Lembranças das noites quentes de verão romance Capítulo 108

Resumo de Sobre amizade e gratidão: Lembranças das noites quentes de verão

Resumo de Sobre amizade e gratidão – Capítulo essencial de Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora

O capítulo Sobre amizade e gratidão é um dos momentos mais intensos da obra Lembranças das noites quentes de verão, escrita por Roseanautora. Com elementos marcantes do gênero Romance, esta parte da história revela conflitos profundos, revelações impactantes e mudanças decisivas nos personagens. Uma leitura imperdível para quem acompanha a trama.

- A minha vida é complicada, Guilherme. Sempre foi. Eu tenho uma filha, tive um passado horrível... Você não tem ideia do que eu passei. Precisa encontrar alguém da sua idade, uma jovem cheia de vida, como você.

- Você é cheia de vida, Sabrina. E me completa... É muito mais do que eu sempre sonhei. E não me venha com isto de diferença de idade porque sabe que não é desculpa. São poucos anos e você sabe disso.

- Gui, você é meu aluno. Eu não posso perder me emprego. Dependo dele, para sustentar a minha filha.

- Se acontecer de você perder a porra do emprego, eu vou sustentar você e Medy.

Eu ri, não me aguentando com a ingenuidade dele:

- Você mal se sustenta, garoto. Depende da sua avó... E da sua mãe.

- O doutor Monaghan está aqui porque vamos colocar meu pai na justiça e ganhar um bom dinheiro.

- Mas... Você precisa de mais do que já tem?

- Eu vou ter ainda mais. E é meu, por direito, não da minha mãe.

Arqueei a sobrancelha, confusa sobre o que ele pensava de mim:

- Eu... Não preciso do seu dinheiro.

- Mas eu posso lhe dar. Quero dizer que não há desculpas para não ficar comigo, Sabrina.

- Sim, há. Eu amo outra pessoa, Gui... E isso é desculpa suficiente.

- A porra do pai da sua filha, que abandonou vocês duas... Eu sei bem como é isso... Porque o meu pai também me abandonou.

Percebi o quanto ele era magoado pela situação com o pai. E pelo visto a mãe, no pouco tempo que ficava com ele, comandava toda a situação, inclusive os sentimentos do filho.

- Você... O conheceu?

- Não. – Ele virou o rosto para o outro lado e pude perceber que os lábios estavam trêmulos.

- Sabe... Onde ele mora?

- Sim. Vou tirar tudo que ele tem... Exatamente tudo. Deixá-lo sem nada. E se não for dinheiro, será a porra da vida dele.

- Guilherme, não diga isso!

- Quero que ele se arrependa do dia que nasceu. E que entrou na vida da minha mãe.

Fui até ele e o abracei, sabendo o quanto o coração dele estava quebrado e precisando de carinho e ajuda naquele momento. Eu era expert em “pais filhos da puta”.

- Deve haver uma explicação para o que ele fez... – Tentei encontrar uma solução.

- Não, não há. Ele nunca, jamais, me procurou. E eu vivi com esta rejeição ... A vida inteira.

- Eu... Sinto muito. Mas acha que dinheiro vai compensar a falta da presença dele por tantos anos?

- Não... Mas vai dar uma boa dor de cabeça para ele. Quero retirar o sobrenome dele também.

- Então, ele chegou a registrá-lo?

- Sim.

- Como ele se chama?

- O nome dele é...

Arrumei a poltrona mais perto da cama de Melody e deitei-me, pesquisando sobre a vida de “el cantante” na internet e a J.R Recording. Não falava muito sobre J.R e se não fosse Colin me falar da possível falência, eu não saberia de nada, pois certamente os veículos de comunicação não estavam a par da situação, ou já teriam exposto a fragilidade da gravadora.

Quando à “el cantante”, foi como se ele tivesse sumido do mundo por quase cinco anos e aparecido há exatamente seis meses atrás, estourado como cantor. O que eu não entendia era aquela brecha de tempo entre o meu Charles do Cálice Efervescente e o Charlie B.

No dia seguinte, Melody recebeu alta hospitalar antes de Guilherme.

Yuna fez questão de ficar com ela um período de tempo, para que eu pudesse voltar a trabalhar, já que tinha ficado uma semana afastada da escola por atestado médico.

O primeiro período era na turma do terceiro ano naquele dia. Guilherme Bailey não compareceu à aula. Imaginei, sabendo do estado de saúde dele, embora achasse que ele já estivesse melhor.

A turma estava dispersa, só falando e se preocupando com a festa de formatura que teriam em breve.

Quando a aula acabou, cheguei a dar graças a Deus. Todos saíram e estava guardando as minhas coisas quando ouvi a voz de Rachel:

- O que você faz aqui?

- Eu trabalho aqui, Rachel.

- Eu avisei que não deveria voltar. Quero que peça demissão, que suma de vez desta escola e deixe Gui em paz.

Fechei a bolsa e a pus no ombro, encarando a garota:

- Eu não vou pedir demissão. Sou uma ótima profissional, dependo deste trabalho para sustentar a minha filha e continuarei bem aqui, ensinando-a a ser alguém melhor na porra desta sua vida, garotinha mimada e sem escrúpulos. E isso tudo porque eu não tenho nada com Guilherme Bailey, entendeu? Minha consciência está tranquila.

- Vou acabar com você. – Ela ameaçou.

- Tente... E nunca mais Guilherme vai olhar na sua cara. – Falei, virando as costas.

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