Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 35

CAPÍTULO 35

Pontinha de Remorsos? Não

Narrado por Brian

Não te afundes em remorsos, muda e vive

Pode até ter sido errado o nosso beijo, mas eu fiquei com a sensação de que quero mais, muito mais.

Queria isto, desde a noite que os meus olhos caíram nela.

Ela mexeu comigo de uma maneira insana.

Mesmo estando um frio de rachar, o calor que saía do corpo dela me deixou louco de desejo.

O nosso beijo foi pura e simplesmente perfeito.

Agora aqui debaixo do chuveiro, a minha mão desliza por toda a extensão do meu pau.

Imagino a Alyson aqui, a fazer isso com as suas mãos quentes e macias.

Fecho os olhos e gemo, só de imaginar ele a entrar na boca dela é ela o chupar com vontade.

Gozo de imediato, só com a força da minha mente.

— Merda, — falo frustrado — ela é perfeita.

Acabo o meu banho, saio do box, vou vestir os meus boxers e me deito na cama, a fitar o teto em cima de mim.

Não sei quanto tempo estive ali, até ser interrompido pelo som de uma mensagem a chegar no meu telemóvel.

É a Sabrina.

"— Oi amor, feliz ano novo, te amo."

Sinto uma pontinha de remorsos, mas apenas isso, uma pontinha muito pequena.

Nem respondo, vou fingir que nem vi, amanhã ligo para ela.

Arranjar uma Desculpa

Narrado por Sabrina

O fruto proibido é o mais apetecido.

Paris é fantástica, uma cidade onde nos divertimos muito.

Neste desfile entrou um novo colega para a nossa comitiva.

Um francês, que é um gato em todos os sentidos.

Sim, eu sei, sou comprometida, mas não sou cega não é?

Michel é o seu nome, um bonitão com 22 anos, dono de um corpo escultural e uma beleza fantástica.

A sua pele negra, realça naquele corpo de perder o foco, só e apenas de olhar.

Nos demos bem logo de início, temos conversado muito e temos também, passado muito tempo juntos.

E agora estamos aqui a dançar, na noite do réveillon, a divertimo-nos e muito.

Há um clima entre nós dois e não posso negar o quanto ele me fascina.

No meio da pista de dança ele segura a minha cintura, chega a sua boca perto do meu ouvido e fala o que eu no fundo quero ouvir desde que o conheci.

— Quero ficar contigo esta noite, Sabrina.

Fala aquilo e olha nos meu olhos logo de seguida, me fazendo vibrar de tesão por ele.

Eu engulo em seco e penso que tenho namorado, ele pode não ter, mas eu tenho.

Saio de perto do Michel e tento arranjar uma desculpa, para não me envolver com ele.

Pego no meu telemóvel e mando uma mensagem ao Brian.

"—Oi amor, feliz ano novo, te amo."

Pensei que ao mandar a mensagem para o meu namorado, me batia o arrependimento de estar a ter este comportamento com o Michel e me faria mudar o meu pensamento dele.

Mas do Brian, nem resposta tenho.

Levanto o meu olhar e vejo o Michel no bar a olhar para mim, com o seu ar de safado gostoso.

— Ah, queres saber? — digo para mim mesma — Que se foda.

O Melhor Amigo

Narrado por Brian

A nossa amizade, é uma sorte imensa.

— Bom dia Brian. — ela me cumprimenta, ao entrar na minha sala.

Lara é minha secretária, desde que fundei a empresa há 4 anos atrás.

É uma senhora com 50 anos e tem um currículo invejável, adoro o seu trabalho, uma excelente profissional.

Tem sido o meu braço direito aqui na empresa.

— Bom dia Lara, está tudo pronto para a reunião agora das 10h30 da manhã?

— Tudo pronto, a sala de reuniões está como o Brian gosta, ar condicionado ligado no quentinho, águas e café pronto a ser servido.

— A Lara é a melhor, — falo sorrindo — sem dúvida alguma.

Ela ri.

Pegamos nos nossos notebooks e vamos então para a reunião.

Ao chegar lá, vejo o Aaron a chegar também.

— Já estás cá hoje? — pergunto surpreso de o ver na sala de reuniões, 10 minutos antes da reunião começar.

Aaron é meu amigo de infância, andamos na mesma escola e crescemos juntos, fizemos o mesmo curso e fundamos juntos a empresa, com a ajuda dos nossos pais.

Ele é o meu melhor amigo e sabemos tudo um do outro.

— Fui expulso da minha própria cama. — ele fala emburrado.

A Lara ri e eu fico a olhar para ele, sem entender nada.

— O quê?

