Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 11

CAPÍTULO 11

Tamanho da Enrascada

Narrado por Kevin

Para curar uma ferida tens que deixar de lhe tocar.

Chego na minha sala e já tenho o cuzão do Gustavo à minha espera.

Gustavo é meu amigo de infância, crescemos juntos, andamos na escola juntos, somos os melhores amigos um do outro.

Ele é meu sócio aqui na empresa e é ele que trata da parte financeira, eu trato dos clientes e de os convencer que a melhor escolha é mesmo a " Macsoft and Productions".

Gustavo está sentado na minha poltrona, encostado para trás e com os pés em cima da minha mesa.

— Mas tu és um abusado mesmo. — falo ao entrar na minha sala — Pensas o quê? Que a minha sala é uma esplanada?

Dou um safanão nos seus pés que caem da mesa abaixo.

— Hein mané, deixa de ser birrento, parece menina. — ele diz se ajeitando.

Olho direto para ele.

— Confortável? — pergunto ao erguer uma sobrancelha.

— Bastante. — ele diz sorrindo.

— Cai fora da minha cadeira agora seu folgado.

Ele se levanta e ri.

— Estressado, cruz credo.

Ele dá a volta na minha mesa e se senta na cadeira em frente, enquanto eu me sento na minha cadeira.

— Caralho, mas afinal há quanto tempo tu estás aqui sentado?

— Há um bocado, porquê? — ele pergunta curioso.

— Porque está quente pra cacete o assento, mas tu não tens trabalho para fazer? Para estares aqui a fazer tempo?

— Estava aqui à tua espera para me contares as novidades né! Voltaste da Alemanha, e ainda não te dignaste a me contar o que lá se passou e como foi. — ele pergunta, visivelmente curioso.

Eu coloco os meus braços em cima da secretária e me chego para a frente.

— E eu gostava de saber onde tu conheces estas merdas Gustavo. Leilões de mulheres?? Eu até pensei que tu estivesses a gozar comigo e eu fui na brincadeira, mas imagina a merda da minha cara, quando vejo realmente entrar uma garota naquele salão?

— Pelo menos a visão era bonita? — pergunta gozão.

— Mas tu és muito otário caralho. — falo me encostando para trás.

— Que foi? Comeste e não gostaste? Foi isso?

— Tu tens noção, assim, — faço movimento com os meus dedos perto um do outro — do tamanho da enrascada que tu me meteste, seu veado de merda.

— Mas porquê? — ele pergunta surpreso — Para ser sincero contigo, eu nem nunca pensei que tu comprasses mesmo uma mulher no leilão, foi mesmo para brincar contigo, mas para minha grande surpresa, tu deves ter dado uma fortuna, por uma virgem. Agora te pergunto meu amigo, porquê?

— Porque quando ela entrou, vi o quanto ela sofria e estava desprotegida. O pai dela estava a vender a sua filha, como se de gado ela se tratasse. Os homens ali, mal ela entrou, percebi logo o quanto eles estavam excitados só de olhar para ela, eles iriam desfazer todos os sonhos de uma menina virgem, Gustavo.

Ele olha para mim com cara de anta.

— Porque me olhas com essa cara de zebra com sede!

— Porque estou aqui a tentar perceber, o que isso te interessa? Desde quando tu és defensor das virgens? — e começa a rir feito um idiota retardado — Estou aqui a imaginar, tu, o defensor das virgens inocentes. — coloca o braço no ar, como se estivesse a escrever num cartaz.

Idiota.

— Mas tu és muito estúpido, às vezes me pergunto como tu podes ser o meu melhor amigo, eu devo ter um problema muito grave, para ter um amigo como tu.

Puxo o meu notebook para a minha frente, pronto para trabalhar.

Gustavo encurta o seu olhar para mim.

— Tu estás apaixonado pela garota, Kevin Macwire? — ele faz a pergunta ainda mais idiota que ele e ri.

— Mas tu és louco? — falo alterado — Apaixonado? Eu não vou mais me apaixonar Gustavo, tu sabes isso.

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