Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 103

Resumo de "Putisse" (II): Lembranças das noites quentes de verão

Resumo do capítulo "Putisse" (II) de Lembranças das noites quentes de verão

Neste capítulo de destaque do romance Romance Lembranças das noites quentes de verão, Roseanautora apresenta novos desafios, emoções intensas e avanços na história que prendem o leitor do início ao fim.

- Ela... Vai ficar no hospital?

- Só por precaução. Quem a atendeu foi um bom médico. Eu confio nele. Fizemos todos os exames que precisavam e está tudo certo com Medy.

A abracei com força, deixando as lágrimas agora rolarem de felicidade. Yuna me afastou e disse:

- Há quanto tempo você está chorando? Está péssima.

- Estou chorando há horas, minha amiga. Preciso ver minha bebê.

- Temos só um probleminha... Os quartos da Pediatria estão todos ocupados. Estávamos aguardando leito quando Medy encontrou um amigo por aqui.

- Um amigo?

- Sim... Então ela pediu para ficar no mesmo quarto que ele.

Suspirei e sorri:

- Medy sendo Medy. Como ela encontrar um amiguinho aqui no hospital?

- Vamos, ela quer vê-la.

- Posso ir junto? – Do-Yoon perguntou.

- Pode... Mas Lianna aguarda e entra depois que você sair. Já que Medy vai dividir o quarto, é melhor não enchermos de pessoas.

- Tudo bem. – Lianna consentiu.

Seguimos pelo corredor até o final, dobrando a direita quando chegamos ao final dele, sendo que havia também uma passagem pela esquerda. De lá, seguimos até o final, onde entramos na terceira porta à direita.

Assim que entrei, vi Melody na cama, a perninha para cima, engessada.

Corri até ela e a abracei, sentindo as mãozinhas quentes me envolverem e alisarem meus cabelos. Deixei meu nariz entre o pescoço dela, aspirando seu cheiro e me convencendo de que ela estava bem.

- Isso foi uma travessura, Medy. – Levantei a cabeça, dando-lhe repetidos beijos na bochecha.

- Não... Isso foi acidente. – Ela me corrigiu.

Alisei seu peito e olhei para a outra cama, sentindo meu coração dar um salto:

- Gui?

Ele acenou-me, sorrindo:

- Oi... Professora Sabrina.

- O que... Você está fazendo aqui?

Ele mostrou-me os braços machucados, cheios de hematomas e um dos lados completamente esfolados. Fui até ele, pegando sua mão e olhando com atenção:

- O que aconteceu com você?

- Gui caiu de skate. – Melody explicou.

Vi o quão ferido ele estava. Toquei seu rosto, com um corte profundo no maxilar e a boca inchada:

- Seu idiota... Como não se cuidou?

- Me choquei contra um carro...

- Meu Deus! Você poderia ter morrido! – O abracei, sem me dar em conta de que Yuna e Do-Yoon estavam ali.

Senti as mãos quentes dele nas minhas costas e me afastei rapidamente:

- Você disse... Que ela encontrou um amiguinho... – Me justifiquei para Yuna, como se aquilo bastasse.

Ela arqueou a sobrancelha, confusa:

- Não... Eu disse um amigo. E só deixei que os dois ficassem juntos porque sei que se conhecem. – Os olhos dela me fuzilaram.

- Professor Do-Yoon... Olá. – Gui cumprimentou.

- Ferimentos feios, garoto. – Disse Do-Yoon.

- Sim...

- Está sozinho aqui? Sua família sabe o que houve? – O professor perguntou.

- Sim. Minha mãe está aqui.

- Não estou vendo-a.

- Ela foi buscar algumas coisas em casa. Vai passar a noite comigo. – Ele explicou.

Ok, não fique nervosa, Sabrina. Você vai passar a noite com sua quase “sogra”, se não fosse Charles aparecer de novo.

Charles?

- Está me dizendo que não viu o homem por cinco anos e tudo que tinha que lhe dizer era que ele era pai... No entanto você transou com ele, no meio do show e não disse a verdade?

- Não deu tempo... Fomos interrompidos. Ele me pediu para esperar... Então você ligou e...

- Que droga, Sabrina! O que você tem na cabeça? Ou melhor, no meio das suas pernas... Que dormir com um homem é mais importante do que lhe dizer a verdade? É a sua filha, mulher!

- Minha... E de Charles... E nós dois é uma explosão, Yuna... Entende? Não conseguimos ficar juntos sem nos tocarmos. Eu fico completamente fora de mim quando estou perto dele. É como se ele fosse o fósforo e eu a gasolina.

- Isso é muita “putisse”.

- “Putisse”? Deus, você tem noção do que disse? Esta palavra nem existe no dicionário.

- Sim, existe no dicionário informal. Quer dizer “frescura”.

- Eu não sou fresca...

- Só pensa em sexo.

- Você que é anormal, que não pensa nisso.

- Falou a mulher que ficou cinco anos sem fazer sexo. Eu pelo menos fiz neste tempo.

- Então não faço “putisse”, pois esperei pelo pai da minha filha, porra!

- Eu não disse “putisse” no sentido de puta.

- Você nem gosta de sexo, Yuna. Por isso não entende. Sabe com quem você daria certo? Com Colin.

- Seu ex?

- Sim, porque vive me dando lição de moral... No entanto não se dá ao direito de viver a sua vida, como se trabalho fosse tudo que se há para fazer.

- E é... E tem noção que está prestes a perder o seu por “putaria”. E sim, agora eu não disse “putisse”. Qual é a sua com o “amiguinho” de Medy? Ele é seu aluno, Sabrina.

A porta se abriu e Do-Yoon nos olhou seriamente. Olhou para uma e depois para a outra:

- “Putisse” não existe no dicionário. E só para constar, não existe “dicionário informal”.

- Desde que parte vocês ouviram? – Perguntei, com o rosto ruborizado.

- A voz de vocês começou a se alterar depois da “putisse”. E só para lembrá-las, estão num Hospital, senhora médica e senhora professora. Se deem ao respeito, por favor. Temos um adolescente e uma criança deste lado da porta.

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