— Pois é, a maluca da Elena teve um desejo doido como ela. Morangos gente, — ele fala exasperado — morangos. Onde ela pensa que vou arranjar morangos nesta época do ano? Estamos em Janeiro! A época desses benditos é de Maio a Junho.

— Santo Deus, realmente tens aí o caso bem bicudo. — digo o gozando.

— Tu gozas. — ele bufa frustrado — Ninguém me entende.

— Por Deus Aaron, parece uma criança a fazer birra.

— Vocês falam porque não têm uma grávida louca na vossa casa.

Pois é, a Elena e o Aaron casaram há um ano e meio e ela está grávida de três meses e meio, mas desde o início da gravidez que tem desejos por coisas, principalmente frutas fora da época, Aaron fica louco com ela, coitado.

— Bem, eu acho que te posso ajudar. — digo, tentando acalmar o meu pobre amigo — Tenho lá morangos na fazenda, são é de estufa, nós temos porque a Bri faz muito doce de morango, se quiseres arranjo.

Os olhos do meu amigo brilham de alegria.

— Caramba Brian, acabaste de salvar a minha vida. A grávida sem noção, falou antes de eu sair de casa, que eu só entrava em casa se levasse os malditos morangos. —- ele fala chateado.

— Então é melhor os ires buscar antes de voltar para casa, não é?

— Sem dúvida. — ele fala mais calmo.

Começam a entrar os clientes e a reunião começa então.

Frustrado

Narrado por Brian

Cria tudo, mas não crie expectativas.

Coloco a minha mão no seu ombro, fazendo com que ela volte a olhar para mim.

— Não, não está, eu sinto que tu estás chateada comigo. — falo triste.

— Eu só me sinto sem jeito ao pé de ti, desde que aconteceu aquele beijo entre nós.

— Mas porquê? Não matámos ninguém Alyson.

— Mas tu és comprometido e eu…— faz uma pausa — eu sou apenas uma garota estúpida, que estou aqui de passagem.

Eu agarro nos dois ombros dela e olho diretamente nos seus olhos castanhos, grandes e bonitos.

— Tu não és nenhuma garota estúpida, e para mim és… és… — abaixo um pouco a minha voz — muito importante para mim.

— Eu sou importante para ti? Mas como e porquê?

— Alyson eu não consigo parar de pensar em ti, e desde que nos beijamos e eu senti a tua boca na minha, que eu só quero voltar a ter aquela sensação tão boa de te beijar, de te sentir.— falo sincero.

Ela me olha pasma.

— Mas Brian, a tua namorada é linda.

— Ela até pode ser muito linda por fora, mas por dentro ela não me cativa, já não, tu já provaste do veneno dela.

— Mas não deixa de ser tua namorada e…

Calo-me, ao ver aquela louca de quem estamos a falar a chegar, sair do carro e olhar para nós com aquela cara de merda, que ela tem.

Ela pode ser linda, mas realmente o resto é feio e podre.

Ela parece fuzilar toda a minha pessoa, apenas com o olhar.

Brian larga de imediato os meus ombros e a louca vem na nossa direção em passo apressado.

Depressa chega perto de nós os dois.

— Mas que merda se passa aqui, Brian?

Ela entra logo a matar.

— Estás quase um mês fora e apareces aqui, logo a mandar farpas para todo o lado Sabrina? — falo aborrecido.

— Mas é claro, eu chego aqui e vejo vocês os dois a agarrarem-se, o que queres que eu pense ou diga?

— Não sejas paranóica, ninguém aqui se estava a agarrar.

— Ah não? Então porque tu estavas a agarrar nos ombros dessa aí!— deita o seu olhar para a Alyson com desprezo.

— Essa ai tem nome Sabrina, deixa de ser mal educada.

Ela me olha fazendo aquele ar de quem está muito escandalizada.

— Tu estás a chamar-me mal educada à frente da criadagem?

Eu reviro os olhos.

— Mas que dramática Sabrina.

A Alyson pede licença e começa a afastar-se de nós.

— Espero que não dês em cima do meu namorado, sua melosa.

Alyson nem olha para trás, continuando o seu caminho.

— Havia necessidade de dizeres tanta merda?

— Ah amor ,— ela fala se chegando perto de mim e coloca os seus braços em volta do meu pescoço — eu tenho tantas saudades tuas e é assim que sou recebida?

Há uns tempos atrás, toda esta conversa dela me levava a esquecer toda a merda que ela falava, fodiamos e tudo passava.

Mas agora já não é assim, tudo mudou entre nós dois.

Mas eu não quero me precipitar e finjo que também tenho saudades de nós juntos e vou com ela até à sua casa, onde passamos a noite.

Mas acordo de manhã, mais frustrado do que quando vim ontem.