Assassinada.
Essa era a única coisa que pela minha cabeça, fiquei estancado bem no meio da passagem entre a porta e o hall processando o que tinha acabado de ler. Ela tinha sido morta, minha falecida esposa tinha sido uma vítima e não a causadora. Eu tinha um suspeito em mente, o mesmo doente com quem ela estava se encontrando e provavelmente o mesmo que agora está com a minha princesa.
Melissa.
Droga, ela está em perigo.
A lembrança dela me faz retomar a consciência e voltar para o presente, com o peito sendo apertado pelo desespero encaro o rosto jovem e perdido deCíntia, a menina me olha confusa, tentando entender a aflição estampada no meu rosto.
—- Vocês realmente não tem nenhuma outra amiga onde ela possa estar? — Volto a perguntar, esperançoso que ela esteja em segurança e longe dele.
A menina nega mais uma vez.
— Ela está em perigo? — Pergunta, parecendo interpretar todas as minhas reações.
Não nego, mas também não confirmo nada. Causar pânico agora não vai me ajudar.
— Tem como ir pra casa? — Questiono.
Seus olhos estreitam com minha pergunta, me olhando como se fosse algo estúpido e desconexo para falar nesse momento.
— Preciso que esteja lá caso ela volte. — Completo, ganhando um olhar de compreensão da menina.
— Ok, mas existe algo que preciso saber? Tenho motivos pra ficar preocupada, Lorenzo?
Avalio sua postura séria e tensionada, as mãos enraizadas na cintura e penso o quanto ela sabe sobre minha relação com Mel e se é ao nosso favor. Desvio meus pensamentos e a encaro sem desviar o olhar, tentando passar uma falsa tranquilidade.
Apesar de surpreso com sua preocupação genuína para com minha garota e ficar remotamente tocado, nego assim mesmo. Não preciso de mais ninguém envolvido nisso.
— Sendo assim, estou indo, mas peça pra ela me ligar assim que chegar, ok?
Assinto e ela se vai, não totalmente convencida sobre o que está acontecendo, no entanto, sem mais perguntas.
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