Leia Me importo com você (II) com muitos detalhes únicos e culminantes. A série Lembranças das noites quentes de verão é um dos romances mais vendidos de Internet. O capítulo Me importo com você (II) mostra a heroína caindo no abismo do desespero e da angústia, de mãos vazias, mas, inesperadamente, um grande evento acontece. Então, qual foi esse evento? Leia Lembranças das noites quentes de verão Me importo com você (II) para mais detalhes.
Ela bebeu um grande gole, ficando com bigode de leite.
- Amo você, Medy docinho.
- Acha que vovô e vovó vão me amar?
Suspirei, sentindo um nó na garganta:
- Medy, é impossível não amar você.
- Será que o Papai Noel vai conseguir deixar o meu presente lá?
- Papai Noel encontra as crianças em todos os lugares.
- Eu já sei que ele não vai colocar o meu papai na árvore. – Ela riu.
- Realmente não. E... – pensei no que dizer para não magoá-la – Sabe que você fez um pedido difícil, não é mesmo?
- Não é difícil...
- Talvez... Papai Noel não consiga. Seu papai tem estado bastante ocupado com os shows.
- Mas ele vai ter tempo para mim. – Ela levantou os ombros, como se aquilo fosse óbvio.
- E se Papai Noel lhe deixar um novo animalzinho?
Ela arqueou a sobrancelha, sorvendo um gole novamente:
- Podemos não ter lugar para enterrar.
- Eu... Não vou matá-lo.
- Você sempre diz isso.
- Medy, foi um acidente.
- Não estamos preparadas para ter outro animalzinho, mamãe. Vamos ficar só com Solitário II. Ele é forte... E resistente à você.
- Creio que isso pode ser um tom de ironia! – Repousei o queixo sobre os braços, que estavam sobre a mesa.
- Não... Eu... Meio que só quero o meu papai. – Ouvi o som da caneca vazia, enquanto ela bebia o último gole.
- Eu... Espero que Papai Noel a ouça.
Peguei-a no colo, subindo as escadas com ela. No fundo, sabia que aquilo era praticamente impossível. Minhas esperanças haviam se findado de vez. Mas como destruir os sonhos de uma garotinha tão especial?
E se eu tentasse mais? Se buscasse a internet como ferramenta de reencontro, como “el cantante” fez um dia? Mas e se ele fosse comprometido e eu fizesse papel de idiota?
- Vamos dormir com a mamãe?
- Não... – ela fechou os olhos, ainda nos meus braços – Eu quero dormir na minha cama... Enquanto tia Yuna não vem morar no meu quarto.
- Está bem... Vamos escovar os dentes?
- Posso não escovar hoje? Só hoje...
- Ok, pode sim, “dona porquinha”.
Ela sorriu antes de apagar completamente.
Tive dificuldade para dormir, pensando em como seria reencontrar minha família depois de tantos anos.
Remexi-me na cama e abri as pernas, me aconchegando aos travesseiros. Senti braços me envolverem e abri os olhos num ímpeto, assustada.
Embora estivesse escuro ainda, sob a luz fraca do corredor, que eu deixava ligada para facilitar a ida ao quarto de Melody na madrugada, vi Guilherme ao meu lado na cama.
Abri e fechei os olhos repetidas vezes, pensando ser um sonho... Ou pesadelo. Mas ele continuava ali. Estava sem camisa, usando somente a calça. Repousou a cabeça sobre a mão, o cotovelo apoiado na cama, um sorriso debochado nos lábios.
- Guilherme?
- Eu mesmo.
- O que... Você faz aqui?
- Estou há um tempinho observando você dormir...
Sentei, puxando as cobertas para mim, quase derrubando-o da cama.
- Você ocupa muito espaço na cama. Vamos ter que comprar uma de tamanho gigante quando morarmos juntos.
- Isso não vai acontecer... Você está louco. O que faz aqui... Na minha cama... Na minha casa?
- Entrei pela janela dos fundos. Estava aberta.
- Isso é invasão de propriedade... E privacidade.
- E você cometeu o crime de violação.
- Violação? – Olhei-o confusa.
- Violação do meu coração.
Comentários
Os comentários dos leitores sobre o romance: Lembranças das noites quentes de verão