Resumo de Me importo com você – Lembranças das noites quentes de verão por Roseanautora
Em Me importo com você, um capítulo marcante do aclamado romance de Romance Lembranças das noites quentes de verão, escrito por Roseanautora, os leitores são levados mais fundo em uma trama repleta de emoção, conflito e transformação. Este capítulo apresenta desenvolvimentos essenciais e reviravoltas que o tornam leitura obrigatória. Seja você um novo leitor ou um fã fiel, esta parte oferece momentos inesquecíveis que definem a essência de Lembranças das noites quentes de verão.
- Mamãe, nós vamos, não é mesmo? Diga que sim, por favor. – Melody juntou as mãos, em prece.
- Medy... Não tem como.
- Por quê?
Tinhas vezes que eu odiava responder aos porquês dela. E agora era uma destas vezes.
- Porque... – tentei pensar rápido – É longe... E mamãe tem que trabalhar.
- Mas não tem aula no Natal. – Ela arqueou a sobrancelha.
- Esta menina é simplesmente magnífica. – Calissa falou, não conseguindo desviar os olhos da neta.
- Você quer me pegar no colo? – Melody ofereceu-se.
- Eu... Ficaria muito feliz se você deixasse eu pegá-la. – Vi as lágrimas nos olhos de minha mãe, que tentou contê-las em vão.
- Mãe, ela está muito pesada por conta do gesso... Não precisa... – Tentei alertar, mas era tarde. Melody já estava no colo dela.
Calissa Rockfeller estava completamente apaixonada pela neta... Pela minha Medy... Minha filha com “el cantante”.
- Você tem cheiro de...
- Filha – ela completou – Mamãe diz que é o melhor aroma do mundo inteiro. Ela já pensou em pôr num frasco. – Sorriu, orgulhosa.
Calissa me olhou:
- Eu diria que tem cheiro de amor... Misturado com doce e ternura. – Sorriu.
Comprimi os lábios, sentindo meu coração bater fraco, como se estivesse apertado dentro do peito. Minha mãe e minha filha... Ambas tão significativas na minha vida.
- Esta menina não parece ter apenas cinco anos. – Calissa observou.
- Eu faço seis em breve.
- Não... Ainda falta tempo. Mas ela já conta os dias para o próximo aniversário assim que completa anos.
- Você também era assim.
- Eu posso ajudar você a montar a árvore de Natal na casa de praia? – Melody perguntou, com os braços envoltos no pescoço da avó.
- Claro que sim. Vovô pode ajudar?
- Sim... E mamãe e papai também?
Calissa me olhou:
- Seria um prazer... Todos nós, juntos, neste Natal.
- Não... – Falei, com a voz fraca.
- Pense que nunca sabemos quando será o nosso último Natal... E se for este?
- Não se preocupou nos anteriores... Se eu tinha sequer o que comer na ceia.
- Acha mesmo que eu nunca soube sobre você, Sabrina?
Olhei para Min-ji, que abaixou a cabeça.
- Porque sempre há tempo... E é melhor depois de cinco anos do que dez... Ou nunca. Pedidos de desculpas são feitos para reparar erros... Isso quer dizer que errar é do ser humano e sempre aconteceu...
- Não consigo...
- Melody quer ir. Não é justo privá-la da convivência com os avós e a tia. Ela é parte de nós.
- Vocês não a quiseram.
- Eu sempre quis... Você sabe disto. Inclusive tentei vir conhecer Melody. Você não permitiu. E mesmo com o coração partido, eu respeitei sua decisão. Mas cheguei no ponto de perceber que cinco anos é tempo demais. E que não me importa mais o que você pensa sobre mim ou seu pai ou o que sua irmã fez no passado. Porque todos cometemos erros... E você também deve cometer os seus... Porque é humana, porque é mãe, porque é como todos nós...
- Eu vou. – Falei, num impulso, muito mais por ela, “mãe”, do que por J.R e Mariane.
Calissa me abraçou:
- Obrigada!
Minha mãe não ficou muito tempo. Realmente só queria me convencer a passar o Natal com os Rockfeller, na casa de praia, a qual íamos com frequência quando éramos crianças, mas que com o passar do tempo ficou muito mais como uma lembrança distante, já que meu pai preferia hotéis e países diferentes no nosso período de férias.
Assim que fiquei somente com Melody, voltei a fazer o nosso chocolate quente. Entreguei-lhe a caneca fumegante, com o líquido que amávamos.
- Você não pode me dar chocolate muito quente, mamãe. Eu posso queimar a boquinha.
- Eu não faria isso, docinho. – Apertei seu nariz.
- Está saindo fumaça.
- Mas eu já assoprei.
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