INTENSO DESEJO romance Capítulo 26

Eu mal tinha estacionado quando ela deixou o carro e saiu batendo a porta, não me esperando pra pegar o maldito elevador.

— Quero ficar sozinha, Lorenzo.

Nego. Não aceitando sua declaração. Ela não ia fugir de mim.

— Porra, Melissa. Fala comigo e vamos tentar consertar as coisas.  O que raios você estava fazendo naquele shopping, afinal? Achei que tinha te mandado ficar em casa segura.

Ela rir, mas é uma risada diferente das que ela costuma dá e não gosto disso. Soa como algo amargo e cheio de ressentimento.

— Você quer conversar? — Pergunta, parecendo não esperar realmente por uma resposta. — Tudo o que fazemos ultimamente é brigar e você não sou sua funcionária para receber ordens.

Diz, descendo os degraus para ficar mais próxima. Seus olhos começando a lacrimejar quando finalmente chega até mim.

— Você me esconde coisas, mente, recebe visitas e ligações misteriosas.

— Não é verdade. — Digo, tentando afastar a culpa e não ceder pra ela.

— Você sabe que é. — Declara, causando uma sensação amarga em minha boca.

Suas íris me fitam tristes.

— Sinto muito. — Digo.

— Me diga a verdade. — Pede, acariciando meu rosto, olhando-me com esperança e doçura.

Droga.

Ela acaba comigo.

Mas ainda não posso dar o que ela quer, não por agora, ao menos.

— Não posso. — Respondo.

— Vou dormir na Cíntia. — Diz, se afastando e voltando a escada.

O quê?

— Não vai!

— Sim, eu vou. Preciso de um tempo para pensar e ficar longe do senhor, titio.

Avanço em sua direção, agarrando-a pela cintura e forçando que me olhe.

— Não tenho nada com Sandra ou qualquer mulher, meu coração e corpo são seus. Eu sou inteiramente seu, Melissa.

Sinto seu corpo relaxar, sua respiração ficando mais perceptível aos olhos. Massageio sua barriga por cima do vestido e a vejo ofegar. Quase cedendo.

— Por favor, não vá. — Sussurro em seu ouvido.

— Me diga o que está acontecendo, sei que me esconde algo. — Pede.

— Falarei no momento certo.

Ela se solta em um movimento ríspido, pisando duro e rápido rumo ao seu quarto sem me dá qualquer chance de mantê-la presa em meus braços. Corro ao seu encalço, mas tudo que consigo é uma porta na cara.

Cacete.

Desço de volta para a sala, pegando o celular e ligando para minha advogada apressar o teste de DNA. Preciso resolver essa merda antes que seja tarde.

 Ela foi embora. Aproveitou quando eu estava trancado no escritório tomando as medidas necessárias para não perder sua guarda e fugiu.

"Estou na Cíntia. "

Foi tudo o que dizia em sua mensagem. Eu rosnei como um animal faminto, mas minha fome era de compreensão. Precisei manter todo o meu controle para não pegar a chave do carro e ir buscá-la, se ela precisa de tempo então é o que darei, preciso lembrar que minha garota ainda é muito nova e passou por muita merda ao longo de sua curta vida. Como o adulto, sou responsável pelo seu bem estar e saúde mental, levando em consideração que minha cabeça está uma droga em confusão a dela não deve está muito melhor. Sopro o ar dos meus pulmões, acariciando minhas têmporas com as pontas de meus dedos tento afastar o começo de mais uma possível dor de cabeça terrível.

Engulo o comprimido para a enxaqueca junto com a cerveja gelada, ignorando o que a combinação dos dois pode causar ao meu organismo. Dane-se, nada mais pode me derrubar.

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