INTENSO DESEJO romance Capítulo 36

Resumo de CAPÍTULO 35 -LORENZO: INTENSO DESEJO

Resumo do capítulo CAPÍTULO 35 -LORENZO do livro INTENSO DESEJO de Canli pop

Descubra os acontecimentos mais importantes de CAPÍTULO 35 -LORENZO, um capítulo repleto de surpresas no consagrado romance INTENSO DESEJO. Com a escrita envolvente de Canli pop, esta obra-prima do gênero Erótico continua a emocionar e surpreender a cada página.

Nunca passou pela minha cabeça que deixar alguém partir seria tão difícil, mas quando você ama alguém de verdade e essa pessoa precisa bater asas e voar, então você só sorrir e acenar, torcendo para que

ela volte o mais rápido possível e não perceba que você está destruído por dentro, dando o seu máximo para não subir a merda da escada rolante e trazê-la de volta para seus braços.

PORRA!

Mas, aí, no exato momento que seu pé ameaça se mexer, ela vira e te dá o melhor sorriso de todos os tempos, enquanto aperta forte a maldita corrente que você lhe deu de presente como se fosse uma promessa.

Eu sou sua.

Eu vou voltar.

Sou sua.

E tudo que você pode fazer é sorrir de volta, pressionar com mais força a aliança solta no bolso da frente de sua calça jeans e torcer para que a promessa se cumpra.

E assim, com o coração quase saindo pela boca, com a merda da aliança que voltei no shopping só pra comprar pesando uma tonelada, a vejo partir.

Cacete. Essa merda dói para um caralho.

A gente se ama, o tesão é uma loucura e mesmo assim estamos escolhendo ficar longe um do outro, parece uma completa idiotice nesse exato momento.

Maturidade emocional é uma coisa desgraçada, te faz sangrar por dentro mesmo fazendo o certo.

Faz mais de uma hora que o avião dela partiu, mas ainda estou sentado no aeroporto sem acreditar que ela realmente se foi e eu deixei.

Faz mais de dois meses desde que conversamos e concluímos que estava tudo bem, ela ficou até o natal, fizemos amor debaixo da árvore e fodemos na cozinha de madrugada, comi rabanada a noite toda.

Mas agora, quando tudo está realmente acontecendo não estou sabendo processar. Por mais que eu tenha tentado conviver com ideia esses meses, não consigo voltar pra casa.

— Moço, você está bem? — Um adolescente, moreno e com trajes formais pergunta. Encaro seu rosto em silêncio por alguns segundos, procurando uma resposta para sua simples pergunta.

Eu estou bem?

— Senhor, quer que eu chame alguém? — O rapaz pergunta, me olhando com preocupação e uma certa curiosidade.

Por dera, um homem do meu tamanho chorando sozinho no meio de um aeroporto é de chamar atenção mesmo.

— Não precisa. — Falo, enxugando as lágrimas com o dorso da mão e me levantando, tratando de manter a postura de forte.

— Tem certeza? Posso chamar minha mãe. — Fala, me fazendo levantar uma sobrancelha em questionamento.

Ele dá de ombros, como se a resposta fosse óbvia.

— Ela tem bons conselhos amorosos, sempre me ajuda.

Aquilo me fez sorrir.

— E que tipos de problemas amorosos uma criança teria? — Pergunto, debochado.

Ele fecha a expressão por no mínimo cinco segundos e suspira alto, impaciente comigo.

— Típico dos adultos, vocês nunca dão créditos para nós jovens. Acham que pela pouca idade não temos o direito de formar boas opiniões, acontece que mesmo tendo apenas quinze, já me apaixonei e tive minha cota com decepções. Provavelmente não foi o grande trauma da minha vida e nem lembro mais da garota, mas não significa que não tenho respaldo algum para lhe dá um bom conselho. Eu apenas quis ser gentil e ajudá-lo.

Aceno, envergonhado. Até porque a garota que fisgou meu coração e pau é só um pouco mais velha que ele.

Bagunço meus cabelos sem jeito, tentando evitar os olhos castanhos escuros do garoto.

Só estou sendo a merda de um grande hipócrita.

— Você tem razão, sinto muito. Não precisa chamar sua mãe, também não estou decepcionado, apenas desolado.

— Por quê? — O jovem pergunta.

Suspiro, ficando um pouco desconfortável e envergonhado por querer desabafar com alguém com a metade da minha idade no meio de um aeroporto.

“Sua sobrinha era só um ano mais velha e você estava enfiando seu pau e gozando fundo nela.”

O pensamento traz de volta uma sensação enterrada há muito tempo.

Culpa.

Nojo.

— Lorenzo.

Aperto sua mão e sigo para a saída do lugar, ouvindo os gritos que concluo ser de sua mãe chamando por ele, sorrio, ela parece braba.

Chego no meu apartamento quarenta minutos depois, sentindo meu corpo sóbrio demais para encarar a noite de solidão. Direciono meus olhos para o pequeno bar perto do meu escritório, mas cesso meus passos quando percebo que álcool é só uma solução passageira.

Todo esse tempo agi como se compreendesse verdadeiramente os motivos da partida de Mel, no entanto, no fundo achava que ela não teria coragem de partir e me deixar, fui a merda de um escroto duvidando que os motivos dela eram realmente plausíveis.

Não levei em consideração o quanto deve ser difícil embarcar em um relacionamento com um cara bem mais velho, que até um tempo atrás era casado com sua tia morta, ainda mais sendo escondida e recebendo apenas migalhas.

Mel merece ser exibida, todos devem ver o quanto incrível ela é. Minha menina não merece nada menos que o melhor, e droga, eu quero ser o MELHOR pra ela.

Decido dormir em seu quarto, sentir seu cheiro vai amenizar o aperto em meu peito. Estou mais confiante e certo do que fazer agora, vou pedir para Sandra agilizar a papelada.

Retiro a roupas e deito, não pensando que vou realmente conseguir pregar os olhos e cair no sono.

Um ano. Esse é todo o tempo que vou esperar antes de ir atrás dela, será o tempo necessário para que alcance a maioridade e tome as rédeas da própria vida.

[...]

Um ano e cinco dias depois.

Observo da minha sacada o aglomerado de pessoas lá embaixo, correndo de um lugar para o outro para preparar as festividades do fim de ano a tempo. A contagem regressiva já começou e me preparo para passar a virada na cozinha do meu restaurante principal, desde que minha Mel foi embora mergulhei no trabalho, mas não na parte burocrática como antes, voltei para ativa e mergulhei a mão na massa literalmente.

Voltar a cozinhar diariamente me fez perceber o quanto senti falar disso, me fez voltar ao começo da minha carreira e reencontrar um Lorenzo adormecido aqui dentro.

Termino de abotoar minha blusa social e me preparo para encarar um restaurante lotado e clientes exigentes, todas as vagas para o almoço foram preenchidas assim como para o jantar.

A campainha toca e me tira dos devaneios, franzo o cenho estranhando, não espero por ninguém.

Ainda assim, corro para abrir a porta e me livrar de quem quer que seja, mas assim que abro a porta meu coração para as batidas.

Pisco meus olhos, esfregando ambos com as pontas dos meus dedos sem acreditar no que vejo.

— Oi.

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