Leiloada - Contrato de Casamento romance Capítulo 60

CAPÍTULO 60

Depois do Cinema, O Pânico

Narrado por Anna

Coragem é ir com medo.

Saio do cinema com o Cássio.

— O filme não foi grande coisa. — falo um pouco desiludida.

— Pelos atores e pelo enredo, realmente podia ter sido melhor.

Conversamos alegremente, enquanto nos dirigimos ao carro.

Vamos de mãos dadas e ao chegar perto do carro entramos no mesmo e o Cássio liga o carro, mas a porta do meu lado se abre de repente, nos surpreendendo.

E quando olho, vejo ali bem perto de mim o rosto do Rick, o meu ex namorado que está proibido de chegar perto de mim. Ele não pode estar a menos de 500 metros de mim, o que claramente ele acaba de não cumprir.

Ele me puxa pelo braço me tirando com facilidade de dentro do carro.

O Cássio sai do carro aos gritos.

— MAS QUE MERDA É ESTA MANÉ, LARGA JÁ A MINHA NAMORADA.

Eu que caí no chão quando ele me puxou, tento me levantar, mas o louco coloca o seu pé em cima de mim.

— Tu fica aí bem quietinha. — ele diz me apontando o dedo.

Com a outra mão aponta uma arma ao Cássio.

— E tu, seu engomadinho de merda, te mantém quieto também, senão te dou um tiro bem no meio desses cornos, mané.

Eu estou em pânico, estou paralisada e não consigo mexer o meu corpo.

Sem deixar de apontar a arma ao Cássio, ele abre o porta bagagens do carro ao lado, me puxa do chão e me coloca lá dentro.

Ele não deixa por nenhum segundo de deixar de apontar a arma ao Cássio.

— Deixa a minha namorada, não lhe faças mal. — ele pede.

Rick fecha a porta do porta bagagem com estrondo.

Eu começo a gritar e a bater com os meus punhos.

A porta abre logo de seguida e eu tento lhe bater, mas ele ainda está mais forte do que antes, eu subo um pouco o meu corpo e vejo o corpo do Cássio no chão.

— Ai meu deus, tu mataste-o?? — pergunto apavorada a chorar.

— Vê se te calas. — ele ordena ríspido.

E me dá um estalo, colocando logo de seguida um pano na minha boca que tem um cheiro horrível.

Por muita força que eu faça para não apagar, apago, e a última coisa que eu vejo é o sorriso debochado do tresloucado do meu ex-namorado, Rick.

Acordo com a cabeça pesada e parece até que estou num carrocel, porque parece que estou a rodar sem parar.

Olho ao meu redor com uma certa dificuldade, tento conhecer o local, mas não me recordo de nada disto, por isso não me parece que esteja na casa dele.

Ele entra no compartimento onde eu estou, que nem sei se é um quarto ou uma sala.

— Já acordaste? Estava a ver que ias ficar a dormir todo o dia.

Encurto o meu olhar para ele.

— O que tu queres de mim Rick? Tu sabes que não te podes chegar perto de mim. Deixa-me ir por favor, e eu não conto nada, não digo que foste tu, digo que não sei de nada, não te vou culpar de nada, eu juro, eu prometo.

Ele me olha com cara de poucos amigos.

— E tu achas que eu vou ser trouxa de novo? Tu disseste que me amavas e no fim meteste a polícia atrás de mim, me afastaste com uma merda de distância de 500 metros.

— Tu sabes bem porque eu fiz isso, tu andavas a perseguir-me, não me deixavas viver, estavas a afastar todos os meus amigos de mim, eu comecei a ter muito medo do que tu me podias fazer.

— Para que queres tu amigos? Eu tinha que ser tudo para ti, apenas eu.

— Mas as coisas não funcionam assim Rick.

— CALA-TE, CALA-TE.

Ele chega perto de mim.

— Se tu não fores minha Anna, tu não serás de mais ninguém, isso eu te juro.

Chego perto e digo de rompante.

— Eu sei onde a Anna está.

Os policiais me olham desconfiados.

— Sabe? Como?

Estico o meu pulso para perto da cara dele.

— Esta luz vermelha a piscar sem parar, é o local exato onde a Anna está.

Depois disso, foi tudo muito rápido.

Eles conseguiram localizar o local.

Só espero que a Anna ainda tenha o relógio dela no seu pulso e o mais importante, que ela esteja bem.

O Destino é um Brincalhão

Narrado por Liam

Não deixes a tua esperança morrer.

Depois do meu pai me contar tudo o que havia para contar sobre a história dele e da mãe da April, eu fiquei mesmo muito admirado com toda esta história.

A porra do mundo é pequeno demais.

Qual a probabilidade de eu e a filha da mulher que o meu pai sempre amou e procurou, nos conhecermos e até andar envolvidos??

É surreal e estranho, só pode ser o destino, que é um brincalhão e nos move que nem marionetas da vida.

De alguma maneira, tenho que tentar ajudar eles, nem que seja para conversarem calmamente, porque claramente, está alguma coisa mal contada e a Senhora Alyson está com ódio e raiva do meu pai.

Claro que ela o pode culpar pela vida que ela teve depois de ser vendida, a sabe se lá a quem, mas o meu pai precisa de lhe contar o que realmente aconteceu.

Não consigo imaginar, o seu próprio pai vender uma filha? Mas que coisa mais estranha.

Não consigo também imaginar o que a Senhora Alyson passou. Coitada.

Vou ter que falar com a April, a ver se nós os dois juntos os ajudamos.