim aquele momento não era mais tido como especial ou único, foi prazer carnal e satisfatório e merecia ser chamado de foda.

Foda.

Eu o amei de alma e não só de corpo, não entreguei só minha virgindade e sim meu coração, fiz promessas e criei expectativas durante nossos beijos, mas no final tudo que me restara novamente foi a sensação de perda e a certeza de que nada voltaria a ser como antes, estou magoada e meu orgulho foi erguido. A dor retornou, no entanto, dessa vez ela trouxe o gosto da decepção e me fez sentir a fragilidade, ao invés, de força e encorajamento pra superar.

Me agarro com o retrato de mamãe e lamento por não tê-la comigo agora, ela saberia o que fazer.

Bufo.

Se meus pais ainda estivessem vivos eu não estaria nessa situação, talvez até mesmo titia ainda estivesse viva e compartilhando com Lorenzo um casamento feliz, de repente sinto raiva das circunstâncias e de tudo que colaborou para esse momento, meu amor é errado e ainda assim intenso o suficiente para continuar acesso, ignorando a todos.

A porta se abre, ou melhor ela é escancarada tamanha agressividade. O homem mais velho parece alcoolizado e carrega um semblante carregado de raiva, suas íris carameladas brilham  de forma maliciosa ao analisar meu corpo coberto por uma camisa sua.

— Será que você puxou sua tia? — Pergunta, encurtando o espaço entre nós.

O encaro confusa, seu cabelo está bagunçado e seu maxilar  trinca conforme nossos corpos se aproximam.

Meus pés me guiam para trás, leves passadas de segurança para longe dele, mas isso só parece incentivar seu avanço.

— Você bebeu. — Não é uma pergunta, seu estado é notável para qualquer um.

— Um pouco. — Responde, inclinando a cabeça para o lado, me dando um olhar rancoroso.

— Sério? — Arqueio a sobrancelha em deboche. Ele bebeu o bar inteiro.

Sorrir.

— Tem mais álcool circulando em suas veias do que sangue. — Acabo falando e um leve riso escapa de sua garganta, ele parece está se divertindo e para de andar no momento em que minhas costas encontram a parede que divide a cozinha da sala.

— Você está com medo de mim, garotinha? — Minha respiração está irregular, por isso, não respondo sua pergunta.

— Ontem a noite você parecia bem receptiva. — Ele continua a me provocar, se regozijando com minhas reações.

Fecho os olhos, sentindo minhas pernas fraquejarem com seu toque dominante em meu corpo, sua mão direita acaricia minha cintura por cima do tecido e seus lábios roçam a pele sensível do meu pescoço.

E, mais uma vez a sensação de perda me arrebata, me sinto rejeitada e novamente envergonhada.

— Não me toque. — Empurro seu peito, suas mãos me soltam e ele se afasta.

— Desculpa, princesa.

— Não me chama assim!

— Droga, Melissa!! Você não sabe o inferno que eu vivi hoje.

Observo seu rosto e meu coração aperta, ele parece está sofrendo e seus olhos lacrimejando embora ele tente disfarçar olhando para o outro lado. Quero correr para seus braços e confortá-lo, dizer que independente do que tenha acontecido eu estou aqui e tudo ficaria bem, mas meu emocional também está abalado e me falaram maturidade para encarar seu belo rosto e dizer que tudo está bem, porque droga nenhuma que tá.

— Como eu poderia saber qualquer coisa se após me deixar sozinha sem qualquer explicação, do nada, você volta e me agarra para logo depois me rejeitar?

Sinto as gotas salgadas encostarem em meus lábios, só então percebo que estou chorando mais uma vez e não sei dizer se é por ele, por mim ou por nós. Sua boca abre ameaçando falar algo, mas nenhum som sai e tudo que faço é correr para o meu quarto e para longe dele.

— Desculpa.

É tudo que escuto antes de fechar a porta e me trancar.

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