Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 23

CAPÍTULO 23

Asno

Narrado por Kevin

As ações das pessoas, por vezes são difíceis de entender

Acordo com uma terrível dor de cabeça.

Abro os olhos e estou em um lugar que não conheço.

Parece uma sala de fantasias, porque tem vários fatos que até parecem de carnaval.

Na porta vejo um homem, mas não consigo perceber quem é, até ele falar.

— Estava a ver que tinha que ficar aqui toda a noite, bela adormecida. — Jack resmunga.

— Onde é que eu estou? — pergunto, tentando me mexer, mas percebo que estou amarrado — Mas afinal que merda é esta? — olho para os meus pulsos que estão presos com algemas.

— Calma, Senhor Macwire, está numa sala aqui mesmo ainda no teatro e estar preso é necessário, para o seu bem. — ele fala irônico.

— Para o meu bem, ou para o seu bem? Porque se eu não tivesse amarrado eu já tinha partido a sua cara. — digo raivoso.

Ele ri debochado.

— Por isso mesmo está preso.

Mas que raiva deste homem nojento.

— Só fiquei aqui para lhe informar, que aquela que você teve durante um ano…

Eu o interrompo.

— Aquela que eu tive um ano, é sua filha, seu desgraçado. Como pode fazer isso à sua própria filha? — pergunto pasmo com este homem.

— Minha filha? Ah Kevin Macwire, como todos estão tão longe da realidade. Mas agora isso não importa, só lhe queria dizer que aquela lá, já foi vendida e a esta hora já está bem longe daqui. — ele diz vitorioso — Finalmente agora sim, ela vai só ver como é ser maltratada, uma autêntica escrava, tanto sexual como nas lidas da casa. Até orgias ela vai ser obrigada a fazer.

— FILHO DA PUTA, COMO PODES FAZER ISSO, SOLTA-ME QUE EU TE MATO, COM AS MINHAS PRÓPRIAS MÃOS SEU ASNO.

Ele ri.

— Já imaginou só, o que ela vai passar? — ele continua a provocar-me — Ser obrigada a estar com montes de homens e mulheres, tudo ao mesmo tempo? AHAHAHAH.

Ele gargalha e sai.

— VEM CÁ SEU MONSTRO, DIZ-ME ONDE ELA ESTÁ. — falo desesperado.

Ele olha para trás e diz.

— Nunca.

E sai batendo com a porta.

— AHHHHH, EU VOU-TE MATAR SEU CABRÃO DE MERDA.

Fiquei ali algum tempo a barafustar.

Até que dois homens entraram, me voltaram a injectar uma merda e eu voltei a adormecer.

O Menino

Narrado por Kevin

Proteger vem do coração, por isso eu te protejo

—Senhor? Senhor?

Sinto alguém a cutucar no meu ombro.

Acordo dando um salto.

Vejo que é de noite, estou sentado na calçada como se eu fosse um mendigo.

Olho para o lado, a ver quem me chama.

Vejo um rapazinho que me olha curioso.

— O senhor está bem? — ele me pergunta.

Tento me levantar mas a minha cabeça quase que explode de tanta dor.

Faço uma careta e sinto as pequenas mãos do menino a ajudar-me a levantar.

Claro que ele não tem força para mim, mas só o facto de ele ser tão amável, me deixa interessado na sua pequena pessoa.

A muito custo, lá consigo me levantar do chão.

Apoio a minha mão na parede e o observo.

— Que idade tu tens rapaz?

— Oito anos senhor. — ele responde educado.

— E o que fazes tu na rua a estas horas da noite?

Olho para os lados, a ver se ele está acompanhado ou sozinho, mas não vejo ninguém ali perto, o que me faz ter a certeza que está sozinho.

Volto a olhar para ele, que está de cabeça baixa e olha para os seus pés, enquanto os mexe nervoso.

— Porque estás sozinho na rua de noite? — pergunto calmamente.

— Porque eu não tenho ninguém e a minha mãe está no hospital. — ele responde baixo, sem olhar para mim, continua a fitar os pés.

— Queres comer alguma coisa? — pergunto afável.

Ele me olha de imediato.

— Se não incomodar o senhor, eu gostaria muito.

Ele é realmente um menino muito educado, e isso é de louvar quem o criou tão bem.

— Vamos então, mas primeiro deixa-me ir comprar uns comprimidos, para a minha dor de cabeça. — digo aflito.

— Ali há uma farmácia. — ele aponta para o outro lado da rua, e eu dou graças a Deus por ser ali tão perto.

Depois de ir à farmácia e de tomar o comprimido, agora é esperar que passe a dor.

Chamo um carro de aplicativo e o levo a um café que eu conheço.

É bem sossegado e eu gosto de vir aqui, tanto que até já me conhecem.

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