Resumo de CAPÍTULO 36 - MELISSA – INTENSO DESEJO por Canli pop
Em CAPÍTULO 36 - MELISSA, um capítulo marcante do aclamado romance de Erótico INTENSO DESEJO, escrito por Canli pop, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de INTENSO DESEJO.
Um dia e algumas horas antes...
Me sinto mais insegura nesse momento do que me senti há um ano, quando disse tchau para o homem que amo e coloquei alguns quilômetros de distância entre nós. Na verdade, eu me sinto extremamente nervosa por está voltando pra ele agora, após tanto tempo longe.
Tenho medo que o sentimento não seja o mesmo. Que alguém tenha entrado em sua vida e não haja mais espaço pra mim, embora ele afirme em todas as ligações que não existe ninguém.
Suspiro, encarando a passagem em minhas mãos.
Se tudo ocorrer bem, amanhã de manhã estarei em seus braços.
Foram longos doze meses, decidimos que eu não voltaria até que estivesse pronta e decidida sobre o que quero pra mim.
Bufo.
Eu quero ele.
Eu não voltei pras férias, nem pro meu aniversário ou pra comemorar o dele. Nem sequer voltei para o memorial de um ano da morte de titia, embora eu tenha sentido uma enorme vontade de ter ido em cada uma dessas ocasiões, sabia que no exato momento que o visse não retornaria de volta para a escola e voltaríamos para o início de tudo.
Eu fiquei. Ele aceitou.
Apesar de que sua passividade me decepcionou no começo, compreendi que ele estava me dando espaço e tentando fazer o melhor pra mim.
Pego meu celular que estava ao meu lado na cama e abro em imagens, clicando no álbum com suas fotos. Um sorriso me escapa quando a sua imagem sem camisa aparece, amplio um pouco mais, dando um zoom no peitoral musculoso e subindo pro rosto sexy e sonolento. Essa é uma das minhas fotos favoritas dele, um dos motivos é que fui eu a tirá-la.
— Sorriso bobo, porém safado. Pupilas dilatadas ... Hum. Você está vendo pornô ou as fotos do seu tio gostoso novamente?
Me sobressalto, deixando o celular cair no meu peito, assustada com a facilidade que Cíntia tem em entrar nos lugares sem ser notada. Os passos dessa criatura são tão baixos que são praticamente imperceptíveis.
— Que susto! — Digo, tentando controlar minha respiração.
— Céus! Ele te mandou nudes? — Ela pergunta com os olhos arregalados
.
Franzo a testa, tentando entender de quem ela fala.
— Seu tio, bobona. Você tá vendo as fotos peladas dele, não é? — Diz, mostrando todos os dentes em um sorriso convencido. — Posso ver?
Ela pula em cima de mim, capturando meu celular antes que eu tenha tempo para uma defesa.
— O quê? Não! — Digo, tentando puxar o celular das suas mãos.
— Ah, eu já vi essa. — Diz, fitando a foto que eu estava vendo um minuto atrás.
Paro, processando suas palavras.
— Viu? — Pergunto.
— Sim, você dorme olhando pra ela. — Fala, devolvendo o celular de volta para as minhas mãos. — Tenho sempre que tirar o aparelho de cima de você e colocar na sua mesinha, então acabo vendo. Infelizmente nunca vi um nude por completo. — Diz tristonha e eu fecho a cara.
Ela rir, na verdade, começa a gargalhar alto me olhando.
— Tô brincando, Melissa. — Fala, levantando as mãos para o alto em rendição. — Bem, o lance de que você dorme olhando para as fotos dele e que eu preciso retirar o celular da sua cara é verdade.
Me mantenho em silêncio, sentindo minhas bochechas.
Sou tão patética.
— Não precisa ficar assim, amiga. Eu sou sua best e sei de tudo sobre vocês, também entendo que esteja morrendo de saudade daquele gostoso, aliás, não sei porque não foi vê-lo. — Franze a testa, mostrando ainda está confusa sobre minha decisão.
A olho, me sentindo mais à vontade agora que ela me relembrou que não existem motivos para que eu me envergonhe ou tenha medo, Cíntia é minha amiga e sabe tudo sobre o que aconteceu entre Lorenzo e eu, cuidei de contar assim que cheguei e me hospedei em sua casa por alguns dias antes de nos mudarmos para o apartamento que ele me deu. No primeiro instante, a garota ficou em choque e começou a gargalhar, me perguntando sobre tamanhos e como pude guardar tamanho segredo dela.
Bem, não é como se eu não quisesse contar, era apenas maior do que nós dois e ninguém devia saber.
Contei também sobre o envolvimento de tia Solange com meu pai, a maneira que ele escolheu para me revelar tal segredo e de como me senti enganada até mesmo por Enzo. Ela me abraçou e chorou comigo, naquele momento percebi o quanto aquela conversa me aliviou. Revelei pra ela que meu pai era justamente o homem que viu espiando minha porta naquele dia que foi me visitar, por isso Lorenzo reagiu daquela maneira.
— Só quero voltar para casa agora, farei faculdade, mas não agora e certamente, não tão longe.
— Eu te amo, Melzinha.
— Eu também, garota endiabrada. Eu também.
Minhas mãos estão suadas e trêmulas, meus olhos fixos na porta escura enquanto engulo com dificuldade. O táxi me deixou em frente ao meu antigo prédio faz alguns minutos e estou reunindo coragem para tocar a campainha desde então. Puxo o ar para os meus pulmões, tomada por um ato de coragem resolvo bater na porta.
Não consigo escutar se ele está vindo, nem ao menos sei se está em casa ou acompanhado.
Que ele esteja sozinho. Fecho os olhos e começo a contar até dez para controlar a ansiedade.
A porta se abre no exato momento que minha contagem chega ao número oito. Meu estômago revira como se borboletas estivessem batendo suas asas, meus olhos alcançam as íris cor caramelo e controlo um gemido. Ele me encara atônito, como se estivesse vendo um fantasma bem na sua frente. Como se suas retinas estivessem o enganando e ele não pode acreditar no que vê.
Penso nas milhares de coisas que ensaiei pra dizer quando o encontrasse, abro e fecho a boca várias vezes até que tomo coragem e digo a mais estúpida.
— Oi.
Os olhos dele se desviam dos meus e caem direto para o meu cabelo, posso ouvir um rugido sair de seus lábios enquanto ele parece analisar o corte recente que dei aos meus fios. Um brilho novo aparece em suas retinas e aperto com mais força a alça da minha mala.
Agora é minha vez de emitir um som, apesar de sair mais parecido com um grunhido sofrido. Saudoso. Urgente.
Minha pele está queimando com toda sua protelação, ele ainda não falou nada, mas está me deixando em chamas com seu olhar analítico, não deixando nada fora de sua checagem. Meu corpo está coberto por uma blusa simples de seda cor champagne tendo um blazer preto com pequenos cristais formando listras por cima, chegando até a altura da minha bunda onde visto uma calça jeans de lavagem escura, mas me sinto nua.
—Você cortou o cabelo. — Diz, o tom três quartos mais grave.
Não respondo, tendo a certeza de que não foi uma pergunta.
A mão grande agarra minha nuca, subindo até mergulhar seus dedos entre meus fios e puxar com força.
Um sorriso maldoso toma seus lábios quando solto um gemido de dor, sendo substituído por um de prazer logo em seguida.
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