Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 20

CAPÍTULO 20

O Leilão II

Narrado por Alyson

Não temerei o que virá, a minha esperança está em ti

Entramos no teatro escoltados pelos dois seguranças.

— Ela tem mesmo que passar por isto? — o Kevin pergunta — De novo?

— São as regras Senhor Macwire, — o segurança responde — a Senhorita Alyson tem que ir para o seu lugar, no meio do palco está uma poltrona confortável para a Senhorita estar, o Senhor tem que ir para a plateia para poder participar no leilão. — ele explica tudo — Agora preciso de levar os documentos que lhe foram entregues, no dia que levou a Senhorita Alyson.

Kevin lhe entrega o contrato.

O segurança dá uma olhada a ver se está tudo certo.

— Muito bem, um novo contrato será redigido mal se saiba quem deu o maior lance e fique com a Senhorita.

— Podem redigir, serei eu a levar a Alyson de novo para casa. — ele fala todo confiante.

Ele nos olha.

— Espero realmente que sim, Senhor Macwire.

Uma sombra passa pelos seus olhos.

— Vamos então. — ele me diz.

Abraço o Kevin bem apertado, como se fosse a última vez que o faria.

— Calma, daqui a pouco estaremos de novo juntos. — ela fala calmo.

— Kevin, se por acaso isso não acontecer, quero que saibas que te amo.

Eu disse, está dito.

Eu amo ele mesmo, e não tem porque eu o esconder mais.

Ele sorri.

— Ainda bem, não queria ser o único a amar. — ele segura no meu rosto e me beija, encosta a sua testa na minha e diz — Eu também te amo, minha princesa.

Aquela frase alegra todo o meu ser.

Ele me ama e eu o amo, ele vai conseguir dar o maior lance e eu vou voltar com ele de novo e agora sim, vamos nos entregar um ao outro sem medo de nada.

— Vou mandar trocar essa bosta de contrato e fazer com que tu não tenhas que passar nunca mais na tua vida, por esta humilhação, por esta situação que ninguém devia passar.

Eu tenho esperança que agora sim, tudo vai correr bem.

— Confias em mim? — ele pergunta.

— Confio a minha vida nas tuas mãos.

E assim eu entro por uma porta enorme, que se abre na minha frente, olho para trás antes de a mesma se fechar e ainda o vejo ali de pé a sorrir para mim.

O sorriso que me irei lembrar sempre, o sorriso que vai povoar a minha mente nas noites frias e solitárias da minha vida, que vai vir na minha mente, nos piores momentos onde viverei o inferno.

Será que vou mesmo conhecer o inferno? Ou a vida tem algo a mais para mim?

Eu Estou Entregue aos Lobos

Narrado por Alyson

A mentira pode salvar o teu presente, mas mata o teu futuro

Depois de as portas se fecharem com força, sou encaminhada para a tal poltrona confortável.

Esta não é vermelha mas sim preta e sim é confortável, mas eu não me sinto minimamente confortável aqui.

Quero que isto acabe logo e que o Kevin me leve daqui o mais rápido possível.

As cortinas se abrem e eu vejo à volta de uns 50 homens, talvez mais, não sei, porque os meus olhos só querem ver mesmo o Kevin e mais ninguém.

Mas sinto um enorme aperto quando não o vejo, não o vejo em nenhum lado.

Porque será que ele ainda não entrou? Estará a tratar do contrato?

Nada que encoraje estes tarados para me comprarem, mas o lance já vai alto.

Percebo que muitos já desistiram, e ouço eles falarem.

—Ela não pode valer tanto, já nem é mais virgem. — diz um.

—Pois é, mas é gostosa, olhem só para aquela boquinha? Imagino o que ela consegue fazer com ela.

Eles riem que nem uns depravados e porcos que eles são.

Deus me ajude, porque eu estou entregue aos lobos, famintos de desejo e sexo.

— Vendida, ao Senhor lá do fundo.

Estava tão distraída com os meus pensamentos que nem me apercebi do lance final.

Olho, com esperança que seja o Kevin, que tenha sido ele a conseguir o último e derradeiro lance, e que eu volte para casa agora mesmo com ele.

Mas todas as minhas esperanças caem por terra, quando vejo um homem com mais de 55 anos se levantar.

Ele desce a escadaria no seu passo seguro.

É um homem baixo, atarracado e com cara de mete nojo.

O olhar que ele me deita, me faz estremecer dos pés à cabeça.

Ele chega perto do homem do martelo, assina os papéis e me chama.

—Vamos lá menina, não tenho a vida toda e ainda há muito caminho para percorrer.

Eu fico estática, parada, não me consigo sequer mexer.

Sinto a mão do segurança me puxar para cima delicadamente.

— Vá Senhorita Alyson, não há mais nada a fazer, ele a comprou, agora tem que ir com ele. Espero que não seja assim tão mau. — ele diz tudo isto baixo, só para eu ouvir.

Me dá um sorriso para me encorajar, mas eu tenho tudo, menos coragem.

Estou apavorada, com a proximidade dele. Ele segura na minha mão e me puxa com brutalidade e eu vou, em passo indeciso, rumo ao desconhecido, que me parece muito mau nas mãos deste mal encarado.