Resumo de Kelly – Uma virada em Lembranças das noites quentes de verão de Roseanautora
Kelly mergulha o leitor em uma jornada emocional dentro do universo de Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora. Com traços marcantes da literatura Romance, este capítulo oferece um equilíbrio entre sentimento, tensão e revelações. Ideal para quem busca profundidade narrativa e conexões humanas reais.
- Onde você o encontrou? – Ele perguntou diretamente para mim.
- Gui, nós não vamos falar sobre isso.
- Você tem que me dizer... – Ele alterou a voz e a porta se abriu.
A mulher alta, esguia e de cabelos longos e levemente ondulados entrou, fechando a porta atrás de si. Tinha na mão um copo descartável com café. Os olhos eram claros, o tom dos cabelos levemente avermelhados, percebendo-se que eram tingidos. Usava uma calça jeans escura, justa e uma blusa com gola alta, que deixava sua aparência ainda mais refinada.
Eu nunca me achei feia, pelo contrário. Mas ela era digna de uma modelo de passarela, tamanha altura e peso muito bem distribuídos.
Entregou o copo para Guilherme e sentou-se na poltrona. Não consegui disfarçar minha curiosidade.
- Mãe... Esta é Sabrina Rockfeller. Ela é minha professora... E mãe da Melody. – Ele explicou.
Ela olhou na minha direção e disse, abrindo os lábios num sorriso forçado:
- Encantada, professora!
- Prazer. – Balancei a cabeça.
- Parente dos Rockfeller da gravadora? – Ela perguntou enquanto tirava o celular da bolsa, não olhando na minha direção.
- Não... – Me ouvi dizendo.
- Eu também sou Rockfeller. – Melody disse orgulhosa.
Mas a mulher não olhou na nossa direção, seguiu mexendo no celular.
- O nome dela é Kelly. – Guilherme disse, visivelmente sem jeito.
Agora eu entendia algumas atitudes do garoto. E também da avó, que o assumiu no lugar da filha.
- Você está vindo? – Ouvi a voz dela demonstrando irritação ao telefone.
Tentei não prestar atenção na conversa dela, mas era impossível, pois ela não fazia questão de esconder.
- Ponha no GPS, porra! Sabe o que é isso ou nunca ouviu falar? – esperou um pouco e completou – Já disse que meu filho sofreu um acidente de skate e vai passar a noite no Hospital. Eu vou ficar com ele porque minha mãe não está bem.
Sim, estava ali porque a mãe dela não estava em condições e não por causa do filho. Mulheres daquele tipo me repugnavam. Abri mão de tudo pela minha filha enquanto aquela tinha passado toda a responsabilidade de mãe para sua própria mãe.
Senti dó de Guilherme. Onde estaria o pai dele? O que tinha acontecido entre eles?
Não querendo continuar ouvindo aquela conversa e sabendo que tinha uma longa noite pela frente, perguntei para Melody:
- Que tal um chocolate quente?
- Acho muito bom. – Ela arregalou os olhos.
- Vou pôr marshmellows dentro. – Cochichei no ouvido dela, que sorriu e bateu palmas, com os olhinhos brilhando.
Levantei e olhei para Guilherme, que estava a me observar.
- Quer algo da cantina? – Perguntei.
- Chocolate quente com marshmellows. – Ele sorriu, comprimindo os lábios logo em seguida.
A mãe dele seguia no telefone.
Cinco anos sozinha em Noriah Sul e um reencontro em menos de 12 horas com Charles e Colin, trazendo de volta o passado em tão pouco tempo.
- O que você faz aqui no Hospital? Está tudo bem com você?
- Minha filha caiu da escada... Quebrou a perna – sorri, sem jeito – Ela é muito travessa.
- Não consigo imaginar você com uma criança.
- Hum, mas imagine. E acredite, ela é linda e apaixonante.
- Eu imagino... Se for parecida com você, as duas coisas.
- Ela é a cara do pai. – Falei imediatamente.
- E... Vocês estão juntos?
- Em breve estaremos. – Me limitei a responder.
Ele me olhou sem dizer nada.
- Ainda está trabalhando na J.R Recording?
- Não... Você não soube o que aconteceu?
Arqueei a sobrancelha, curiosa:
- Não.
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