Jogo de Intrigas romance Capítulo 48

Não consigo me mexer, admirando a beleza viril de Theodoro, ao sair do banheiro com uma toalha amarrada na cintura.

Quando ele me vê, seus olhos brilham luxuriosos.

— Pequena, você demorou essa noite, mas está fantástica.

Sentada na cama do quarto principal, usando uma camisola negra de seda e um robe combinando, meu coração acelera ao ouvi-lo tão carinhoso. Entram em contraste o cappo sanguinário com o sexy, intenso e apaixonado homem a minha frente. O cabelo molhado e a barba por fazer fazem meu peito inflar quando eu me encho de vontade de tocá-los.

— Diga que acredita em mim.

— O que?

— Diga que confia em mim, que sabe que eu nunca teria planejado sua morte — exijo, rouca, em meio a penumbra do quarto.

Theo vacila e fica em silêncio. Então dá alguns passos adiante, pés descalços sobre o piso, até parar de frente a poucos centímetros de mim. 

— Vitória? O que aconteceu?

Ah, meu amor. Aconteceu tanta coisa... mas eu não posso te contar nem a metade delas.

— Estou pedindo... não, estou implorando,  Theo — minha voz sai destroçada quando os meus olhos se fixam no seu belo rosto atormentado. — Como pode acreditar que eu seria capaz? De verdade, eu sempre amei você. Nunca amei outro homem... nunca sequer pertenci a outro homem. 

— Eu também sempre amei você — ele grunhe, estendendo a mão para tocar o meu rosto, mas eu me esquivo. Ele me olha, atônito. — Puta que pariu, o que está havendo, Vitória? Que porra é essa agora?

Está angustiado, desesperado. O ar entre nós crepita como fogo em uma lareira. Mal sabe Theodoro que sou eu que tenho motivos para estar a ponto de estourar.

— Seu amor não foi forte o bastante — balbucio, embargada, olhando fixo para os meus pés descalços no chão. — Seu coração nunca aprendeu a confiar, cappo.

Ele corre as mãos pelos cabelos, frustrado e furioso. 

— Confiei em você, uma vez, e estou disposto a confiar de novo, eu já falei, Vitória. Vamos esquecer as mágoas do passado, caralho! Eu te amo e estou fazendo tudo para ficar com você.

— Esse é o seu erro — arquejo, ofegante, sentindo o quarto girar. Que merda está acontecendo? A pressão é tão grande que chego a achar que vou vomitar. — Você não precisava fazer mais nada além de ouvir seu coração, Theo. E eu não acredito que ele esteja dizendo que eu sou a culpada.

— O coração engana, Vitória. Os instintos falham. No final, tudo em que podemos confiar são nos fatos. E eu vi você muito a vontade na biblioteca de Isabela com Rico Salazar. Como explica isso?

Eu poderia dizer a verdade. Poderia dizer que seu inimigo veio tentar um acordo comigo, mas até ele supôs que eu era leal o bastante para nunca trair meu marido. Rico Salazar sabia disso... mas Theodoro não.

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